DUAS HISTÓRIAS DE ENCANTAR
Em 1991, no play-off de acesso à fase de grupos da Liga dos Campeões, o então campeão inglês Arsenal arrancou um empate a um golo no Estádio da Luz (e eu estive lá) que parecia valer-lhe o apuramento. Porém, com uma portentosa exibição, o Benfica triunfaria por 1-3 (depois de estar a perder 1-0) no mítico Highbury Park, deixando o forte opositor fora de prova.
Creio que se tratou do primeiro jogo internacional de Rui Costa como titular da equipa encarnada. Actuavam também Neno, Veloso, Schwarz, Vítor Paneira, Isaías (o melhor em campo com dois golos apontados), Thern, e os russos Kulkov e Yuran. Era Eriksson o treinador, e o Benfica disputaria em Nou Camp (no último jogo do grupo) o acesso à final da prova, perdendo então com o Barcelona por 2-1.
Três anos depois, com Toni ao leme, nos quartos-de-final da Taça das Taças, os encarnados cederam novo empate a uma bola na recepção aos alemães de Bayer Leverkusen (onde jogava, por exemplo Bernd Schuster). Depois de estar a perder, o Benfica chegaria ao golo por Isaías, num lance confuso nos últimos instantes da partida. Eu também estive lá.
A segunda-mão foi um dos jogos de futebol mais vibrantes que alguma vez me lembro de ter visto. O Benfica chegou a estar a perder por 2-0 já em plena segunda-parte, virou para 2-3, o Bayer voltou a inverter o resultado com dois golos de rajada já nos últimos dez minutos (fazendo assim o 4-3), e seria Kulkov a marcar a quatro minutos do fim o golo que valeu a presença nas meias-finais. Inesquecível!
Dessa equipa (que semanas depois ganharia 3-6 em Alvalade) faziam parte Abel Xavier, João Pinto, Mozer, para além de Neno, Veloso, Paneira, Rui Costa, Isaías e dos russos (presentes em ambas as ocasiões). Nas meias-finais o Benfica cairia diante do Parma, depois de muita infelicidade (penálti falhado por Paneira na Luz, expulsão prematura de Mozer no Ennio Tardini). Dois empates caseiros a um golo deram assim origem a duas das mais extraordinárias exibições europeias do Benfica pós-Eusébio. Haverá duas sem três?
6 comentários:
que jogos...lembro-me bem deles na Luz, estive em ambos!
lembro-me igualmente dos berros dados em casa a ver os respectivos jogos fora..alias, por vezes ate me arrepio ao lembrar-me dessas emoçoes, especialmente do jogo na Alemanha
o jodo do Barça, lembro-me bem, ainda dias atras o relembrei, a proposito de um programa qq em que surgiu o Jose Carlos a comentar como convidado, nosso defesa direito da altura, que o Stoichkov "partiu" todo nesse jogo, ao ponto do comentador espanhol se referir a ele como .."el numero 2 és malissimo..." AHAHA
o Jogo que menciona do Parma lembro-me tb bem, especialmente da expulsao do Mozer e de um lance para golo, oportunidade flagrante de golo desperdiçada pelo Stefan Schwartz nos ultimos instantes, que daria empate e acesso à final...
mais uma bela colecção de memorias...
saudaçoes benfiquistas
Postei sobre estes dois jogos épicos!
2 jogos fabulosos!
http://apanhadosquanticos.blogspot.com/2010/03/duas-noites-epicas.html
Caro LF, que a história se repita.
Só faltou dizer que neste empate também tiveste lá:)
Benfica sempre.
O PAneira falha o penalty na Luz porque ficou enervado a pedir amarelo para o Asprilla (o craque colombiano do Parma que por acaso cometeu o penalty) que o impediria de jogar a 2ª mão. Mais azar nesa eliminatória só o facto de o Parma ter preterido de Taffarel (que foi campeão do Mundo nesse Verão) por Bucci, jogando assim com Sensini, Brolin e Asprilla. Bucci, na Luz, fez a exibição de uma vida e impediu que o Parma saísse com 5 ou 6 no saco.
A Luz inteira a cantar os parabéns ao Maestro. A de 93/94 não era uma equipa, era uma fábula.
Foi maravilhoso. Lembro-me queestava na rua e que cada golo do Benfica se ouvia uma busina como que a abençoar cada golo como uma dádiva do céu.Mas se pudesse escolher eu preferia ganhar os dois nacionais, em especial o de Domingo.
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