VEDETA DA BOLA COM AS CAMADAS JOVENS
Um derby, uma bela tarde de feriado, bilhetes a 2 euros, formaram um cocktail capaz de levar ao Estádio da Luz cerca de 14 mil espectadores para assistir ao Benfica-Sporting da fase final do Nacional de Juniores. VEDETA DA BOLA esteve lá.
Sabe-se, pelo seu passado recente, e sobretudo pelas estrelas que tem formado, que o Sporting é uma potência nas camadas jovens. Têm-se ouvido, por outro lado, que o Benfica está a realizar um esforço para acompanhar o rival nesta área, na qual de facto os encarnados, sobretudo desde os negros anos de Vale e Azevedo, se têm deixado ultrapassar com clareza.
Se este jogo servia para verificar se o caminho percorrido pelos da Luz já os colocava em pé de igualdade com o rival de Alvalade, a resposta foi um claro e rotundo Não.
Apesar do empate, apesar de algumas oportunidades desperdiçadas pelos dois conjuntos, o Sporting mostrou sempre ser mais equipa, ter melhores individualidades, e marcar durante quase todo o jogo uma superioridade técnica, física e táctica que torna o empate um resultado absolutamente mentiroso. Durante alguns períodos parecia estar-se perante um jogo entre equipas de escalões diferentes, tal a diferença de ritmo, de agressividade, de harmonia de movimentos entre as duas equipas.
As diferenças entre ambos começam logo aliás no guarda-redes: enquanto o Sporting apresentou Rui Patrício, terceiro guarda-redes do plantel principal – que até já foi titular e defendeu um penálti frente ao Marítimo na SuperLiga – com mais de 1,90m de altura, com uma presença fantástica na baliza, o guardião do Benfica, até pela sua altura, dificilmente se poderá um dia afirmar no plantel principal.
Na linha defensiva também as diferenças são gritantes. Ao passo que o Sporting tem um quarteto muito bem constituído
fisicamente e muito maduro na sua movimentação, onde se realça o central Daniel Carriço e o lateral esquerdo Tiago Pinto (filho de João Vieira Pinto) como as unidades de maior destaque, a linha defensiva do Benfica pareceu muito mais permeável, desorganizada e frágil nos duelos individuais.
No meio campo passa-se quase o mesmo. Muita maturidade, muita força, muita altura entre os leões. Muita vontade, alguma agressividade, mas pouco mais nos da casa, que a agravar pareceram sentir muito a pressão de jogar no estádio principal e com tanta gente nas bancadas – nem as claques faltaram.
Quer isto dizer que entre os jogadores do Benfica pouco ou nada há para aproveitar? Nada disso. Talvez até o jogador que tenha deixado melhor impressão no jogo seja da equipa encarnada. Falo do avançado chinês Yu Dabao, autor do golo do empate e de mais alguns pormenores de categoria, que fazem dele indiscutivelmente, não uma estrela, não um fora de série, mas um jogador com potencial para, caso evolua de modo positivo, se afirmar no futebol português.
O chinês não é um ponta de lança puro, mas antes um avançado móvel que gosta de vir buscar a bola atrás, designadamente partindo das alas, para construir jogadas de perigo com passes precisos para as desmarcações dos colegas. Tem uma planta física, senão impressionante, pelo menos bastante desenvolvida para a idade, e tem uma capacidade técnica apreciável. É inegavelmente, pelo que ontem se viu, o melhor jogador da equipa.
Também o lateral esquerdo (não fixei o nome), e o médio defensivo Romeu Ribeiro me causaram boa impressão.
Entre os leões, além dos destaques que já referi no sector defensivo, gostaria de salientar o talento que não engana do médio João Martins, que suponho ser irmão de Carlos Martins (alguém me corrija se estiver errado), bem como alguns pormenores do avançado nº 11 (brasileiro?, africano?).Apesar das diferenças de potencial evidenciadas na tarde de ontem, a verdade é que o Benfica está um ponto acima do Sporting, e disputará na próxima jornada um decisivo jogo no Porto, onde se vencer terá as portas abertas para o título. Mas vai certamente ser muito difícil...
Sabe-se, pelo seu passado recente, e sobretudo pelas estrelas que tem formado, que o Sporting é uma potência nas camadas jovens. Têm-se ouvido, por outro lado, que o Benfica está a realizar um esforço para acompanhar o rival nesta área, na qual de facto os encarnados, sobretudo desde os negros anos de Vale e Azevedo, se têm deixado ultrapassar com clareza.
Se este jogo servia para verificar se o caminho percorrido pelos da Luz já os colocava em pé de igualdade com o rival de Alvalade, a resposta foi um claro e rotundo Não.
Apesar do empate, apesar de algumas oportunidades desperdiçadas pelos dois conjuntos, o Sporting mostrou sempre ser mais equipa, ter melhores individualidades, e marcar durante quase todo o jogo uma superioridade técnica, física e táctica que torna o empate um resultado absolutamente mentiroso. Durante alguns períodos parecia estar-se perante um jogo entre equipas de escalões diferentes, tal a diferença de ritmo, de agressividade, de harmonia de movimentos entre as duas equipas.
