TAÇA DERRAMADA NO MAR DA PÓVOA
Apesar do velho lugar comum segundo o qual em futebol tudo é possível, tenho para mim que quando uma equipa de topo se vê derrotada por uma outra de escalões secundários, isso acontece fundamentalmente porque não quis ganhar, ou pelo menos porque não se empenhou o suficiente na vitória.
É perfeitamente natural nas circunstâncias do futebol actual Benfica ou F.C.Porto perderem com Boavista, U.Leiria ou Naval. Não é compreensível que percam com o Varzim ou o Atlético.
Assim sendo, parece-me que o Benfica e os seus jogadores, bem mais empenhados na luta pelo título que há um mês atrás, e envolvidos na Taça Uefa onde lhes é lícito acalentar algumas aspirações – para além das participações nas selecções -, terão deitado fora a Taça de Portugal, evitando mais um ou dois jogos em alturas decerto inconvenientes para o seu exigente calendário. O mesmo terá acontecido com o F.C.Porto perante o Atlético, sem menosprezo pelo esforço destas equipas de escalões inferiores.
Significa isto que eu, enquanto adepto do futebol e do Benfica, poderei aceitar esta estratégia de carácter duvidoso ? De modo algum !
Se a Taça Uefa não passa para já de um sonho, no campeonato o Benfica permanece em terceiro lugar e sem depender de si próprio. A Taça de Portugal, já sem F.C.Porto, era até este sábado a competição na qual eu apostaria as minhas fichas, caso tivesse de acertar num troféu para o Benfica desta época. Além do mais, o facto de a final da Taça encerrar a época permite a quem a ganha realizar uma bonita festa nada desprezável para os adeptos.
O entendimento dos jogadores será diferente, e a verdade é que entraram em campo para jogar com o Varzim como se de um encontro particular se tratasse, mesmo sabendo que teriam pela frente uma equipa empenhada em realizar o jogo do ano. Como se não bastasse esta atitude desplicente dos encarnados, o árbitro Olegário Benquerença decidiu voltar a fazer história na Taça de Portugal, escamoteando um penálti claro sobre Simão Sabrosa que poderia ter alterado o rumo do jogo. Depois poupou a expulsão a Beto como que para compensar o erro anterior, mas um penálti é muito mais que meio golo. Nada disto todavia nos deve afastar da questão central. O Benfica jogou mal, muito mal, e mereceu a derrota. Uma derrota que pouco fez para evitar.
Para além deste dado que se me afigura evidente, ficou também demonstrado neste jogo que o Benfica está longe de ter um plantel equilibrado, e que a reabertura de mercado não foi devidamente aproveitada para o valorizar. Jogadores como Marco Ferreira, Beto, Karyaka ou o jovem João Coimbra, cada um deles por diferentes motivos, não estão à altura da titularidade. Isto sem falar em Mantorras. Por outro lado temo que a saída de alguns elementos importantes no sector defensivo tenha, para além da diminuição drástica do lote de opções, provocado também algum afrouxamento nos agora titulares mais do que indiscutíveis. Nelson é um caso paradigmático.
O jogo de quarta-feira assume assim uma importância ainda maior do que a que já tinha, sendo que uma eventual derrota que comprometa a passagem da eliminatória irá de certo voltar a lançar o anátema da instabilidade sobre jogadores e técnicos. O Benfica corre mesmo o risco de arruinar a época nesta semana, caso não ganhe a Dínamo e Nacional. Veremos.
É perfeitamente natural nas circunstâncias do futebol actual Benfica ou F.C.Porto perderem com Boavista, U.Leiria ou Naval. Não é compreensível que percam com o Varzim ou o Atlético.
Assim sendo, parece-me que o Benfica e os seus jogadores, bem mais empenhados na luta pelo título que há um mês atrás, e envolvidos na Taça Uefa onde lhes é lícito acalentar algumas aspirações – para além das participações nas selecções -, terão deitado fora a Taça de Portugal, evitando mais um ou dois jogos em alturas decerto inconvenientes para o seu exigente calendário. O mesmo terá acontecido com o F.C.Porto perante o Atlético, sem menosprezo pelo esforço destas equipas de escalões inferiores.
