PRESTÍGIO INTACTO
Perder pela diferença mínima em San Siro, diante do campeão europeu, não deslustra ninguém. Se levarmos em conta que o Benfica é ainda uma equipa em construção, que se apresentou dizimado pelas várias lesões que têm limitado o seu sector defensivo, sem dois dos principais jogadores da equipa (Luisão e Petit), com uma dupla de centrais inédita e bastante jovem, com oito jogadores no onze inicial sem qualquer experiência de Liga dos Campeões, e que mesmo assim, conseguiu criar algumas ocasiões para marcar – e se o tivesse feito mais cedo talvez dificultasse um pouco a vida do Milan -, e apresentar um ou outro momento de bom futebol, bem se pode dizer que a equipa portuguesa tem motivos para sair desta primeira jornada de cabeça bastante levantada.
O Milan entrou forte, não de forma exuberantemente ofensiva – nenhuma equipa italiana o faz – mas com a eficiência de processos suficiente para praticamente resolver o jogo na primeira meia hora. Momentos antes do segundo golo, em dois lances consecutivos, primeiro Rui Costa e depois Cardozo poderiam ter empatado, dando assim um rumo diferente à partida. Dida e o poste não deixaram a bola entrar, e Inzaghi, na sequência de um contra-ataque – como os transalpinos tanto gostam –, não perdoou, tendo a sorte deste jogo ficado aí, desde logo, decidida.
Até final da primeira parte, um Benfica atrevido e alegre no ataque, mas inconsistente e desconcentrado na defesa - Camacho arriscou bastante com Miguel Vitor, mas a verdade é que, sendo fácil agora criticar, dadas as condicionantes, se tratou de uma opção perfeitamente respeitável -, salvou-se de uma goleada. Foi Quim que a evitou, realizando duas intervenções de elevadíssimo grau de dificuldade, quando nas bancadas já se gritava golo. O mesmo aconteceria na segunda parte, o que é sintomático do extraordinário momento de forma que o guardião benfiquista atravessa, mau grado ter ficado a sensação de alguma lentidão no lance do golo de Pirlo.
Já se sabe que os italianos, uma vez a vencer – e ainda por cima com dois golos de diferença – raramente partem para o massacre do adversário, antes especulando com o jogo, e deixando o tempo correr, de forma a segurarem, sem grandes riscos, a vitória e os pontos. Foi isso que o Milan fez na segunda parte, onde ainda assim conseguiu criar algumas oportunidades flagrantes para dilatar a vantagem.
O Benfica foi tentando remar contra uma maré que cedo havia mostrado ser-lhe hostil. Lutou até ao fim, procurou - e conseguiu – deixar uma imagem positiva, de uma equipa de uma dimensão obviamente diferente do seu anfitrião, mas com condições para lutar pelo apuramento. Acabou por marcar quando já não restava tempo para esboçar qualquer tentativa de dar a volta ao resultado.
Este jogo, apesar da derrota, terá sido bastante importante para o crescimento deste Benfica enquanto equipa. Há talento no plantel, veremos como Camacho o articula e o faz evoluir. Como aqui disse ontem, agora é que a Liga dos Campeões vai começar para o Benfica. Faltam disputar quinze pontos, dos quais os encarnados terão de conquistar oito ou nove. As próximas duas jornadas caseiras são pois fundamentais.
A arbitragem foi sofrível, embora não tenha influenciado o resultado. Muitos equívocos na lei da vantagem, muitas faltas mal assinaladas, alguns foras-de-jogo mal tirados, em prejuízo de ambas as equipas.
O Milan entrou forte, não de forma exuberantemente ofensiva – nenhuma equipa italiana o faz – mas com a eficiência de processos suficiente para praticamente resolver o jogo na primeira meia hora. Momentos antes do segundo golo, em dois lances consecutivos, primeiro Rui Costa e depois Cardozo poderiam ter empatado, dando assim um rumo diferente à partida. Dida e o poste não deixaram a bola entrar, e Inzaghi, na sequência de um contra-ataque – como os transalpinos tanto gostam –, não perdoou, tendo a sorte deste jogo ficado aí, desde logo, decidida.
