UMA HISTÓRIA DE NERVOS COM FINAL FELIZ
Sem fazer uma exibição de encher o olho, o Benfica conseguiu, perante mais de 60 mil almas sofredoras, o seu grande objectivo na noite europeia de ontem.
Numa competição europeia, nuns oitavos-de-final, por maior que seja a crise de forma do adversário, não se podem esperar goleadas. O Benfica entrou bem no jogo, realizou meia hora de grande categoria, sendo depois traído por uma falha do seu mal-amado guarda-redes, o que acabou por aniquilar a tranquilidade que os dois golos apontados, em condições normais, permitiriam. Em toda a segunda parte o Benfica sentiu, para além da saída por lesão de Karagounis – até aí um elemento preponderante na manobra da equipa –, o perigo que representaria a eventualidade dos franceses marcarem, acabando, talvez por isso, por tremer um pouco na indecisão entre atacar de forma audaz em busca do triunfo ou acautelar-se de modo a evitar um golo que seria seguramente dramático para o desfecho da contenda. O Paris St.Germain é uma equipa em crise, disso não restam dúvidas, mas não é o adversário dócil que quiseram fazer dele. Os seus problemas são fundamentalmente de domínio conjuntural, pois conta com uma equipa recheada de internacionais – alguns de grande experiência -, e tem á sua frente um dos treinadores mais conceituados do futebol europeu e um dos mentores do grande Lyon dos últimos anos. A liga francesa, onde tenta evitar a descida, é superior à nossa. Ao contrário do que todas as evidências pareciam provar, a equipa francesa talvez estivesse mesmo fortemente empenhada nesta prova, até como forma de salvar uma época que em termos internos tem sido desastrosa.
Numa competição europeia, nuns oitavos-de-final, por maior que seja a crise de forma do adversário, não se podem esperar goleadas. O Benfica entrou bem no jogo, realizou meia hora de grande categoria, sendo depois traído por uma falha do seu mal-amado guarda-redes, o que acabou por aniquilar a tranquilidade que os dois golos apontados, em condições normais, permitiriam. Em toda a segunda parte o Benfica sentiu, para além da saída por lesão de Karagounis – até aí um elemento preponderante na manobra da equipa –, o perigo que representaria a eventualidade dos franceses marcarem, acabando, talvez por isso, por tremer um pouco na indecisão entre atacar de forma audaz em busca do triunfo ou acautelar-se de modo a evitar um golo que seria seguramente dramático para o desfecho da contenda. O Paris St.Germain é uma equipa em crise, disso não restam dúvidas, mas não é o adversário dócil que quiseram fazer dele. Os seus problemas são fundamentalmente de domínio conjuntural, pois conta com uma equipa recheada de internacionais – alguns de grande experiência -, e tem á sua frente um dos treinadores mais conceituados do futebol europeu e um dos mentores do grande Lyon dos últimos anos. A liga francesa, onde tenta evitar a descida, é superior à nossa. Ao contrário do que todas as evidências pareciam provar, a equipa francesa talvez estivesse mesmo fortemente empenhada nesta prova, até como forma de salvar uma época que em termos internos tem sido desastrosa.
Tudo isto, longe do pensamento do adepto comum e mesmo do crítico, terá passado, e bem, pela cabeça de jogadores e técnicos do clube da Luz na abordagem ao jogo, sobretudo a partir do momento em que Moretto “ofereceu” um golo a Pauleta.
Não se pode todavia com isto escamotear o facto de o Benfica ter feito uma segunda parte muito pobre. De facto os encarnados foram uma equipa ansiosa e desinspirada em todo o segundo tempo. O fantasma da eliminação pairou sobre a Luz, e a cada pontapé de canto, ou a cada livre perigoso, os mais de 60 mil presentes suspiravam de susto. Além dessa intranquilidade, que começava na baliza, o Benfica pareceu nesse período uma equipa cansada.
Não se pode todavia com isto escamotear o facto de o Benfica ter feito uma segunda parte muito pobre. De facto os encarnados foram uma equipa ansiosa e desinspirada em todo o segundo tempo. O fantasma da eliminação pairou sobre a Luz, e a cada pontapé de canto, ou a cada livre perigoso, os mais de 60 mil presentes suspiravam de susto. Além dessa intranquilidade, que começava na baliza, o Benfica pareceu nesse período uma equipa cansada.
