TECNOLOGIA E FUTEBOL
Lamentavelmente não pude seguir todo o debate de ontem sobre a utilização ou não de meios tecnológicos de apoio à arbitragem. O pouco que vi não me pareceu muito esclarecedor, sobretudo porque o problema pareceu, como noutras ocasiões, mal formulado.
Há que distinguir aquilo que seja apenas a colocação de um ecrã junto ao quarto árbitro, para que este possa informar o árbitro, por exemplo, de agressões que este não tenha visto, ou a introdução de um pequeno sensor na bola para que dê sinal sempre que ultrapasse a linha de golo, do condicionamento de todas as decisões sobre penáltis, foras-de-jogo etc à utilização de tecnologia, interrompendo o jogo sempre que a dúvida apareça. No primeiro caso vejo menos inconvenientes do que vantagens, embora não se resolva o problema da preservação da verdade desportiva, mas a segunda opção, quanto a mim, mataria o futebol tal como o conhecemos e amamos.
Como se pode analisar um lance de fora-de-jogo pela televisão ? Um jogador segue isolado com a bola, o árbitro tem dúvidas, o que faz ? Interrompe a jogada para ver na tv se aquele jogador está ou não deslocado ? E se não estiver, como retoma o jogo ? Quanta polémica não nasceria dessas interrupções ? O mesmo é válido para as grandes penalidades. E sabemos como são estes dois aspectos aqueles que mais polémica geram, pois problemas com a linha de baliza acontecem uma ou duas vezes por temporada.
Só por absurdo se poderá defender para o futebol, com o mediatismo que tem, com a história e a popularidade que conseguiu construir, uma revolução de tamanha dimensão e risco. Aliás, o sucesso deste desporto – que por algum motivo é Rei – deve-se fundamentalmente ao conservadorismo e à simplicidade das suas regras, que o fazem chegar facilmente a qualquer criança de 4 anos, a quem a última coisa com que preocupa é o árbitro e as suas decisões. Concordo pois, grosso modo, com a posição da FIFA sobre o assunto, ou não fosse ela a principal interessada no sucesso do espectáculo, e parece-me que qualquer outra dificilmente resiste a alguns minutos de raciocínio sobre o assunto.
Depois, há que dizê-lo também, não me parece que o principal problema do futebol, nem mesmo do futebol português, sejam os erros dos árbitros.
Há que distinguir aquilo que seja apenas a colocação de um ecrã junto ao quarto árbitro, para que este possa informar o árbitro, por exemplo, de agressões que este não tenha visto, ou a introdução de um pequeno sensor na bola para que dê sinal sempre que ultrapasse a linha de golo, do condicionamento de todas as decisões sobre penáltis, foras-de-jogo etc à utilização de tecnologia, interrompendo o jogo sempre que a dúvida apareça. No primeiro caso vejo menos inconvenientes do que vantagens, embora não se resolva o problema da preservação da verdade desportiva, mas a segunda opção, quanto a mim, mataria o futebol tal como o conhecemos e amamos.
Como se pode analisar um lance de fora-de-jogo pela televisão ? Um jogador segue isolado com a bola, o árbitro tem dúvidas, o que faz ? Interrompe a jogada para ver na tv se aquele jogador está ou não deslocado ? E se não estiver, como retoma o jogo ? Quanta polémica não nasceria dessas interrupções ? O mesmo é válido para as grandes penalidades. E sabemos como são estes dois aspectos aqueles que mais polémica geram, pois problemas com a linha de baliza acontecem uma ou duas vezes por temporada.
Só por absurdo se poderá defender para o futebol, com o mediatismo que tem, com a história e a popularidade que conseguiu construir, uma revolução de tamanha dimensão e risco. Aliás, o sucesso deste desporto – que por algum motivo é Rei – deve-se fundamentalmente ao conservadorismo e à simplicidade das suas regras, que o fazem chegar facilmente a qualquer criança de 4 anos, a quem a última coisa com que preocupa é o árbitro e as suas decisões. Concordo pois, grosso modo, com a posição da FIFA sobre o assunto, ou não fosse ela a principal interessada no sucesso do espectáculo, e parece-me que qualquer outra dificilmente resiste a alguns minutos de raciocínio sobre o assunto.
