NÃO FOSSE TRÁGICO E ERA RIDÍCULO
Deixo aqui dois artigos tirados de "A Bola", sobre aquilo que a oscilação de rendimento dos candidatos ao título tem tornado recorrente e já quase caricatural. Sempre que alguém perde, temos tochas, insultos, agressões, produzidas por grupos minoritários com capacidade para ser ruidosos, e as televisões a aproveitar o folclore (afinal de contas, dois homens e uma tocha colorida enchem um ecrã).
Porém, isto não me dá grande vontade de rir. É que não acontece apenas no futebol, antes sendo um reflexo da sociedade em que vivemos, das redes sociais, das manifestações e contramanifestações, dos discursos de ódio normalizados, de todas as intolerâncias, cujo caminho parece cada vez mais conduzir ao abismo. Hoje, se uma pequena minoria de estúpidos consegue fazer ruído, é premiada pelas circunstâncias e bem sabemos que a iliteracia generalizada vai atrás de qualquer demagogo. Isso é perigoso, muito perigoso.
"As gentes e os agentes do futebol
português são reflexos da sociedade deste país: altamente suscetíveis,
intolerantes e com opinião e decisões baseadas em critérios casuísticos e
liminares.
As lideranças nos clubes – de presidentes a treinadores - estão sob fortíssimo escrutínio, sob mira de contestação e em causa à primeira série de maus resultados. É um estado transversal, não se resume à massa adepta (não a maioria) permanentemente irada contra presidente, treinador e jogadores.
Começa no primeiro, o presidente, exposto a intensa pressão do exterior (e amiúde do interior) do clube, que, muitas vezes, por fragilidade e inoperância, decide pelo mais fácil, a dispensa do técnico, que neste estado de permanente instabilidade não tem condições para exprimir competências.
Treinadores que trabalham sob pressão inaceitável de adeptos e dirigentes, forças de bloqueio que não ponderam nas críticas a limitação dos plantéis, em qualidade, nalguns casos sem responsabilidade direta do treinador em funções, herdada de antecessores; noutros casos, condicionados por lesões (em número e/ou de jogadores fundamentais); ou tão-só pela competitividade: porque as outras equipas também jogam e não se pode ganhar sempre. (…)
Mas não é um problema (só) do futebol, insista-se, é da sociedade em geral"
RICARDO JORGE COSTA
"Começa
a ser recorrente, tanto que quase se normalizou: basta um dos chamados clubes
grandes perder um jogo e depois da primeira manifestação de desagrado no
estádio seguem-se outras. E se no estádio o assobio e o apupo até serão normais
– o que não acho normal é muitas vezes a embaraçosa forma como os jogadores,
treinadores e staff se desdobram em justificações fora de lugar e a quem não as
merece pela forma como se comporta nas bancadas –, não consigo compreender a
condescendência que há para arruaceiros da palavra, do gesto e da violência
gratuita que vão depois esperar a equipa na chegada ao estádio ou ao aeroporto,
quando a viagem é de avião.
Aquilo que acontecia amiúde quando as crises se alongavam nos maus resultados sistemáticos, acontece agora com a regularidade de qualquer derrota ou empate. Já o vimos em Alvalade, já o vimos na Luz, vimo-lo mais recentemente e mais insistentemente no Dragão.
Sim, o FC Porto perdeu com o Nacional e com isso perdeu a oportunidade de ultrapassar o Sporting e de se isolar no comando da Liga no final da 1.ª volta – com toda a simbologia que tem dobrar o cabo do campeonato com esse estatuto. Não, o FC Porto não viu com essa derrota na Madeira hipotecar o título ou ficar em zona periclitante na tabela. Porém, à chegada ao aeroporto e ao Dragão lá estavam os do costume, de lábia afiada e mão leve para atirar tochas e rebentar petardos.
Polícia chamada, a um e a outro local, e a ver aqueles gatos pingados enraivecidos a insultar tudo e todos, a espumar da boca como não espumam por coisas bem mais importantes e a explodir a cólera em mais um petardo ou a acendê-la noutra tocha atirada ao autocarro.
As televisões correm para mais um espetáculo de luz e cor, com banda sonora de rebentamentos e insultos. A polícia afasta-os, a caravana passa e para a próxima há mais. É só haver mais uma derrota e a festa está garantida."
NUNO RAPOSO
As lideranças nos clubes – de presidentes a treinadores - estão sob fortíssimo escrutínio, sob mira de contestação e em causa à primeira série de maus resultados. É um estado transversal, não se resume à massa adepta (não a maioria) permanentemente irada contra presidente, treinador e jogadores.
Começa no primeiro, o presidente, exposto a intensa pressão do exterior (e amiúde do interior) do clube, que, muitas vezes, por fragilidade e inoperância, decide pelo mais fácil, a dispensa do técnico, que neste estado de permanente instabilidade não tem condições para exprimir competências.
Treinadores que trabalham sob pressão inaceitável de adeptos e dirigentes, forças de bloqueio que não ponderam nas críticas a limitação dos plantéis, em qualidade, nalguns casos sem responsabilidade direta do treinador em funções, herdada de antecessores; noutros casos, condicionados por lesões (em número e/ou de jogadores fundamentais); ou tão-só pela competitividade: porque as outras equipas também jogam e não se pode ganhar sempre. (…)
Mas não é um problema (só) do futebol, insista-se, é da sociedade em geral"
RICARDO JORGE COSTA
Aquilo que acontecia amiúde quando as crises se alongavam nos maus resultados sistemáticos, acontece agora com a regularidade de qualquer derrota ou empate. Já o vimos em Alvalade, já o vimos na Luz, vimo-lo mais recentemente e mais insistentemente no Dragão.
