SORRISO AMARELO

Com razão ou sem ela, com mais ou menos optimismo, a verdade é que têm sido criadas grandes expectativas face ao Benfica de Roger Schmidt. E os rivais também fizeram a sua parte, perdendo pontos inesperadamente nesta última jornada, permitindo aos encarnados jogarem para a liderança isolada e beneficiarem de um enorme entusiasmo em seu redor, próprio de quem espera ardentemente por dias melhores do que os que passou ao longo dos últimos três anos.
Numa terça-feira à noite, a Luz estava cheia.
Não sei se devido a essas altas expectativas (um homem não é de ferro...) a verdade é que saí do estádio algo desapontado. Feliz (aliviado?) com a vitória e com a liderança, mas preocupado com as debilidades que a equipa deixou perceber, e que com outros adversários poderão ser fatais - de resto, com este já foi o que foi.
No ataque a coisa não vai mal. O Benfica marcou três, mais dois anulados, e poderiam ter feito outros tantos. É preciso melhorar a eficácia, mas isso acredito que possa vir a acontecer num futuro próximo.
O problema é quando perde a bola.
O meio-campo é macio, os alas não defendem, os laterais são demasiado ofensivos , e a equipa fica partida (numa espécie de 2-4-4 audaz mas porventura romântico). Logo, as transicções defensivas são de susto. E qualquer Casa Pia ou Paços de Ferreira consegue criar perigo, uma, e outra, e outra vez, com passes feitos a meio-campo, com liberdade, a isolar alas que entram entre lateral e central como faca em manteiga num dia de verão.
O Paços ainda não tinha marcado qualquer golo no campeonato. Marcou dois! E aquele lance aos 95 minutos gelou o estádio.
Na maioria das vezes os avançados destas equipas acabam por se atrapalhar e perder os timings, a bola, ou atirar para fora. Quando se tratar de Mbappe, ou Vlahovic (ou mesmo Taremi ou Pote), a coisa vai piar fino. Aí, temo o pior.
Posso estar a ser demasiado pessimista. Na verdade o Benfica está numa série condensada de jogos, e não pode impor o mesmo ritmo nem a mesma agressividade de três em três dias. Falta ver o que Aursnes trará àquele meio-campo.
Enfim, veremos. Para já espera-se nova vitória em casa, diante do Vizela, e pressão acrescida sobre os rivais. O Sporting, por exemplo, poderá entrar na Amoreira, na sexta-feira à noite, com 11 pontos (!!!) de desvantagem. Não mata mas mói.
Seja como e onde for: Viva o Benfica!

3 comentários:

Anónimo disse...

Caro LF,
- os chavalos da avançada não chegam para a época toda;
- o Enzo um dia destes estoura;
- os defesas centrais todos precisam de jogar/rodar...o João Vítor já "chegou" do Brasil?
- e as arbitragens trazem a lição bem estudada e ontem foi mais um (escandaloso) exemplo! Cartão vermelho por mostrar logo ao minuto 6. E nem amarelo foi...
- precisamos de 2/3 reforços para entrar de caras:
extremo, um 6 alto e possante e um goleador!

#UmSLBnaInvicta

an0n disse...

:: o benfica com a juventus e com o psg vai jogar idêntico ao casa pia e ao paços, dá o jogo a eles e no contra-golpe tenta marcar ... se consegue ou ñ logo se verá ... se conseguir, são bestiais ... se ñ conseguir, são umas bestas ... o pontapé na bola deste negócio-mercenário, cada vez +, assim se joga, desde os juniores até aos seniores ... ñ é física-quântica ... rsrs

:: saudações vermelhas !!!

joão carlos disse...

muitos dos problemas de ontem foram devido à falta de rotação na equipa.
os jogadores já entraram desgastados a gerir esforço e na segunda parte ainda aumentou e foi agravado com as substituições tardias e que não se esgotaram sequer.

se num jogo em casa contra uma equipa que só tinha derrotas, nem sequer ainda tinha marcado, e com apenas catorze jogadores disponíveis não podemos fazer mais do que uma alteração no onze com quem é que as podemos fazer.
e o caricato é que no banco nem um medio defensivo tínhamos e em contraponto tínhamos dois centrais.