ESPREITANDO O PSG
VEDETA DA BOLA observou com toda a atenção o Paris Saint Germain frente ao Saint Etienne da última jornada da Liga Francesa.
É óbvio que a televisão não permite analisar convenientemente os jogos e as equipas, mas como VEDETA ainda não tem correspondente em Paris, teve que ser mesmo através da transmissão da Sport Tv, pelo que a análise é necessariamente superficial.
Os parisienses perderam em casa (0-2) pondo assim termo a uma série vitoriosa que havia tido início pouco depois da chegada do conceituado Paul Le Guen ao comando da equipa. Perdeu e perdeu bem, diga-se.
De facto o Paris Saint Germain, a avaliar por este jogo - até agora apenas tivera oportunidade de ver a segunda parte do jogo da segunda mão com o AEK, já com a eliminatória mais que resolvida – parece uma equipa claramente ao alcance de um Benfica normal. Os homens da Luz não se precisarão de transcender para derrotar o PSG que eu vi frente ao Saint Etienne, onde demonstrou algumas fragilidades importantes.
Paul Le Guen começou o jogo em 4-3-3. Na baliza actuou o internacional Landreau que não teve qualquer culpa nos golos sofridos, mas os laterais Mendy e Drané, ambos de origem africana, jogam extremamente (demasiadamente ?) subidos. Mendy, lateral direito, aparece por vezes mesmo em zonas subidas de construção interior o que deixa o seu flanco à mercê dos adversários (por exemplo…Simão). Os centrais por sua vez pareceram-me algo duros de rins, sobretudo o bem constituído Armand. O outro, o checo Rozehnal, será teoricamente o responsável pela cobertura do flanco direito, também apresenta boa planta física. Seja como for foram batidos de cabeça no interior da área num dos golos dos visitantes.
O meio campo em duplo pivot foi constituído por Jeróme Rothen e Cissé. Aparentemente seria uma boa dupla, pois um deles é mais tecnicista e o outro mais físico, mas a verdade é que demonstraram muito pouca dinâmica, sobretudo no acompanhamento e lançamento de acções ofensivas. À sua frente jogou Chantôme, mas se a ideia era que ele funcionasse como um número dez pode-se dizer que não se notou muito. Este jogador não é habitualmente titular, sendo aquele lugar normalmente preenchido pelo argentino Gallardo, que se encontrava indisponível para esta partida.
No ataque talvez seja onde o Paris St-Germain melhores indicações deixou, ainda que não tenha marcado qualquer golo. Na verdade, conhecemos bem Pauleta e sabemos do que ele é capaz. Neste jogo não se viu, mas Luyindula e sobretudo Diane (viria a ser substituído pelo ponta-de-lança Frau já na fase mais desesperada), que caiu mais para o flanco direito, mostraram argumentos capazes de causar algumas preocupações a Nelson e Léo. Com um Pauleta dos grandes dias, esta pode ser uma linha ofensiva perigosa.
Na segunda parte entrou Kalou – irmão do jovem jogador do Chelsea -, e acabaram por ser dele as melhores oportunidades que o PSG teve para reduzir distâncias
O PSG tem tantos golos marcados fora como o terceiro classificado, o que talvez se deva à velocidade destes extremos, sendo por contrapartida a equipa que mais golos sofreu em casa em toda a 1ª divisão francesa, o que indicia algumas dificuldades na transição ataque-defesa, talvez fruto do desposicionamento constante e insuficientemente compensado dos laterais, sobretudo o do lado direito.
O jogo da primeira mão poderá decidir a eliminatória, e o Benfica não se deve de modo algum encolher no Parque dos Príncipes à espera da decisão na Luz. Em dia de inspiração das suas mais influentes unidades, o Benfica até pode resolver a eliminatória em Paris, o que seria de todo conveniente, pois o PSG parece ser vulnerável em casa e perigoso fora dela.
Há também que considerar a eventualidade de Paul Le Guen, à semelhança do que fez na eliminatória anterior, substituir metade da equipa titular nos jogos com o Benfica – o PSG está em luta pela manutenção no primeiro escalão e aposta tudo no seu campeonato, pelo que a Uefa estará em plano secundário na mente dos seus jogadores e responsáveis. Este será um factor que pode baralhar as contas de Fernando Santos, pois tanto será admissível essa hipótese, quanto a de, disputando uns oitavos-de-final, os parisienses tentarem o sucesso através da Europa.