Significa isto que eu, enquanto adepto do futebol e do Benfica, poderei aceitar esta estratégia de carácter duvidoso ? De modo algum !
Se a Taça Uefa não passa para já de um sonho, no campeonato o Benfica permanece em terceiro lugar e sem depender de si próprio. A Taça de Portugal, já sem F.C.Porto, era até este sábado a competição na qual eu apostaria as minhas fichas, caso tivesse de acertar num troféu para o Benfica desta época. Além do mais, o facto de a final da Taça encerrar a época permite a quem a ganha realizar uma bonita festa nada desprezável para os adeptos.
O entendimento dos jogadores será diferente, e a verdade é que entraram em campo para jogar com o Varzim como se de um encontro particular se tratasse, mesmo sabendo que teriam pela frente uma equipa empenhada em realizar o jogo do ano. Como se não bastasse esta atitude desplicente dos encarnados, o árbitro Olegário Benquerença decidiu voltar a fazer história na Taça de Portugal, escamoteando um penálti claro sobre Simão Sabrosa que poderia ter alterado o rumo do jogo. Depois poupou a expulsão a Beto como que para compensar o erro anterior, mas um penálti é muito mais que meio golo. Nada disto todavia nos deve afastar da questão central. O Benfica jogou mal, muito mal, e mereceu a derrota. Uma derrota que pouco fez para evitar.
Para além deste dado que se me afigura evidente, ficou também demonstrado neste jogo que o Benfica está longe de ter um plantel equilibrado, e que a reabertura de mercado não foi devidamente aproveitada para o valorizar. Jogadores como Marco Ferreira, Beto, Karyaka ou o jovem João Coimbra, cada um deles por diferentes motivos, não estão à altura da titularidade. Isto sem falar em Mantorras. Por outro lado temo que a saída de alguns elementos importantes no sector defensivo tenha, para além da diminuição drástica do lote de opções, provocado também algum afrouxamento nos agora titulares mais do que indiscutíveis. Nelson é um caso paradigmático.
O jogo de quarta-feira assume assim uma importância ainda maior do que a que já tinha, sendo que uma eventual derrota que comprometa a passagem da eliminatória irá de certo voltar a lançar o anátema da instabilidade sobre jogadores e técnicos. O Benfica corre mesmo o risco de arruinar a época nesta semana, caso não ganhe a Dínamo e Nacional. Veremos.
VEDETA DA BOLA esteve na Taça no Barreiro, acompanhando o Pinhalnovense-Sporting.
Foi um jogo sem história, com os leões a marcarem muito cedo, deitando por terra a estratégia da equipa da margem sul. Viram-se bons golos (um mesmo “do outro mundo” anotado por Liedson), um estádio cheio com cerca de 20 mil espectadores famintos de futebol de alto nível, e nem a chuva inicial comprometeu a festa de um espectáculo a recordar os velhos tempos do futebol à tarde – assim se vê como a televisão, apesar da retórica oficial, retira gente dos estádios.
Haverá ainda a destacar que Paulo Bento aproveitou para testar um novo sistema táctico, em 3-4-3, que funcionou aparentemente muito bem. Ao longo do jogo, as substituições operadas devolveram a equipa ao seu tradicional 4-4-2. Veremos até que ponto será para repetir no campeonato ou se se tratou apenas de um enxerto para defrontar uma equipa manifestamente mais fraca. O que é certo é que os leões marcaram 11 golos nos últimos 105 minutos de futebol que jogaram.
Uma palavra final para o Pinhalnovense, que por acaso já tinha visto esta época em Évora numa das eliminatórias anteriores, e que mostrou uma equipa aguerrida e com bom toque de bola no plano ofensivo, desenhando alguns lances de bom recorte tendo em consideração o escalão onde alinha, mas cujo sector defensivo deixa algo a desejar, sobretudo pelos corredores laterais onde o Sporting se passeou conforme quis perante um mar de facilidades.
Caminho aberto tem o Sporting para vencer a Taça, onde a partir de agora é naturalmente o grande favorito, embora Boavista, Braga e Belenenses possam ter ainda uma palavra a dizer na competição.
