UM PONTO, DE INTERROGAÇÃO
Se antes do início desta fase de qualificação nos fosse proposto um empate na Suécia, decerto o mesmo seria aceite com satisfação. Afinal de contas, tratando-se do adversário teoricamente mais forte do nosso grupo, conquistar um ponto (roubando dois) no seu próprio terreno, poderia constituir um importante passo na rota para a África do Sul.
Depois de perder em casa com a Dinamarca as coisas mudaram um pouco de figura. Portugal viu-se na necessidade imperiosa de conquistar pontos fora, e nessa medida, só as contas finais farão este empate mostrar a sua verdadeira cara - um sorridente ponto ganho ou, pelo contrário, mais dois pontos cinzentamente perdidos.
Para já, e até ver, vou mais pela primeira hipótese.
Pior do que empatar, diria La Palisse, seria perder. E na análise ao que se passou nos noventa minutos de Solna, há que dizer que Portugal esteve bem mais perto da derrota do que de uma vitória que, a acontecer, seria no mínimo tão feliz como a que a Dinamarca alcançou em Alvalade no mês passado.
A primeira parte foi, a espaços, sufocante para a selecção nacional. A colocação de Fernando Meira no meio-campo deslocou o epicentro do jogo para as imediações da área lusa, onde o poder físico de Ibrahimovic e Elmander ia fazendo estragos perante uma linha defensiva algo baralhada. Creio que Meira é um óptimo defesa-central, mas um centrocampista mediano. A sua tendência genética para recuar retirou, nesse período, capacidade ao meio-campo, e não ajudou – muito pelo contrário - a dupla de centrais a funcionar com harmonia e coesão.
A agravar a situação, quer João Moutinho, quer sobretudo Raul Meireles, raramente conseguiam empreender transições ofensivas de qualidade, perdendo rapidamente a posse de bola e não conseguindo fechar nem o corredor central nem as alas, onde Bosingwa e, sobretudo, Paulo Ferreira, se viam em dificuldades perante o tradicional 4-4-2 bem aberto interpretado pelos nórdicos. Na frente Hugo Almeida era de uma inoperância total – Nuno Gomes parece-me, inquestionavelmente, em melhor forma, e é, na minha opinião, muitíssimo melhor jogador -, e nem os extremos conseguiam as acções de desequilíbrio que lhes são características.
O empate ao intervalo era lisonjeiro para Portugal.
Na segunda parte a equipa portuguesa conseguiu estender mais o jogo, fazendo-o sair da zona mais perigosa. Cristiano Ronaldo subiu muito de produção, e Nani deu, finalmente, um ar de sua graça (até ser substituído). Portugal equilibrou o jogo, conseguindo criar alguns lances de perigo junto da baliza sueca, ainda que fosse sempre Quim o guarda-redes com mais trabalho.
Já perto do final, Paulo Ferreira foi verdadeiramente pontapeado dentro da área adversária, mas Roberto Rosetti decidiu nada assinalar. Poderia ter sido o momento de fortuna para as nossas cores, mas manda a honestidade dizer que os três pontos seriam excessivos para o que Portugal produziu e, principalmente, bastante penalizadores para a boa exibição da equipa nórdica. Depois de perder em casa com a Dinamarca as coisas mudaram um pouco de figura. Portugal viu-se na necessidade imperiosa de conquistar pontos fora, e nessa medida, só as contas finais farão este empate mostrar a sua verdadeira cara - um sorridente ponto ganho ou, pelo contrário, mais dois pontos cinzentamente perdidos.
Para já, e até ver, vou mais pela primeira hipótese.
Pior do que empatar, diria La Palisse, seria perder. E na análise ao que se passou nos noventa minutos de Solna, há que dizer que Portugal esteve bem mais perto da derrota do que de uma vitória que, a acontecer, seria no mínimo tão feliz como a que a Dinamarca alcançou em Alvalade no mês passado.
A primeira parte foi, a espaços, sufocante para a selecção nacional. A colocação de Fernando Meira no meio-campo deslocou o epicentro do jogo para as imediações da área lusa, onde o poder físico de Ibrahimovic e Elmander ia fazendo estragos perante uma linha defensiva algo baralhada. Creio que Meira é um óptimo defesa-central, mas um centrocampista mediano. A sua tendência genética para recuar retirou, nesse período, capacidade ao meio-campo, e não ajudou – muito pelo contrário - a dupla de centrais a funcionar com harmonia e coesão.