Foi pois quando já se aguardava um desconfortável prolongamento que surgiu o penálti milagroso que leva o Benfica aos quartos-de-final. A um minuto dos noventa, o golo foi um golpe demasiado duro na equipa gaulesa, e já não restava tempo para grandes reacções. O Benfica estava decididamente nos quartos-de-final.
Independentemente daquilo que o conjunto encarnado poderia mais ter feito nos dois jogos, trata-se de uma passagem justíssima da melhor das duas equipas, numa linda noite de enchente numa Luz a reviver mais uma vez as suas grandes noites europeias.
Individualmente o destaque vai necessariamente para Simão (o melhor em campo), autor de dois golos - ironicamente foi a sua frieza a resolver os problemas de nervos da equipa- , se bem que Petit e Léo também tenham estado em plano positivo. Derlei entrou muito bem no jogo, como que a justificar mais minutos de utilização.
Por outro lado, Moretto não se conseguiu mais uma vez libertar de toda a pressão que continua a existir em seu redor, realizando uma exibição manifestamente deficiente, o que não justifica nem desculpa os inacreditáveis assobios de algum público que se diz benfiquista. Nuno Gomes salvou-se apenas por duas assistências primorosas - uma para o primeiro golo e outra que culminou com um remate à barra de Katsouranis. Nélson e Anderson foram também interpretes de alguma intranquilidade.
O árbitro alemão fez uma arbitragem à..portuguesa. Muitas interrupções, grande parte delas desnecessárias, a condicionar um espectáculo que com outro juiz poderia ter sido bem mais atraente.
Independentemente daquilo que o conjunto encarnado poderia mais ter feito nos dois jogos, trata-se de uma passagem justíssima da melhor das duas equipas, numa linda noite de enchente numa Luz a reviver mais uma vez as suas grandes noites europeias.
Individualmente o destaque vai necessariamente para Simão (o melhor em campo), autor de dois golos - ironicamente foi a sua frieza a resolver os problemas de nervos da equipa- , se bem que Petit e Léo também tenham estado em plano positivo. Derlei entrou muito bem no jogo, como que a justificar mais minutos de utilização.
Por outro lado, Moretto não se conseguiu mais uma vez libertar de toda a pressão que continua a existir em seu redor, realizando uma exibição manifestamente deficiente, o que não justifica nem desculpa os inacreditáveis assobios de algum público que se diz benfiquista. Nuno Gomes salvou-se apenas por duas assistências primorosas - uma para o primeiro golo e outra que culminou com um remate à barra de Katsouranis. Nélson e Anderson foram também interpretes de alguma intranquilidade.
O árbitro alemão fez uma arbitragem à..portuguesa. Muitas interrupções, grande parte delas desnecessárias, a condicionar um espectáculo que com outro juiz poderia ter sido bem mais atraente.
3 comentários:
LF
Uma termideira desnecessária, mas por culpa própria, o PSG até não fez um grande jogo, criou alguns problémas normais num jogo de futebol, onde a equipa mais forte deveria de os ter resolvido sem grandes dificuldades
O nosso treinador comecou logo a complicar, quando pôs a titular o Moretto, ele sabia que iria ouvir assobios e que os adeptos não gostam dele, os adeptos não gostam dele porque não têm confiança no guarda redes Moretto, devido aos muitos "frangos" que deu na época passada
O nosso treinador apostou no Moretto devido aos treinos que viu dele, mas uma coisa é treinar, outra coisa é jogar perante 60 mil espectadores, o Moreira já deu provas, que controla os nervos em qualquer Estádio, durante os muitos jogos que fez a titular na nossa liga ou mesmo na liga dos Campeões, até sofrer a gravissima lesão que o tirou da baliza do Benfica
O Sr. Fernando Santos, deveria ter-se informado do percursso do Moretto no Benfica e deveria perceber que o Jogador sob grande pressão, falha sempre, nunca será um guarda redes para o Benfica
Em relação aos assobios, um espectador que vai ver ou ouvir um concerto, não gosta que o artísta desafine e por isso assobia e vaia, demonstrado o seu desagrado, no futebol, como espéctaculo que é tem acontecer a mesma coisa
Um jogador do Benfica tem de viver com esta pressão, estou totalmente de acordo com o Cap. Humberto Coelho, ser jogador do Benfica não é para todos, não basta saber jogar á bola, tem de ter nervos de aço
O Benfica é o maior, porque os seus adeptos são muito exigentes, e os seus jogadores não podem falhar, quando estes falham têm de ser punidos com assobios, esta é unica maneira dos adeptos demonstrarem o seu desagrado, o inferno do 3º anel já lá vai, mas os adeptos são os mesmos, só que agora estão espalhados por todo o Estádio
O Benfica não pode correr estes riscos, o Benfica-PSG correu bem, pois passamos para os quartos de final, mas são demasiados riscos e algum dia pode correr mal
Lamento mas não posso concordar com a segunda parte do seu comentário.