4 comentários:
O melhor tónico para qualquer equipa é ganhar, não há cansaço que não se supere com vitórias. Também não me parece que o Benfica tenha tido, ou vá ter, um calendário assim tão exigente que levasse o grupo de trabalho, mais ou menos conscientemente, a abdicar de uma prova, que como dizes, aparentemente, tinha fortes possibilidades de ganha. Não concordo, assim, que o Benfica não ganhou porque não quis, não ganhou porque o Varzim foi superior. Quanto a penalties, já sabia que os irias mencionar, pensei foi que o farias em relação ao do “Nuno Golos”, enganei-me. Eu penaltis só vi 1, cometido pelo Beto, um empurrão pelas costas. Este lance foi totalmente escamoteado, teve direito apenas a uma repetição por engano. Quando a realização se apercebeu da infracção ninguém mais falou do assunto. Comprei a Bola e o Record, gosto sempre de o fazer quando o Benfica perde, e para meu espanto nem um único comentário em relação a este lance, mas também não vi nem li nada em relação ao do Simão.
Eu devo dizer que vi o jogo em circunstancias difíceis, designadamente na Portugália do Colombo, onde até tive de pedir ao gerente para ligar a televisão.
Os minutos finais vi em frente a uma montra, e nem vi o golo do Varzim senão mais tarde num resumo.
No resumo que vi, passaram o lance do Nuno Gomes que é um penálti claríssimo. Se há outros não sei.
Enganei-me ao escrever Simão em vez de Nuno Gomes. De facto é esse o lance (empurrão pelas costas).
Quanto ao não querer ganhar, as coisas não serão assim tão lineares.
Digamos que se fosse possível ganhar sem muito esforço tudo bem, mas tendo de dar o litro, os jogadores não estariam mental e fisicamente dispostos a fazê-lo.
Só assim é possível uma equipa de escalões secundários eliminar um grande.
O calendário da Taça Uefa pode exigir mais nove (9 !!) jogos caso se chegue à final.
Duas eliminatórias mais da Taça a meio de semanas que poderão ser importantíssimas de descanso não seriam certamente muito do agrado dos jogadores (e quem sabe até dos técnicos).
Repito que esta não é a minha ideia de adepto. Apenas tento interpretar a dos jogadores, baseando-me em exemplos passados cá e no estrangeiro, onde é frequente acontecerem estas surpreendentes eliminações quando as equipas disputam provas europeias. Veja-se o Real Madrid e o Barcelona por exemplo.
Se o Benfica chegar por exemplo às meias finais, será natural acontecerem perdas de pontos também no campeonato. Começa a suceder o cansaço, a poupança de esforços, o medo de lesões etc.
O mesmo é válido para o F.C.Porto, embora eu me pareça que o Benfica tem mais chances de sucesso na Uefa, que o FCP na Champions, onde muito dificilmente ultrapassará esta fase.
A história do futebol é clara a este respeito.
LF
Não venham com tretas da taça UEFA e de muitos jogos
O que me parece é que a maioria dos jogadores do Benfica são pouco dignos de vestir aquela camisola, contra o Boavista fazem um jogo daqueles, foi azar, o jogo contra o Varzim, foi falta de caracter e de profissionalismo, esta é a realidade, e não me venham dizer que é falta de Benfiquismo criticar a equipa de trabalho, jogadores, treinador e dirigentes
Outra coisa que eu acho estranho é a protecção que dão aos jogadores, eles têm de ser responsaveis e têm de dar a cara em programas desportivos e na emprensa em geral, eu gostava de saber o porque de os jogadores não poderem dar entrevistas e de estar instalada a lei da rolha, não será de certeza para os jogadores e treinador estarem mais concentrados e ganhar competições, já saimos da Champions, já saimos da taça de Portugal
Se os dirigentes do Benfica querem continuar a ter muitas receitas, estádio cheio e serem o 20º clube com mais receitas, têm de ganhar jogos e competições
Não basta dizer, que somos os maiores, temos de o provar no campo, estou muito triste e revoltado, esta equipa não dá confiança a ninguem
Vamos esperar pelo jogo de hoje para ver se os sinais da Póvoa são ou não para levar a sério.
Mas não há dúvida que neste momento, tendo instalações, dinheiro, adeptos, estabilidade directiva, o único e grande problema do Benfica é a sua equipa de futebol, ou seja a sua política desportiva.
O mercado de Janeiro foi uma oportunidade perdida.
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