A MATEMÁTICA DO APURAMENTO

A situação de Portugal face ao apuramento para o Euro 2008 melhorou consideravelmente no passado sábado. A selecção nacional necessitava, à partida para o Azerbaijão, de quatro vitórias para não depender de ninguém, e agora chegam-lhe duas vitórias e um empate nos três jogos que restam, podendo inclusivamente perder um jogo desde que não seja o último diante da Finlândia, e desde que a Sérvia não desate a golear todos os adversários e corrija a significativa desvantagem que leva em termos de goal-average.
Para além destas possibilidades, caso os nossos adversários directos (Sérvia e Finlândia) desperdicem pontos, abre-se à selecção nacional um conjunto alargado de hipóteses de apuramento, que inclui até, no limite, uma remota hipótese de, com apenas mais um ponto, a equipa das quinas se poder apurar. Mas se esta, como outras, não passam de fórmulas académicas – que envolveriam por exemplo uma derrota caseira dos finlandeses diante do frágil Azerbaijão -, é preciso ter em conta que a Sérvia, além de jogar depois de amanhã em Baku, e de receber depois o Cazaquistão, tem ainda de defrontar a Polónia, em casa, no último jogo. Será pois pacífico entender como normal a eventualidade dos balcânicos não conseguirem conquistar todos os nove pontos ainda em disputa, deixando então Portugal numa posição ainda mais confortável.
É preciso ter no entanto em atenção que a maior fatia da margem de manobra da equipa de Scolari se situa nos dois jogos diante de adversários teoricamente acessíveis (Cazaquistão e Arménia), pois no encontro frente à Finlândia terá mesmo que pontuar, isto partindo do pressuposto que os nórdicos vencerão em casa o Azerbaijão. Foi uma pena que Jeskelainen e o poste tenham impedido a Bélgica de vencer no último sábado, permitindo assim que Portugal ficasse a apenas duas vitórias de festejar a qualificação, podendo então cumprir tranquilamente calendário na última jornada.
Como agora pouco interessa o que poderia ou não ter acontecido, vejamos então o quadro com todas as 27 combinações possíveis de resultados da selecção nacional para os jogos que lhe falta disputar, e respectivas hipóteses de apuramento:

4 comentários:

Anónimo disse...

Mais uma vez a fazermo contas. Será que sofrer até ao fim faz parte da sina de SER PORTUGUÊS?
Enfim, o que importa é lá chegar.
FS

LF disse...

Sim, mas para já só dependemos de nós.

Anónimo disse...

LF

A matemática está mais facil, porque os outros resultados foram a nosso favor e pronto fizemos a nosso obrigação neste jogo, nos jogos passados, não fomos profissionais, nem humildes e pagamos caro essa atitude

Se tivesse jogado sempre a Selecção, que está em 8º lugar na classificação da FIFA, não tinhamos de fazer contas e possivelmente já estavamos apurados, o grupo não era muito dificil, nós é que o tornamos complicado

A ideia de ganhar em casa e empatar fora, não foi muito boa, eu acho que Portugal tem de jogar sempre para ganhar, pois tem jogadores para isso, não podemos ter medo de equipas da 2ª e 3ª divisão Europeia, mas temos de respeita-los, correr, lutar e ganhar, só assim se ganham pontos

Desta vez, conseguimos equilibrar o apuramento, dependendo só de nós, mas com esta atitude, qualquer dia vamos ficar em casa a ver o Mundial ou o Europeu

Profissionalismo, Humildade e respeito nunca fez mal a ninguem

LF disse...

Catn,

Essa falta de humildade aconteceu de facto nalguns jogos (Polónia fora e Arménia). Mas noutros também houve algum azar.
Recordo que o golo da Sérvia em Alvalade é claramente fora-de-jogo, e uma vitória nesse jogo alteraria completamente o panorama. Também com a Polónia na Luz não tivemos sorte, depois de uma grande segunda parte em que viramos um resultado desfavorável.
Enfim, o que lá vai lá vai.

A ideia de Scolari dos empates fora e vitórias em casa não era má de todo.
Se assim tivesse sempre acontecido chegávamos aos 28 pontos, e 27 chegam neste momento para garantir o apuramento. De qualquer modo eu penso que ele se referia a empates na Polónia, Sérvia, Finlândia e eventualmente Bélgica, partindo do pressuposto que venciamos na Arménia, Azerbaijão e Cazaquistão.
Assim chegar-se-ia aos 34 pontos, que dava para vencer o grupo tranquilamente.

Portugal é a melhor equipa do grupo, mas não devemos desconsiderar a Polónia (que tem feito uma qualificação de grande nível, e já tinha estado no mundial), e a Sérvia (que tem grandes jogadores como Stankovic, Vidic, Zigic etc, todos eles a jogar nos principais campeonatos europeus), ou mesmo uma Finlândia já com um nível competitivo muito diferente do que tinha há umas décadas atrás.
Olhando para os outros grupos, com uma ou duas excepções, não me parece que este tenha sido assim tão mais fácil.

Seja como for, estou confiante. Embora tenha algum receio do jogo com a Finlandia, que ainda há 5 anos, quando nos preparávamos para o mundial da Coreia, veio vencer ao Bessa por 4-0 !