LEVE, LEVEMENTE

Estive em Alvalade no sábado, mas desta vez a minha presença não impediu a vitória dos leões – quedando-se os maus olhados por duas substituições forçadas…
Não sei se por me terem oferecido o bilhete, a verdade é que a equipa de Paulo Bento resistiu desta vez à impressionante série de desaires nas ocasiões em que marquei presença naquele estádio. Apesar de naturalmente ter desejado a vitória do Marítimo, tenho todavia de dizer que a simpatia de quem me convidou quase me deixaria de mal com a minha consciência caso o Sporting não vencesse este jogo. Enfim, curiosidades...
Deixando de lado estes aspectos mais pitorescos, ao contrário do que se tem ouvido e lido, não creio que o Sporting tenha feito uma grande exibição. Quando Liedson marcou o segundo golo ou, mais concretamente, antes da expulsão de Olberdam, esperava-se muito mais o 1-1 do que o 2-0. O meio-campo dos leões pouco funcionou, e até a sua linha defensiva cometeu erros primários pouco habituais que a ineficácia dos madeirenses não permitiu aproveitar. É admirável a forma como o Sporting desenvolve as suas transições defensivas – um dos motivos de curiosidade que levava para esta partida – mas talvez fruto das substituições prematuras, ou de uma ou outra unidade mais desinspirada, o Marítimo dispôs de bastantes espaços na intermediária leonina, falhando invariavelmente o último passe, quando os equilíbrios do jogo pareciam por vezes funcionar a seu favor.
O que marcou a diferença no jogo e no resultado acabou por ser uma vez mais Liedson.
Devo dizer que, ao contrário do que sucede com João Moutinho, Lucho Gonzalez ou outros jogadores de clubes rivais, não aprecio particularmente o desportivismo do levezinho, nem é uma figura que me desperte qualquer tipo de simpatia. Mas na verdade o brasileiro é um extraordinário avançado, e no sábado uma vez mais o demonstrou, resolvendo como só ele sabe. O Sporting é actualmente Liedson e mais dez, pois é por ele, pela sua mobilidade, pelo seu veneno, que passam todos os lances de perigo dos leões, o que lhes permite, por exemplo, manter uma estrutura bastante povoada mais atrás, atacando com poucos elementos, e mesmo assim criar oportunidades e ganhar.
Com este Liedson, com um Vukcevic que parece recuperado para o grupo, há que contar com o Sporting na luta pelo título.

3 comentários:

Jotas disse...

Sem dúvida, Liedson faz a diferença, num Sporting que bastou ser razoável para vencer um Maritímo com apenas 80 metros de futebol.

Anónimo disse...

Nem devias era lá por os pes... ANORMAL

Anónimo disse...

Ainda que de outra cor aprecio as suas análises mesmo não estando de acordo com muitas delas.
Quanto a este seu comentário permita-me que discorde completamente dele. Nunca em momento nenhum se esperou mais o empate do Maritimo do que o avolumar da vitória do Sporting. Diria mesmo que se Postiga tem estado realmente em jogo (andou por lá alguém que não reconheci) com facilidade teriamos chegado a um resultado francamente mais dilatado. O Maritimo foi de uma nulidade total, não teve uma única oportunidade de golo salvando-se apenas o nº28, jogador que se destaca completamente naquela equipa.
Saudações Leoninas.