QUEM DÁ O QUE TEM...
Ninguém esperaria decerto que, dado o momento que Benfica e F.C.Porto atravessam, os encarnados pudessem fazer muito mais do que fizeram nesta deslocação ao Dragão.
Para defrontar um F.C.Porto campeão e senhor de uma vantagem pontual e futebolística exuberante, o Benfica apresentou-se a meio de uma das suas mais graves crises dos últimos tempos, vindo de duas derrotas consecutivas, e alvo de profunda contestação a todos os níveis da sua hierarquia.
Uma derrota era esperada, uma goleada era inclusivamente temida. A derrota por 2-0, dadas as circunstâncias, não envergonha o clube, e com o resultado do Sporting em Leiria acaba por não ter grandes consequências na luta pelo acesso à Champions. Afinal de contas, depois daquela que seria a mais problemática jornada para os encarnados, as coisas ficaram mais ou menos como estavam, se bem que o V.Guimarães, com o ponto obtido em Coimbra, se tenha afastado ligeiramente.
No jogo do Dragão viu-se um Benfica pobre mas honrado, a lutar esforçadamente pelo resultado, e a tentar disfarçar como podia as suas enormes debilidades. Um golo sofrido na alvorada da partida nada ajudou a missão benfiquista, mas nem mesmo assim a equipa deu sinais de perder a cabeça, realizando uma primeira parte de nível muito razoável, ao longo da qual poderia mesmo ter chegado à igualdade.
Na segunda parte o F.C.Porto entrou com outra energia, e a pouco e pouco veio ao de cima a sua maior qualidade colectiva e individual. Contudo, com o resultado tangencial a manter-se, a esperança num golpe de sorte que proporcionasse o empate e o retorno ao terceiro lugar afigurava-se legítima. O segundo golo de Lisandro a dez minutos do fim acabou com o jogo, e a partir de então, para ambas as equipas, tratou-se apenas de esperar pelo último apito de Bruno Paixão.
Se havia dúvidas sobre a entrega e o profissionalismo dos jogadores benfiquistas, elas terão ficado dissipadas. A equipa lutou, entregou-se, tentou ser feliz, mas objectivamente não tinha condições de fazer mais do que fez, e que, neste momento, é de todo insuficiente para vencer um todo poderoso F.C.Porto, campeão incontestado, ultra-confiante e jogando perante um público empenhado em fazer prossseguir o clima de festa que se tem vivido no reino do dragão.
Em termos individuais o destaque vai naturalmente para Lisandro, intérprete principal da vitória portista, se bem que Raul Meireles também tenha estado em bom plano. No Benfica, Rodriguez e Rui Costa terão sido os mais constantes.
Não se deu pela arbitragem.
Os encarnados estão a um ponto do terceiro lugar, e a desvantagem que tinham em termos de calendário terá ficado dissipada após esta jornada. Se o segundo posto continua a ser bastante difícil de alcançar, quanto à luta pelo terceiro – de acesso à pré-eliminatória -, mau grado a derrota, até se poderá dizer que o Benfica sai desta ronda com a sua posição reforçada. É necessário sobretudo que a equipa limpe a cabeça, e tenha tranquilidade em seu redor. Ganhando os três jogos que faltam, julgo haver francas hipóteses de, com o segundo ou o terceiro lugar, poder estar na Liga dos Campeões da próxima época.
Para defrontar um F.C.Porto campeão e senhor de uma vantagem pontual e futebolística exuberante, o Benfica apresentou-se a meio de uma das suas mais graves crises dos últimos tempos, vindo de duas derrotas consecutivas, e alvo de profunda contestação a todos os níveis da sua hierarquia.
Uma derrota era esperada, uma goleada era inclusivamente temida. A derrota por 2-0, dadas as circunstâncias, não envergonha o clube, e com o resultado do Sporting em Leiria acaba por não ter grandes consequências na luta pelo acesso à Champions. Afinal de contas, depois daquela que seria a mais problemática jornada para os encarnados, as coisas ficaram mais ou menos como estavam, se bem que o V.Guimarães, com o ponto obtido em Coimbra, se tenha afastado ligeiramente.
No jogo do Dragão viu-se um Benfica pobre mas honrado, a lutar esforçadamente pelo resultado, e a tentar disfarçar como podia as suas enormes debilidades. Um golo sofrido na alvorada da partida nada ajudou a missão benfiquista, mas nem mesmo assim a equipa deu sinais de perder a cabeça, realizando uma primeira parte de nível muito razoável, ao longo da qual poderia mesmo ter chegado à igualdade.
