TRÊS PONTOS

Afastado sumariamente de todas as competições, sem nada a perder ou a ganhar neste campeonato, com o orgulho ferido de inveja, não é difícil perceber que, para o Sporting, o “Dérbi” deste fim-de-semana seja encarado como o jogo do ano.
Na verdade, é quase sempre assim. Mas desta vez nem a classificação lhes interessa: o que conta é mesmo complicar a vida ao velho rival. Apenas isso os pode satisfazer neste momento.
Espera-nos, pois, um opositor motivadíssimo, e de faca nos dentes para nos retirar pontos. É com isso que temos de contar para aquela que é mais uma “Final” na nossa caminhada rumo ao Tetra. É isso que teremos de contrariar para trazer a preciosa vitória.
Ganhar em Alvalade não é, felizmente, coisa rara. Para o campeonato, em sete anos apenas lá perdemos uma vez (e com um penálti do tamanho do estádio por assinalar sobre Nico Gaitán, logo nos instantes iniciais de jogo arbitrado por Soares Dias em 2012). Ainda na temporada passada lá vencemos, numa partida de altíssima pressão e de importância semelhante. Nos últimos vinte anos, em terreno adversário, vencemos nove vezes, e apenas perdemos cinco. Se considerarmos todos os jogos do campeonato (em casa e fora), a vantagem no mesmo período é de 19-9 (!!!), com 12 empates pelo meio. Valha isso o que valer, são números suficientes para estabelecer um certo padrão.
Não há nada a temer. Não há lugar a hesitações. Vamos a Alvalade para ganhar, e dar mais um passo rumo ao 4º campeonato consecutivo. Temos melhor equipa, somos campeões, somos mais fortes, estamos na frente. Ansiedade? Desconfio que do lado de lá seja maior…

2 comentários:

Abel Pereira disse...

No seu artigo de 2008 sobre o clube do regime há imprecisões, sendo a maior parte do material de difícil comprovação. Um trabalho tão exaustivo que não apresenta a mínima beliscadura ao Benfica perde toda a credibilidade e fica incontornavelmente desvalorizado... Tanto trabalho para quê? Para esclarecer os adeptos do Benfica ou para rebater o epíteto de "Clube do regime anterior"?
A verdade que não precisa de demonstrações exaustivas é que o Benfica há mais de 50 anos só ganha troféus em Portugal, onde só há clubes mais pequenos que ele , dos quais os benfiquistas escarnecem, dando mostras de uma profunda ingratidão para com os únicos clubes que lhes permitem criar a ilusão de uma grandeza que só existe em número de adeptos...

LF disse...

O objectivo não era beliscar nem deixar de beliscar o Benfica.
Era apenas demonstrar quão injusta e até ridícula é a colagem do clube ao anterior regime.

Quanto à grandeza, ela existe no número de adeptos (o que não pode deixar de ser levado em conta como parâmetro de...grandeza), mas também na quantidade de troféus, no ecletismo, na história, na dimensão mediática, no prestígio internacional, nas instalações, etc, etc.
Se falarmos de futebol, é verdade que há muitos anos que não ganha troféus internacionais. Mas esteve em 5 finais europeias nos últimos 35 anos, e está no top 10 do ranking da UEFA.
Os clubes portugueses não ganham troféus internacionais todos os dias. E, na verdade, desde 1964 apenas o FC Porto os ganhou. Não retiro o mérito, mas considerar-se que o Benfica era o clube do regime por esse motivo seria uma completa mistificação.