DARWINISMO
A fantástica e prometedora exibição de Darwin Nuñez (21 anos!) foi a nota dominante de uma saborosa vitória europeia do Benfica.
Começar a ganhar fora é passo de gigante para uma fase de grupos que se quer, tanto quanto possível, tranquila. E com a vitória benfiquista na Polónia, e o triunfo do Rangers na Bélgica, os dois favoritos ao apuramento parecem desde já encontrados e bem lançados.
O jogo foi bom, animado, aberto, tendo-se destacado, como comecei por dizer, o jovem avançado uruguaio - que já havia mostrado pormenores de classe noutras partidas, mas agora juntou-lhes uma eficácia concretizadora que deixa água na boca dos adeptos.
Começar a ganhar fora é passo de gigante para uma fase de grupos que se quer, tanto quanto possível, tranquila. E com a vitória benfiquista na Polónia, e o triunfo do Rangers na Bélgica, os dois favoritos ao apuramento parecem desde já encontrados e bem lançados.
O jogo foi bom, animado, aberto, tendo-se destacado, como comecei por dizer, o jovem avançado uruguaio - que já havia mostrado pormenores de classe noutras partidas, mas agora juntou-lhes uma eficácia concretizadora que deixa água na boca dos adeptos.
Mas a estrondosa exibição de Darwin não pode esconder alguns problemas que a equipa de Jesus apresenta, sobretudo na defesa e na forma de defender.
Laterais permeáveis, centrais lentos, médios macios e extremos exclusivamente ofensivos, são quatro realidades que não podem conviver numa mesma equipa. E no Benfica têm permanecido evidentes desde há vários anos atrás, sem aparente solução. Se no contexto interno a maioria das equipas não os põe à prova, basta um qualquer Lech ou PAOK para os tornar bastante claros. E se fosse na Champions estaria aberto o caminho para uma qualquer humilhação dramática.
O Benfica ataca muito e bem. Com Jesus, recupera a bola depressa. Mas quando deixa o adversário dar dois toques seguidos, torna-se demasiado permeável. Grimaldo, como Gilberto ou Nuno Tavares atacam bem, cruzam bem, integram-se bem na manobra da equipa quando esta tem posse de bola. Mas são, todos eles, bastante débeis na hora de defender a profundidade nas suas costas. Também é verdade que nenhum deles tem apoio, quer de Pizzi, quer de Everton, quer de Rafa. E esse é outro problema. Com centrais trintões, que dificilmente fazem compensações profundas junto das linhas laterais, e com Gabriel a assegurar o meio-campo defensivo, a equipa torna-se assustadoramente frágil quando perde a bola.
Não sei se com o plantel actual será possível corrigir estes problemas, ou pelo menos alguns deles. Se Jesus não o conseguir, mais ninguém consegue - só uma abordagem ao mercado que olhe para o rigor defensivo com olhos de ver.
Enfim, o Benfica ganhou, ganhou bem, deu espectáculo. Fiquemos por agora com o "darwinismo" brilhante que esta partida nos trouxe.
5 comentários:
Grande jogo do Darwin, se bem que já tinha deixado excelentes indicações nos jogos anteriores: nunca vira a cara à luta, boas decisões, assistências, etc.
O que é triste é ouvir o seu treinador dizer que o vai perder em pouco tempo... a lamentável política desportiva de LFV chega ao seu treinador, como se fosse uma inevitabilidade, como se nunca iremos passar disto, como se jamais sairemos da terceira divisão europeia.
Quando Jesus voltou a minha opinião era que gostava de o ver com outra direção. Já se sabia que com esta direção o discurso e a mentalidade é esta...
A defesa foi francamente má e o meio campo nao ajudou muito.
Acho que por agora temos de ver o que temos no plantel, antes de o mercado abrir.
DGoncalves, Vertongen para as laterais
Ferro, Morato, Kalaica para o centro
Todibo para o meio campo
Por outro lado o ataque está um brinco!
Rafa, Everton e Luca a darem show
O que preocupa, é nao termos bons substitutos para estes
Darwin a mostrar todo o seu valor!!!
É de jogadores assim que se entregam e dão tudo em campo que precisamos. Jogadores humildes e trabalhadores, que se for preciso ajudar à defesa ele vai lá defender.
(Não de De Tomáses com ego enorme, que só querem receber bolas de frente pra baliza e serem vedetas.)
Acertamos em cheio com esse miúdo.
De facto, com demasiada frequência vemos o adversário roubar-nos a iniciativa e fica clara a grande dificuldade em fechar os caminhos da nossa baliza. É preciso intensidade quando não se tem a bola, para dificultar a ação do adversário.
Manuel Sequeira
mas esses problemas já existiam no passado e nessa altura a culpa era dos treinadores que não sabiam trabalhar os jogadores.
agora que veio o mais melhor bom treinador do mundo e quiçá da porcalhota a culpa já é dos jogadores e temos de contratar outros, coisas.
@jorge
o kalaica então ele nem para a b servia, ou serve já que só foi integrado porque não o conseguiram colocar em lado nenhum, e agora servia para a equipa principal.
e tens um central e queres que ele vá para o meio campo.
o problema do rdt não foi nem o ego nem querer bolas de frente para a baliza, foi não jogar na sua posição, tivesse ele sido utilizado a ponta de lança, como esta a ser utilizado o darwin, a sua posição e a conversa talvez fosse outra.
mesmo assim quantas assistências para golo não fez o rdt, mesmo não jogando na sua posição, algumas em que deixou o companheiro cara a cara com o guarda redes adversario o que ele não tem culpa é do seferovic ser um cepo na finalização se tivesse um waldschmidt se calhar a conversa era outra.
Não pode ser pá. Vitórias e boas exibições em véspera das eleições?! Não! O Benfica tem que perder e as contratações revelarem-se flops pá. Que azar do caraças, o Darwin foi logo confirmar que é craque, que porra pá. E o Cavani? A gente queria era o Cavani e outras vedetas para se arrastarem em campo, para depois dizermos mal à mesma. Bolas. São benfiquistas como eu que votam no Noronha Lopes e companhia. Porra pá.
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