Na segunda parte o F.C.Porto entrou com outra energia, e a pouco e pouco veio ao de cima a sua maior qualidade colectiva e individual. Contudo, com o resultado tangencial a manter-se, a esperança num golpe de sorte que proporcionasse o empate e o retorno ao terceiro lugar afigurava-se legítima. O segundo golo de Lisandro a dez minutos do fim acabou com o jogo, e a partir de então, para ambas as equipas, tratou-se apenas de esperar pelo último apito de Bruno Paixão.
Se havia dúvidas sobre a entrega e o profissionalismo dos jogadores benfiquistas, elas terão ficado dissipadas. A equipa lutou, entregou-se, tentou ser feliz, mas objectivamente não tinha condições de fazer mais do que fez, e que, neste momento, é de todo insuficiente para vencer um todo poderoso F.C.Porto, campeão incontestado, ultra-confiante e jogando perante um público empenhado em fazer prossseguir o clima de festa que se tem vivido no reino do dragão.
Em termos individuais o destaque vai naturalmente para Lisandro, intérprete principal da vitória portista, se bem que Raul Meireles também tenha estado em bom plano. No Benfica, Rodriguez e Rui Costa terão sido os mais constantes.
Não se deu pela arbitragem.
Os encarnados estão a um ponto do terceiro lugar, e a desvantagem que tinham em termos de calendário terá ficado dissipada após esta jornada. Se o segundo posto continua a ser bastante difícil de alcançar, quanto à luta pelo terceiro – de acesso à pré-eliminatória -, mau grado a derrota, até se poderá dizer que o Benfica sai desta ronda com a sua posição reforçada. É necessário sobretudo que a equipa limpe a cabeça, e tenha tranquilidade em seu redor. Ganhando os três jogos que faltam, julgo haver francas hipóteses de, com o segundo ou o terceiro lugar, poder estar na Liga dos Campeões da próxima época.
4 comentários:
If, mesmo que esta equipe fique em segundo, o que não acredito, o que vai ela fazer à Liga dos Campeões?
Que tristeza, eu que não sou criança nenhuma nunca vi uma equipa do Benfica tão fraquinha. Lamento que um grande benfiquista e grande jogador (Rui Costa) tenha uma despedida tão triste dos relvados. Se ele adivinhasse este fim teria voltado ao Benfica?
Saudações benfiquistas
FS
Compreendo que, como administrador do blog, prefira dizer que não se deu pela arbitragem. Mas não há que ficar calado, sobretudo depois da campanha de sujice que lagartos e andrades fizeram aquando da última conquista do SLB. Mais uma vez, uma arbitragem inclinada, em todos os aspectos, impedindo o SLB de defender e reagir: bastava um toque no adversário para o Sr. Paixão apitar e o FCP recuperar a posição de ataque. Expulsão cómica de Binya. Chuva de cartões, "para marcar autoridade", segundo o Jogo. Cartão para Cardozo por reclamar, mas nada para Lucho em igual situação. Chama-se a isto uma arbitragem habilidosa, em que sem grandes polémicas, sem penalties, o jogo fica totalmente virado.
De resto, pouco Benfica para um Porco mais gordo e forte.
Acabo de ver o comentário do site de O Jogo à partida de ontem:
"Quando se marca um golo aos sete minutos, que é o nono sofrido pelo adversário em três jogos, o caminho fica meio percorrido. Era a pedra que faltava na lapidação do Benfica: todos os títulos perdidos; o campeonato ameaçado; a equipa humilhada pelos dois resultados anteriores; o empenho em correr pela Liga dos Campeões questionado pela certeza que metade do plantel tem de que jogará noutro clube dentro de meses; e o estádio vazio de almas solidárias, mesmo do tipo de solidariedade que ataca autocarros."
O Jornal de Notícias apresenta na manchete de hoje um grande "OLÉ".
Mesmo reconhecendo que o Record tende para o SCP e a Bola para o SLB, nunca vi nestes jornais (quanto mais no DN, Público, etc) qualquer coisa semelhante.
Os jornalistas do Dragõ desceram ao nível de animais de bancada, do comentáriozeco de café ou blogue; a sua reacção ao Apito Dourado é uma catadupa de insultos e comentários jocosos, baixos e brejeiros; e nisto os jornalistas do Dragõ em nada se distinguem do seu eminente patrono, o ex-companheiro da Sra. Carolina
Isto é uma prova irrefutável de que esse tal de FCP ainda não é, apesar da sua hegemonia desportiva, mais que um clubezeco regional. Outros tipos de grandeza, porventura mais importantes que os títulos, estão ainda fora do alcance dessa instituição.
Cumprimentos
é só azia...
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