Até final da primeira parte, um Benfica atrevido e alegre no ataque, mas inconsistente e desconcentrado na defesa - Camacho arriscou bastante com Miguel Vitor, mas a verdade é que, sendo fácil agora criticar, dadas as condicionantes, se tratou de uma opção perfeitamente respeitável -, salvou-se de uma goleada. Foi Quim que a evitou, realizando duas intervenções de elevadíssimo grau de dificuldade, quando nas bancadas já se gritava golo. O mesmo aconteceria na segunda parte, o que é sintomático do extraordinário momento de forma que o guardião benfiquista atravessa, mau grado ter ficado a sensação de alguma lentidão no lance do golo de Pirlo.
Já se sabe que os italianos, uma vez a vencer – e ainda por cima com dois golos de diferença – raramente partem para o massacre do adversário, antes especulando com o jogo, e deixando o tempo correr, de forma a segurarem, sem grandes riscos, a vitória e os pontos. Foi isso que o Milan fez na segunda parte, onde ainda assim conseguiu criar algumas oportunidades flagrantes para dilatar a vantagem.
O Benfica foi tentando remar contra uma maré que cedo havia mostrado ser-lhe hostil. Lutou até ao fim, procurou - e conseguiu – deixar uma imagem positiva, de uma equipa de uma dimensão obviamente diferente do seu anfitrião, mas com condições para lutar pelo apuramento. Acabou por marcar quando já não restava tempo para esboçar qualquer tentativa de dar a volta ao resultado.
Este jogo, apesar da derrota, terá sido bastante importante para o crescimento deste Benfica enquanto equipa. Há talento no plantel, veremos como Camacho o articula e o faz evoluir. Como aqui disse ontem, agora é que a Liga dos Campeões vai começar para o Benfica. Faltam disputar quinze pontos, dos quais os encarnados terão de conquistar oito ou nove. As próximas duas jornadas caseiras são pois fundamentais.
A arbitragem foi sofrível, embora não tenha influenciado o resultado. Muitos equívocos na lei da vantagem, muitas faltas mal assinaladas, alguns foras-de-jogo mal tirados, em prejuízo de ambas as equipas.
4 comentários:
Isto de dar os parabéns quando se perde, não está nada bem do ponto de vista estratégico e filosofico! A mentalidade tem de ser outra. Não quero com isso dizer que deveriamos ter ganho obrigatoriamente o jogo de ontem, mas a mentalidade tem de ser ganhar, seja contra quem for e a derrota é sempre má seja com quem for... mas vamos melhorar e vou já comprar bilhete para o decisivo SL Benfica Vs AC Milan de 28 de Novembro... e olhem que sou da cidade do Porto!
Saudações Benfiquistas!
Eu não dei os parabéns a ninguém.
Mas parece-me que, dadas as limitações na equipa, todas as recentes alterações, as lesões etc, e tendo em conta que o Benfica defrontava o Milan, perder por 1-2 não envergonha.
A liga dos campeões joga-se com Celtic e Shakhtar, com a eventualidade de conseguir um pontinho na recepção ao Milan (sobretudo caso este já não necessite do jogo).
Se o Benfica vencer Celtic e Shakhtar em casa, e empatar fora, estou convencido que, mesmo que perca novamente com o Milan, se apura para a fase seguinte.
Um grande abraço aos benfiquistas do Porto, cidade que muito aprecio, e onde comemorei o último título do Benfica...
Ser benfiquista aí, vale o dobro...
Falhamos logo de inicio e contra estas equipas não se podem cometer erros.Temos de melhorar ao nível da concentração...
Deste Milan têm-se, obrigatoriamente, destacar dois nomes:
-KAKA
-PIRLO
Simplesmente...Grandes jogadores!!!
Sem dúvida.
Os jornais italianos falam da dependência da equipa em relação a eles.
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