Foi para Florença, não porque quisesse (o seu sonho era Barcelona), mas porque era a melhor proposta para o Benfica, que então estava em situação económica aflitiva. Esteve sete anos na Fiorentina. Deveria ter estado apenas dois ou três, e ter-se transferido logo para o Milan (ou outro da mesma dimensão).Teve hipóteses disso, mas os laços afectivos que criou em Florença não o fizeram pressionar a saida, e foi ficando.
Deitou fora dois anos de principesco contrato com o Milan, para poder jogar no seu Benfica. À chegada apenas exigiu a camisola "dez", assinando praticamente uma folha em branco. É o último dos românticos no futebol...
Figo ou Paulo Sousa, com uma gestão de carreiras muito mais fria e pragmática, terminam com mais títulos, e talvez com mais dinheiro. Mas Rui Costa, ao contrário daqueles, ficará no coração dos adeptos, tendo também mais que assegurada a sua independência financeira e o conforto da sua família.
Enquanto Figo ficou odiado por muitos (por exemplo em Barcelona) e amado por poucos (mesmo no Sporting representa menos que Sá Pinto ou Oceano), Rui será para sempre amado por quase todos, e nunca odiado por ninguém.
Para mim o amor á camisola.Quanto ao Figo na apresentação do Benfica na época 91/92 esteve ao meu lado na cabine de imprensa do antigo Estádio da Luz a ver o Benfica - Atlético Madrid (de Futre), na apresentação do Yuran,Kulkov e Mostovoi.Facto que eu estranhei muito sendo ele jogador do Sporting, mas quem o conhece sabe que na infância era Benfiquista.Aliando esse facto á sua maneira de ser não me espanta nada que ele não tivesse regressado ao Sporting.O Paulo Sousa era um dos meus jogadores preferidos e na minha boa conta ficou quando num célebre Boavista-Benfica após expulsão do Neno fez uma série de boas defesas como guarda-redes.Na altura pensei, eis um jogador que encarna a mística do Benfica.Mas como final da época foi para o Sporting caiu muito na minha consideração.Destino ou não o certo é que a Juventus lhe arruínou a carreira apesar de ainda ter sido campeão da europa no Dortmund, mas numa época em que andou sempre lesionado e só jogou nas últimas partidas.
Confirmo que Figo era benfiquista na infância, e lembro-me de em Juvenil ter chegado a assinar um pré-contrato com o Benfica, o que lhe valeu um castigo federativo, pois tinha contrato com o Sporting, ficando impedido de sair.
Na sua última época no Sporting, Sousa Cintra tentou à força vendê-lo para a Juventus, mas ele, à revelia, assinou com o Parma, cuja empresa proprietária (Parmalat) era patrocinadora do Benfica. O medo de Sousa Cintra e dos sportinguistas era que ele viesse parar à Luz (eventualmente para uma época de empréstimo). E essa na altura parecia ser mesmo a sua vontade. Lembro-me de uma conferência de imprensa em Alvalade em que os sócios e a claque invadiram a sala a tentar agredi-lo. Só que o facto de ter também assinado um pré acordo com a Juve, impediu-o de jogar em Itália nos anos seguintes, ido assim então parar a Barcelona.
Futre também era benfiquista de pequeno.
Já Paulo Sousa nunca foi benfiquista, embora enquanto jogador tivesse sido formado pelo clube. Sousa foi destruido pelos métodos de treino (e não só...) da Juve da altura. Roberto Baggio foi outra vítima, entre muitos outros menos conhecidos.
4 comentários:
Face á sua classe merecia muitos mais títulos.
Foi para Florença, não porque quisesse (o seu sonho era Barcelona), mas porque era a melhor proposta para o Benfica, que então estava em situação económica aflitiva.
Esteve sete anos na Fiorentina.
Deveria ter estado apenas dois ou três, e ter-se transferido logo para o Milan (ou outro da mesma dimensão).Teve hipóteses disso, mas os laços afectivos que criou em Florença não o fizeram pressionar a saida, e foi ficando.
Deitou fora dois anos de principesco contrato com o Milan, para poder jogar no seu Benfica.
À chegada apenas exigiu a camisola "dez", assinando praticamente uma folha em branco.
É o último dos românticos no futebol...
Figo ou Paulo Sousa, com uma gestão de carreiras muito mais fria e pragmática, terminam com mais títulos, e talvez com mais dinheiro.
Mas Rui Costa, ao contrário daqueles, ficará no coração dos adeptos, tendo também mais que assegurada a sua independência financeira e o conforto da sua família.
Enquanto Figo ficou odiado por muitos (por exemplo em Barcelona) e amado por poucos (mesmo no Sporting representa menos que Sá Pinto ou Oceano), Rui será para sempre amado por quase todos, e nunca odiado por ninguém.
O que vale mais ?
Para mim o amor á camisola.Quanto ao Figo na apresentação do Benfica na época 91/92 esteve ao meu lado na cabine de imprensa do antigo Estádio da Luz a ver o Benfica - Atlético Madrid (de Futre), na apresentação do Yuran,Kulkov e Mostovoi.Facto que eu estranhei muito sendo ele jogador do Sporting, mas quem o conhece sabe que na infância era Benfiquista.Aliando esse facto á sua maneira de ser não me espanta nada que ele não tivesse regressado ao Sporting.O Paulo Sousa era um dos meus jogadores preferidos e na minha boa conta ficou quando num célebre Boavista-Benfica após expulsão do Neno fez uma série de boas defesas como guarda-redes.Na altura pensei, eis um jogador que encarna a mística do Benfica.Mas como final da época foi para o Sporting caiu muito na minha consideração.Destino ou não o certo é que a Juventus lhe arruínou a carreira apesar de ainda ter sido campeão da europa no Dortmund, mas numa época em que andou sempre lesionado e só jogou nas últimas partidas.
Confirmo que Figo era benfiquista na infância, e lembro-me de em Juvenil ter chegado a assinar um pré-contrato com o Benfica, o que lhe valeu um castigo federativo, pois tinha contrato com o Sporting, ficando impedido de sair.
Na sua última época no Sporting, Sousa Cintra tentou à força vendê-lo para a Juventus, mas ele, à revelia, assinou com o Parma, cuja empresa proprietária (Parmalat) era patrocinadora do Benfica.
O medo de Sousa Cintra e dos sportinguistas era que ele viesse parar à Luz (eventualmente para uma época de empréstimo). E essa na altura parecia ser mesmo a sua vontade.
Lembro-me de uma conferência de imprensa em Alvalade em que os sócios e a claque invadiram a sala a tentar agredi-lo.
Só que o facto de ter também assinado um pré acordo com a Juve, impediu-o de jogar em Itália nos anos seguintes, ido assim então parar a Barcelona.
Futre também era benfiquista de pequeno.
Já Paulo Sousa nunca foi benfiquista, embora enquanto jogador tivesse sido formado pelo clube.
Sousa foi destruido pelos métodos de treino (e não só...) da Juve da altura. Roberto Baggio foi outra vítima, entre muitos outros menos conhecidos.
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