DETALHE FATAL


A eliminação do Sp.Braga da Taça UEFA deixou um sabor amargo na boca dos seus adeptos e dos portugueses em geral. Perder em casa, com um golo oferecido a poucos minutos do fim, é uma forma dura de sair da prova e de acordar do sonho em que o clube e a cidade haviam decerto mergulhado.
Tinha aqui escrito, aquando da primeira mão, que o empate a zero era um resultado falso e perigoso. Efectivamente, a um nível elevado e entre equipas equilibradas, não marcar golos fora de casa impede desde logo de arriscar demasiado na segunda mão – um erro pode ser fatal, e foi-o -, ao mesmo tempo que obriga a vencer, e o Sp.Braga ontem viveu precisamente nesse dilema.
A equipa minhota jogou bem, mostrou um futebol plasticamente mais conseguido que os franceses, mas acabou traída por um detalhe, depois de durante algum tempo parecer ter hesitado entre assumir a busca do golo da vitória ou, pelo contrário, resguardar-se e esperar por um erro do adversário. Foi paradoxalmente um erro grave do guarda-redes recentemente promovido a titular da selecção nacional que ditou o desfecho do jogo e da eliminatória, permitindo à equipa mais madura e mais experiente seguir para os quartos-de-final.
O Sp.Braga sai de cabeça erguida. Fez mais nesta competição do que se lhe pedia, e ganhou experiência para as épocas vindouras. Talvez tenha comprometido, com esta presença europeia, as hipóteses que tinha de se colar aos três grandes na prova doméstica, mas, embora sem ser adepto do clube, julgo ter valido a pena.

2 comentários:

Anónimo disse...

Há 1 velho ditado no futebol que explica o que se pasoou ontem. "Quem não marca sofre".

Anónimo disse...

Um Braga que ensinou alguns o que é deslumbrar a Europa...
Grande Braga!
Ontem fiquei tao desiludido como se do meu clube se tratasse...