PORTO SEGURO
Mais uma vez repetiu-se a história dos jogos do F.C.Porto na presente edição da Liga Portuguesa. Mesmo ciente da máxima que faz uma equipa jogar o que a outra deixa, a verdade é que ficou novamente a sensação – tal como ficara frente ao U.Leiria, E.Amadora, Naval e Beira-Mar – de as razões da vitória portista se encontrarem mais no demérito alheio do que na qualidade das exibições do campeão nacional. Estranho mistério este que parece adormecer as equipas que enfrentam o onze de Jesualdo Ferreira, fazendo-as cometer erros defensivos próprios de uma terceira divisão, marcar auto-golos e disputar as bolas com uma delicadeza pouco vulgar no competitivo futebol actual. Será medo ? Pouca sorte ?
No primeiro tempo, um F.C.Porto q.b. dominou o jogo, criou alguns lances de perigo, mas apenas conseguiu chegar ao golo após um erro infantil da linha defensiva madeirense.
Já no segundo período, quando o Marítimo tentava dar um pequeno sinal de querer reagir, foi a vez de Bruno Paixão também dar a sua ajuda marcando uma grande penalidade que faz supor talvez a disposição de fazer as pazes com os adeptos azuis e brancos, de certo ainda lembrados de uma célebre arbitragem do juiz setubalense em Campo Maior nos tempos de Jardel.
Como nota positiva desta vitória do F.C.Porto há que salientar os minutos finais da primeira parte - colectivamente bem conseguidos - e o regresso de Hélder Postiga a um estatuto de goleador que não conhecia desde os primeiros tempos de José Mourinho.Mas desta partida resulta reforçada a ideia de que à equipa portista falta qualquer coisa, sobretudo tendo em atenção o grau de exigência dos compromissos europeus em que ainda está empenhada.
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