A agravar a situação, quer João Moutinho, quer sobretudo Raul Meireles, raramente conseguiam empreender transições ofensivas de qualidade, perdendo rapidamente a posse de bola e não conseguindo fechar nem o corredor central nem as alas, onde Bosingwa e, sobretudo, Paulo Ferreira, se viam em dificuldades perante o tradicional 4-4-2 bem aberto interpretado pelos nórdicos. Na frente Hugo Almeida era de uma inoperância total – Nuno Gomes parece-me, inquestionavelmente, em melhor forma, e é, na minha opinião, muitíssimo melhor jogador -, e nem os extremos conseguiam as acções de desequilíbrio que lhes são características.
O empate ao intervalo era lisonjeiro para Portugal.
Na segunda parte a equipa portuguesa conseguiu estender mais o jogo, fazendo-o sair da zona mais perigosa. Cristiano Ronaldo subiu muito de produção, e Nani deu, finalmente, um ar de sua graça (até ser substituído). Portugal equilibrou o jogo, conseguindo criar alguns lances de perigo junto da baliza sueca, ainda que fosse sempre Quim o guarda-redes com mais trabalho.
Na quarta-feira, diante da Albânia em Braga, qualquer resultado que não seja a vitória poderá tornar o apuramento numa miragem. E atenção ! Há que referir que os albaneses têm evoluído muito nos últimos anos, e não são, de todo, um Liechtenstein ou um Luxemburgo.
8 comentários:
desculpa mas na segunda parte, só deu portugal. a suécia limitou-se a fazer um remate de longe e bomboear bolas, quase sempre ganhas pelo alves e meira.
e nos tivemos alguns lances. o penalty e absolutamente escandaloso, ninguem precisou de replay para o ver.
no primeiro tempo a suecia teve 4 chances claras, mas tambem tivemos 2.
A minha equipa teria sido esta.
Quim
Bosingwa
Pepe
B.Alves
P.Ferreira
R.Meireles
J.Moutinho
M.Fernandes
Quaresma
Nuno Gomes
C.Ronaldo
Primeiramente, muito legal o seu blog.
Gosto muito do futebol português ainda mais quando era o Felipão e vou torcer para fazer uma boa eliminatória para a Copa do Mundo.
Valeu e até mais.
não vi o jogo!
mas disseram-me que quem safou a selecção desta vez foi o Quim...
será verdade?
Anónimo,
É verdade que houve o penalty, mas recordo que a melhor ocasião de golo da segunda parte foi do Ibrahimovic.
Peter,
Quanto ao Nuno Gomes concordo. Nani e Quaresma é discutível, mas Manuel Fernandes é, desde que saiu do Benfica, um jogador adiado.
Creio que tinha grande futuro, mas parece-me que o vai desperdiçar.
Mas é verdade que a opção Meira não resultou lá muito bem, em particular na primeira parte.
Saulo,
Os amigos brasileiros são sempre muito bem vindos neste espaço.
Volte sempre, e boa sorte para o Escrete aí na Am.Sul.
Aurélio,
O Quim esteve bem, evitou dois golos, mas o jogo não foi desequilibrado ao ponto de se poder dizer que foi ele que salvou Portugal.
A Suécia esteve mais perto de ganhar, mas o empate até se ajusta.
Também se poderia dizer que o árbitro salvou a Suécia...
Amigo LF o Manuel Fernandes corresponde àquilo que diz noutras épocas,mas nesta tem sido 1 dos melhores jogadores do Valência que por acaso até vai em 1º na Liga espanhola, que diga-se de passagem é bem mais forte que a turca e a portuguesa.Se o Queiroz diz que se baseia no momento de forma para escalonar as suas equipas o Manuel Fernandes tem que jogar assim como o Nuno Gomes que tem mais golos esta época que o H.Almeida.Dá-me a sensação que o prof.vai muito atrás da imprensa e não dos factos reais e objectivos,assim como o Scolari.
Dúvida colocada no site das Finanças:
"Sou sócio do Benfica e estou a fazer a minha declaração de IRS.Como pago a quota de sócio todos os meses, devo colocar o Benfica como meu dependente? "
li no blogdabola e acho piada
Resposta das Finanças:
"Claro que não. Só pode colocar dependentes na Declaração de IRS quem ganhou alguma coisa em 2007. No seu caso, uma simples Declaração de Isento é o suficiente."
Dúvida colocada no site das Finanças:
li no blogdabola e acho piada
"Sou sócio do Benfica e estou a fazer a minha declaração de IRS.Como pago a quota de sócio todos os meses, devo colocar o Benfica como meu dependente? "
Resposta das Finanças:
"Claro que não. Só pode colocar dependentes na Declaração de IRS quem ganhou alguma coisa em 2007. No seu caso, uma simples Declaração de Isento é o suficiente."
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