VAR SIM, VAR NÃO
Há algumas semanas atrás, nestas mesmas linhas, afirmei
que introdução do Vídeo-árbitro na nova temporada poderia vir a constituir um
precioso escudo face ao clima de coacção, e até de terror, que tem sido erigido
por alguns artistas da comunicação sobre a arbitragem; ainda que, no abstracto,
não fosse entusiasta de uma alteração passível de retirar alguma fluidez ao
espectáculo futebolístico.
Não foi preciso esperar muito para que uma
intervenção do VAR, num jogo do Benfica, repusesse a verdade face a um lance
que teria sido mal ajuizado, e que lhe teria provavelmente subtraído dois
pontos.
Também não me surpreendeu que aqueles que mais
clamavam pelo Video-árbitro como solução para todos os males do futebol
português, logo viessem a terreiro protestar contra a decisão tomada a partir
das imagens televisivas, só porque ela permitiu uma vitória do Benfica. Ou
seja, para eles VAR sim, desde que utilizado em prejuízo do odiado rival.
Ouviram-se por estes dias argumentos tão espantosos
quanto ridículos. Para esta gente, as evidências são um detalhe no meio da
“verdade” que nos querem impor. Tudo serve para atacar os encarnados, e para
colocar mais pressão sobre os árbitros, de modo a que estes os prejudiquem.
Sim, sob a capa de justiceiros, é isso que pretendem: que o Benfica volte a ser
prejudicado, como foi durante décadas.
Se o VAR mantiver uma participação cirúrgica e
imparcial – como genericamente tem acontecido até aqui – em breve ouviremos
mais críticas. Talvez até queiram acabar com ele, se, também com ele, o Benfica
vier a ser campeão.
1 comentário:
Um árbitro que arbitre um jogo do Benfica sem erros é um árbitro vendido ao Benfica.
Uma boa arbitragem é aquela que erra contra o Benfica.
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