Sim, o FC Porto perdeu com o Nacional e com isso perdeu a oportunidade de ultrapassar o Sporting e de se isolar no comando da Liga no final da 1.ª volta – com toda a simbologia que tem dobrar o cabo do campeonato com esse estatuto. Não, o FC Porto não viu com essa derrota na Madeira hipotecar o título ou ficar em zona periclitante na tabela. Porém, à chegada ao aeroporto e ao Dragão lá estavam os do costume, de lábia afiada e mão leve para atirar tochas e rebentar petardos.
Polícia chamada, a um e a outro local, e a ver aqueles gatos pingados enraivecidos a insultar tudo e todos, a espumar da boca como não espumam por coisas bem mais importantes e a explodir a cólera em mais um petardo ou a acendê-la noutra tocha atirada ao autocarro.
As televisões correm para mais um espetáculo de luz e cor, com banda sonora de rebentamentos e insultos. A polícia afasta-os, a caravana passa e para a próxima há mais. É só haver mais uma derrota e a festa está garantida."
NUNO RAPOSO
1 comentário:
A GUERRA DOS 40 ANOS. (51). A AUDITORIA
PC. "Baixa a bola", Mourinho... "MAS ELE PENSA QUE É O ÚNICO RESPONSÁVEL PELA CONQUISTA DE TÍTULOS?"
“Punham e dispunham dos bens do clube (futebol português) e sentiam-se legitimados para o fazer”. Tal era a impunidade que sabiam ter.
Auditoria pedida só para 3 items, representação, transferências, custos da administração. “Esqueceram-se”dos + importantes. Compra de jogadores, treinadores, presidentes, políticos, árbitros, etc, etc. + o AD. Foi tudo para debaixo do tapete.
O Badocha do Reco, com lata, num exercício de lavagem, “nem todos os clubes tiveram a coragem de fazer uma auditoria “tão a fundo”. A sério? Continua a manipulação da carneirada.
A auditoria denunciou “Fragilidades e irregularidades e ninguém via nada”. Havia, havia! Irregularidades muito mais graves, criminosas, houve quem visse e passasse anos a denunciá-las.
Os capturados jornalistas sabiam de tudo mas disseram nada. Os poucos com coragem foram “eliminados”. Programas foram censurados e parados.
Não apertaram o cinto, concorrendo ilegalmente com meios ilícitos e criminosos. LFV denunciou-os. O AD denunciou-os. Branqueavam o dinheiro que roubavam ao clube e ao erário público com os titulos que roubavam a clubes portugas (e estrangeiros), falsificando competições. Centenas de milhões roubados durante 40 anos, com a cumplicidade das autoridades, por isso anularam benfiquistas das estruturas. Acham coincidência?
Mas ela ainda existe e recomenda-se.
O LAG corrupto, sucessor do “Facturas”, já fala em criar novos tachos. Consolidam o “sistema”. Obviamente dirigidos por contorcionistas de circo. O Moreira cobarde, foge de um programa. Matam-lhe o cão, deixado à porta de casa para “não mijar fora do penico”. Foi dos Drags “favorecidos” pelo DRAG do Banco Melo. Fazem todos parte da mesma comandita. Mamam todos na teta dos portugueses.
Não é só criminalidade organizada, é mesmo cartel mafioso.
Enriqueceram, assim como as seitas que os levaram ao poder. Fazem-no há centenas de anos. Conhecemos as provas que são inúmeras e públicas.
Acham que os sorteios obedecem às leis das probabilidades? Não! Nunca houve sorteios, eleições, na politica ou noutros campos, isentos.
As coincidências acontecem todos os anos e os resultados que quorum também. Os dados estão viciados e só os distraidos ainda não percebeu.
Os criminosos a pouco e pouco são denunciados e expostos.
Já repararam que estão a mudar os DRAGs nas instituições para os LAGS? Porquê? Porque já foram demasiado expostos, mas querem manter o poder a todo o custo. “Mudam as moscas mas a m@rda é a mesma”.
O sistema de controlo mantém-se, mas só até ao dia em que portugueses em geral e os benfiquistas em particular o permitir. Estes têm a palavra porque são esmagadoramente a maioria. E como patriotas que são irão defender a idoneidade do país que lhes pertence.
Notou-se pânico nos comentadores após derrota na Madeira. Contaram com OBO no “culo”, o buraco estava apertado. O pânico aumentou quando um membro da direção falou em estádio de 120.000 e 400.000 sócios. Os alarmes soaram nos antros da corrupção. Ficaram histéricos!!
Os programas deviam ter comentários e comentadores isentos. O que observamos em canais de petas & tretas são adeptos fanáticos disfarçados de jornalistas a destilar ódio sobre o SLB, sempre à espera que o SLB perca e os seus clubes ganhem.
Isso não é jornalismo, é cloaca mediática de desinformação, propaganda e difusão de ódio. A intenção é vender produtos contrafeitos e roubados por interesse próprio. Vivem da controvérsia, do conflito e do caos para fazer €.
Os psicopatas não podem ser derrotados no seu jogo. Mentirosos consumados, aperfeiçoaram a arte da superação criminosa. Falsários, sem consciência e princípios, os psicopatas vivem num mundo de ilegalidade. Sempre que as leis apresentam um obstáculo às suas ações, estas são simplesmente quebradas. Estamos todos presos num mundo de psicopatas.
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