Em qualquer espectáculo, quando não se gosta protesta-se no fim. Nunca durante o mesmo.
No futebol, quando queremos apoiar determinada equipa, por maioria de razão ainda mais importante isto se torna.
Os verdadeiros benfiquistas, que vão ao estádio para apoiar a sua equipa, têm por OBRIGAÇÃO proteger os seus jogadores, incentivá-los e ajudá-los a fazer o seu melhor.
Aceito os assobios no final dum jogo quando a exibição e/ou o resultado não agrada. Não aceito que, sabendo-se para mais que um determinado jogador reage com dificuldade à pressão, sejam os próprios adeptos do seu clube a pressioná-lo ainda mais durante o jogo, prejudicando claramente a equipa.
É claro que quem paga o bilhete tem o direito de reagir como entender. Mas se se assobia os próprios jogadores durante o jogo não se pode dizer que se apoia o seu clube. Está-se na verdade a apoiar os adversários, pois para ser adepto não basta ter um cachecol ao pescoço.
Num jogo com a importância deste, a eliminar, com um guarda-redes substituto devido a uma lesão, pressionado, nervoso, os assobios podiam ser determinantes para a eliminação da equipa.
Para ter lá adeptos desses mais valia o estádio estar vazio.
Os jogadores profissionais têm de saber reagir à pressão, mas espera-se que seja a pressão dos adversários, de ambientes adversos da imprensa etc. Nunca a pressão dos próprios (pseudo) apoiantes.
Posto isto, devo dizer que gostaria mais que fosse o Moreira o escolhido, pois foi um guarda-redes sempre muito mais seguro que Moretto enquanto foi titular do Benfica.
De facto é muito diferente treinar ou jogar.
Mas o técnico escolheu...
Podemos discordar, discutir, mas assobiar o escolhido durante um jogo decisivo não faz qualquer sentido.
LF
Os verdadeiros Benfiquistas, não têm OBRIGAÇÃO de bater sempre palmas e protejer os jogadores
Os verdadeiros Benfiquistas, não são robots, ligando a ficha quando começa o jogo e desligam quando o jogo termina
Os verdadeiros Benfiquistas, não são os fanáticos, aplaudindo mesmo quando a equipa está a jogar mal, permitindo que o clube saia perjudicado
LF, se os adeptos do Benfica fossem só robots ou fanáticos, o nosso clube não passava de um clube pequeno e sem historia, eram uns bons rapazes, que iam para lá gritar, apoiar e dizer sempre que sim
LF, a vitalidade do nosso clube, está nas pessoas, todas elas com as suas ideias e com a sua maneira de ser, apoiar um clube ou apoiar alguem, não terá de ser sempre bater palmas, rir ou dar palmadinhas nas costas, há alturas em que se tem de dizer não, e fazer ver, que estão errados, demonstrar que não é esse o caminho
O Presidente diz que não quer mais assobios, então tem de fazer ver ao treinador, que está errado, qualquer pessoa minimamente inteligênte, sabia que o Moretto e o Treinador iriam ser assobiados, será que as pessoas estão todas malucas, ou é o treinador que não está a fazer a escolha certa ?
Os adeptos do Benfica, não são parvos, para irem assobiar um jogador sem mais nem menos, o Moretto quando veio para o Benfica tinha o apoio dos adeptos, mas qual foi a paga desse apoio, "frangos e mais frangos", logo não pode ter mais apoio, ele e o treinador que aposta nele, quem faz erros, tem de pagar esses erros, foi com esta filosofia, que o Benfica se tornou grande, só podem jogar os melhores, e o melhor não será de certeza o Moretto
Tal como eu, estão milhões de adeptos em desacordo com o treinador, será que somos todos BURROS ????
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