Depois, há que dizê-lo também, não me parece que o principal problema do futebol, nem mesmo do futebol português, sejam os erros dos árbitros.
4 comentários:
LF
Vi com muita atenção, o debate do "Prós e Contras" e parece-me que ficou tudo na mesma, há um acordo relativo, quanto ao chip na bola, para se saber se passou a linha de golo ou não
Em relação, ao fora de jogo, penaltys e faltas a meio campo, é impossivel estar sempre a parar o jogo
Os lances de violencia, que o arbitro não veja, também estou de acordo que na proxima paragem do jogo, seja informado o arbitro para mostrar o respectivo cartão
O LF, fala que não são os lances duvidosos que estraga o futebol Português, eu tambem estou de acordo, mas de uma coisa eu não tenho duvidas, os arbitros são dos maiores responsaveis pelo fraco futebol praticado, por exemplo, a maioria dos arbitros não deixam que o jogo seja rapido, estão a interromper constantemente o jogo, por qualquer contacto fisico, o futebol é um jogo de contacto fisico constante
Os arbitros têm de perceber, o que realmente é um contacto, faltoso e um contacto legal, para deixarem correr o jogo a um ritmo aceitavel, no inicio de cada época deveria ser explicado como se deve arbitrar um jogo, com critério para todos os arbitros e em todos os jogos, quando os arbitros, fugissem desse critério deveriam ser punidos, quer em jogos, como em multas monetárias, eles dizem que andam na arbitragem, por amor e que são puramente amadores, esta conversa é "conversa da treta", quando lhes forem aos bolsos as coisas mudam
Os jogadores, têm de ser punidos quando fazem "teatro" e tentam enganar o arbitro, deveria ser enviado a todos os clubes, os critérios de como se irá arbitrar os jogos
Por ultimo, penso que os treinadores, tambem têm culpas no cartório, os ritmos das equipas são sempre bastante lentos, o que não ajuda a espectacularidade dos jogos e a emoção de cada jogo
Na Inglaterra por exemplo (a melhor Liga Europeia), os jogos nem sempre são bem jogados técnicamente ou tácticamente, mas o ritmo a que são jogados fazem a diferença, a nivel emocional e de incerteza do resultado, pois esse ritmo, leva a mais erros e desequilibrios das equipas
É claro, que não estou a falar das grandes equipas como o Manchester und, Arsenal, Chelsea e Liverpool, estes têm grandes jogadores que fazer a diferença a nivel técnico e táctico, são colossos a nivel mundial
O futebol português, quando tiver mais ritmo competitivo e os arbitros deixarem jogar mais, podemos ver bons jogos
Os dirigentes e o exesso de estrangeiros, ficam para outra altura
Essa forma de apitar, bem portuguesa, é uma estratégia de defesa contra a polémica.
Se se interrompe o jogo ninguém sabe o que sucederia a seguir. Se não se interrompe, corre-se o risco de deixar entrar o golo ilegal.
Em Inglaterra impera outra lógica. A do espectáculo.
LF
A lógica do espectaculo, tem de partir da propria Liga Portuguesa e dos seus dirigentes, arbitros, treinadores e jogadores
Só com regras muito cláras, se pode fazer uma Liga com espectáculo e com equilibrio, geradora de publico e muitos euros, como todos desejam
Dos adeptos também.
Há que valorizar mais o jogo, os golos, as fintas, as defesas, e menos as tricas de arbitragem.
Mas como eu posso também, modestamente, testemunhar, sempre que se fala de arbitragem as audiências sobem em flecha.
Nos programas televisivos, os apresentadores dizem que 90% dos mails que recebem são sobre arbitragem.
Há uma mentalidade bem latina, e principalmente bem portuguesa, que nos leva a suspeitar de tudo e de todos, e que parte de um ódio ao rival que transforma tudo numa guerra sem quartel.
Pinto da Costa tem muita culpa disto, ao fazer do ódio a mística do seu clube. Mas desde o caso apito dourado não se pode dizer que exista qualquer protecção especial a este ou aquele clube, pelo que devem ser os adeptos também a interiorizar que o futebol é paixão, espectáculo, e não ódio ou desconfiança.
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