As diferenças entre ambos começam logo aliás no guarda-redes: enquanto o Sporting apresentou Rui Patrício, terceiro guarda-redes do plantel principal – que até já foi titular e defendeu um penálti frente ao Marítimo na SuperLiga – com mais de 1,90m de altura, com uma presença fantástica na baliza, o guardião do Benfica, até pela sua altura, dificilmente se poderá um dia afirmar no plantel principal.
Na linha defensiva também as diferenças são gritantes. Ao passo que o Sporting tem um quarteto muito bem constituído
fisicamente e muito maduro na sua movimentação, onde se realça o central Daniel Carriço e o lateral esquerdo Tiago Pinto (filho de João Vieira Pinto) como as unidades de maior destaque, a linha defensiva do Benfica pareceu muito mais permeável, desorganizada e frágil nos duelos individuais.
No meio campo passa-se quase o mesmo. Muita maturidade, muita força, muita altura entre os leões. Muita vontade, alguma agressividade, mas pouco mais nos da casa, que a agravar pareceram sentir muito a pressão de jogar no estádio principal e com tanta gente nas bancadas – nem as claques faltaram.
Quer isto dizer que entre os jogadores do Benfica pouco ou nada há para aproveitar? Nada disso. Talvez até o jogador que tenha deixado melhor impressão no jogo seja da equipa encarnada. Falo do avançado chinês Yu Dabao, autor do golo do empate e de mais alguns pormenores de categoria, que fazem dele indiscutivelmente, não uma estrela, não um fora de série, mas um jogador com potencial para, caso evolua de modo positivo, se afirmar no futebol português.
O chinês não é um ponta de lança puro, mas antes um avançado móvel que gosta de vir buscar a bola atrás, designadamente partindo das alas, para construir jogadas de perigo com passes precisos para as desmarcações dos colegas. Tem uma planta física, senão impressionante, pelo menos bastante desenvolvida para a idade, e tem uma capacidade técnica apreciável. É inegavelmente, pelo que ontem se viu, o melhor jogador da equipa.
Também o lateral esquerdo (não fixei o nome), e o médio defensivo Romeu Ribeiro me causaram boa impressão.
Entre os leões, além dos destaques que já referi no sector defensivo, gostaria de salientar o talento que não engana do médio João Martins, que suponho ser irmão de Carlos Martins (alguém me corrija se estiver errado), bem como alguns pormenores do avançado nº 11 (brasileiro?, africano?).Apesar das diferenças de potencial evidenciadas na tarde de ontem, a verdade é que o Benfica está um ponto acima do Sporting, e disputará na próxima jornada um decisivo jogo no Porto, onde se vencer terá as portas abertas para o título. Mas vai certamente ser muito difícil...
5 comentários:
"Se este jogo servia para verificar se o caminho percorrido pelos da Luz já os colocava em pé de igualdade com o rival de Alvalade, a resposta foi um claro e rotundo Não." - É claro que não, o Sporting já tem a sua academia à alguns anos, enquanto que o Benfica nem à um ano dispõe das infraestruturas do Seixal.
É natural que a equipa do Sporting tenha um futebol diferente, pois a esmagadora maioria dos jogadores que compõe a equipa já jogam juntos desde os Iniciados, ou seja à aproximadamente 6 anos, enquanto que os jogdores da equipa da Luz secalhar alguns é a primeira vez que jogam juntos, já para não falar da grande diversidade de culturas que há no plantel benfiquista, que não consta do plantel sportinguista.
No que ao Guarda-redes Rui Patricio, que já tive o prazer de defrontar, bem como outros atletas da formação leonina, trata-se de um grande Guarda-redes, bastante completo para a idade que tem e que num futuro muito próximo irá "dar cartas" no futebol nacional, enquanto for possível mantê-lo por cá. O central Daniel Carriço também é um jovem com muito valor, no entanto quando refere Tiago Pinto como uma das unidades de maior destaque tenho que discordar. Na minha opinião o filho de JVP não passa de um jogador banal, que jogou sempre nos clubes que o pai representou (e não me venham dizer que foi coincidência) e que naturalmente teve que evoluir alguma coisa, mas a meu ver existem jogadores bastante superiores a este. Quanto ao João Martins, ele realmente é irmão do médio Carlso Martins e também é um jovem que tem tudo para ir mais além no futebol.
As opiniões que expressei basearam-se unica e exclusivamente neste jogo.
Nunca tinha visto jogar a maioria dos jogadores.
ARBIFUTE
http://arbifute.blogspot.com
Tudo sobre Futebol e Arbitragem!
Visita...
O Avançado número 11 é o Alison Almeida e é brasileiro
É isso.
Ouvi o nome na constituição das equipas, mas não me recordava.
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