Para já, vendo este jogo, fiquei mais optimista do que estava.
É óbvio que a televisão não permite analisar convenientemente os jogos e as equipas, mas como VEDETA ainda não tem correspondente em Paris, teve que ser mesmo através da transmissão da Sport Tv, pelo que a análise é necessariamente superficial.
Os parisienses perderam em casa (0-2) pondo assim termo a uma série vitoriosa que havia tido início pouco depois da chegada do conceituado Paul Le Guen ao comando da equipa. Perdeu e perdeu bem, diga-se.
De facto o Paris Saint Germain, a avaliar por este jogo - até agora apenas tivera oportunidade de ver a segunda parte do jogo da segunda mão com o AEK, já com a eliminatória mais que resolvida – parece uma equipa claramente ao alcance de um Benfica normal. Os homens da Luz não se precisarão de transcender para derrotar o PSG que eu vi frente ao Saint Etienne, onde demonstrou algumas fragilidades importantes.
Paul Le Guen começou o jogo em 4-3-3. Na baliza actuou o internacional Landreau que não teve qualquer culpa nos golos sofridos, mas os laterais Mendy e Drané, ambos de origem africana, jogam extremamente (demasiadamente ?) subidos. Mendy, lateral direito, aparece por vezes mesmo em zonas subidas de construção interior o que deixa o seu flanco à mercê dos adversários (por exemplo…Simão). Os centrais por sua vez pareceram-me algo duros de rins, sobretudo o bem constituído Armand. O outro, o checo Rozehnal, será teoricamente o responsável pela cobertura do flanco direito, também apresenta boa planta física. Seja como for foram batidos de cabeça no interior da área num dos golos dos visitantes.
O meio campo em duplo pivot foi constituído por Jeróme Rothen e Cissé. Aparentemente seria uma boa dupla, pois um deles é mais tecnicista e o outro mais físico, mas a verdade é que demonstraram muito pouca dinâmica, sobretudo no acompanhamento e lançamento de acções ofensivas. À sua frente jogou Chantôme, mas se a ideia era que ele funcionasse como um número dez pode-se dizer que não se notou muito. Este jogador não é habitualmente titular, sendo aquele lugar normalmente preenchido pelo argentino Gallardo, que se encontrava indisponível para esta partida.
No ataque talvez seja onde o Paris St-Germain melhores indicações deixou, ainda que não tenha marcado qualquer golo. Na verdade, conhecemos bem Pauleta e sabemos do que ele é capaz. Neste jogo não se viu, mas Luyindula e sobretudo Diane (viria a ser substituído pelo ponta-de-lança Frau já na fase mais desesperada), que caiu mais para o flanco direito, mostraram argumentos capazes de causar algumas preocupações a Nelson e Léo. Com um Pauleta dos grandes dias, esta pode ser uma linha ofensiva perigosa.
Na segunda parte entrou Kalou – irmão do jovem jogador do Chelsea -, e acabaram por ser dele as melhores oportunidades que o PSG teve para reduzir distâncias
O PSG tem tantos golos marcados fora como o terceiro classificado, o que talvez se deva à velocidade destes extremos, sendo por contrapartida a equipa que mais golos sofreu em casa em toda a 1ª divisão francesa, o que indicia algumas dificuldades na transição ataque-defesa, talvez fruto do desposicionamento constante e insuficientemente compensado dos laterais, sobretudo o do lado direito.
O jogo da primeira mão poderá decidir a eliminatória, e o Benfica não se deve de modo algum encolher no Parque dos Príncipes à espera da decisão na Luz. Em dia de inspiração das suas mais influentes unidades, o Benfica até pode resolver a eliminatória em Paris, o que seria de todo conveniente, pois o PSG parece ser vulnerável em casa e perigoso fora dela.
Há também que considerar a eventualidade de Paul Le Guen, à semelhança do que fez na eliminatória anterior, substituir metade da equipa titular nos jogos com o Benfica – o PSG está em luta pela manutenção no primeiro escalão e aposta tudo no seu campeonato, pelo que a Uefa estará em plano secundário na mente dos seus jogadores e responsáveis. Este será um factor que pode baralhar as contas de Fernando Santos, pois tanto será admissível essa hipótese, quanto a de, disputando uns oitavos-de-final, os parisienses tentarem o sucesso através da Europa.
Para já, vendo este jogo, fiquei mais optimista do que estava.
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