Estávamos em Maio de
2013. Ao Benfica bastava ganhar, na Luz, ao Estoril e ao Moreirense -
precisamente as duas equipas recém-promovidas ao escalão principal - para
festejar aquele que teria sido o seu 33º título. Todos nos lembramos do resto
da história.
Pois se então tudo
parecia fácil, agora parece bem mais difícil. Precisamos, não de duas, mas de
quatro vitórias (ou, pelo menos, três vitórias e um empate). Temos deslocações
muito duras, onde arrancámos triunfos suadíssimos na temporada passada. E
começamos por receber o…Estoril.
Pese embora a última jornada
nos tenha corrido de feição, o caminho ainda é longo e sinuoso. O céu pode
esperar.
Em Alvalade fomos a
melhor equipa (como, de resto, já havíamos sido no jogo com o FC Porto). Um
conjunto de infelicidades - que começou com a ausência do nosso melhor jogador,
continuou com um erro nada habitual do grande Ederson, que nos custou um golo na
alvorada da partida quando ninguém o justificava, e terminou com uma sucessão
de três lances de óbvia grande penalidade que Soares Dias não viu - não nos permitiram
ir além de um empate. Do mal, o menos, para uma equipa que mostrou tamanha
força mental na resistência a todas essas adversidades, salvando um ponto que,
tendo em conta as circunstâncias, acabou por ser saboroso.
PS: Passaram-se
muitas coisas em redor do “Dérbi” (uma tragédia, e algumas comédias de mau
gosto) que nada têm a ver com futebol. Sobre elas o nosso Presidente falou, e
bem. Tudo o que possamos dizer agora será redundante, ou mesmo perigoso. Vamos
continuar unidos, e focados naquilo de que verdadeiramente gostamos.
TRÊS PONTOS
Afastado sumariamente de todas as competições, sem nada a perder ou a
ganhar neste campeonato, com o orgulho ferido de inveja, não é difícil perceber
que, para o Sporting, o “Dérbi” deste fim-de-semana seja encarado como o jogo
do ano.
Na verdade, é quase sempre assim. Mas desta vez nem a classificação lhes
interessa: o que conta é mesmo complicar a vida ao velho rival. Apenas isso os
pode satisfazer neste momento.
Espera-nos, pois, um opositor motivadíssimo, e de faca nos dentes para
nos retirar pontos. É com isso que temos de contar para aquela que é mais uma “Final”
na nossa caminhada rumo ao Tetra. É isso que teremos de contrariar para trazer
a preciosa vitória.
Ganhar em Alvalade não é, felizmente, coisa rara. Para o campeonato,
em sete anos apenas lá perdemos uma vez (e com um penálti do tamanho do estádio
por assinalar sobre Nico Gaitán, logo nos instantes iniciais de jogo arbitrado
por Soares Dias em 2012). Ainda na temporada passada lá vencemos, numa partida
de altíssima pressão e de importância semelhante. Nos últimos vinte anos, em
terreno adversário, vencemos nove vezes, e apenas perdemos cinco. Se
considerarmos todos os jogos do campeonato (em casa e fora), a vantagem no
mesmo período é de 19-9 (!!!), com 12 empates pelo meio. Valha isso o que
valer, são números suficientes para estabelecer um certo padrão.
Não há nada a temer. Não há lugar a hesitações. Vamos
a Alvalade para ganhar, e dar mais um passo rumo ao 4º campeonato consecutivo.
Temos melhor equipa, somos campeões, somos mais fortes, estamos na frente.
Ansiedade? Desconfio que do lado de lá seja maior…
Publicada por LF à(s) 20.4.17 2 comentários
SOARES DIAS, Alvalade, 09/04/2012
É talvez o melhor árbitro português. Mas a história do dérbi não lhe é favorável.
Em 2012 o Benfica perdeu em Alvalade. Única derrota lá, para o campeonato, desde 2009.
Um penálti claríssimo sobre Gaitán ficou por assinalar logo nos primeiros instantes. Depois ficou um outro, sobre Luisão.
O Sporting ganhou 1-0, com...um penálti muito duvidoso num lance entre Luisão e Wolfswinkel.
Essa derrota afastou o Benfica da luta pelo título, conquistado então pelo...FC Porto.
Não pretendo compensações. Apenas que a história não se repita.
Publicada por LF à(s) 20.4.17 0 comentários
ALGUNS NÚMEROS SOBRE ARBITRAGEM
Penáltis a favor do Porto: 7
Penáltis a favor do Benfica: 5
Expulsões de adversários do Porto: 8
Expulsões de adversários do Benfica: 1 (aos 93 m do jogo com o Tondela)
Minutos com o Porto a jogar em superioridade numérica: 292 (!!!)
Minutos com o Benfica a jogar em superioridade numérica: 0 (na verdade, alguns segundos...)
Ao cuidado do Sr. J.
Publicada por LF à(s) 20.4.17 0 comentários
O LUXO E O LIXO
O contraste não podia ser maior. Depois de se ver duas partidas empolgantes de futebol, com alguns dos melhores artistas do mundo, muda-se de canal, e depara-se com um indivíduo aberrante, que vive à conta dos podres do futebol - que ele próprio cria e explora, no seu interesse pessoal e profissional - a falar tempo sem fim, e sem contraditório.
Mudar directamente de um Real Madrid-Bayern para o "Tempo Extra" constitui uma experiência que torna a diferença ainda mais perturbadora. A diferença entre uma requintada sala de jantar e uma sarjeta.
Gostava de saber quem são, o que fazem, e o que pensam os portugueses que assistem àquele programa - que dizem ter grande audiência. Adeptos de futebol não são seguramente.
No meu caso, apenas zappei por lá o tempo suficiente para me chocar com o contraste. Um minuto chega para ficar enjoado. Tudo o resto é "extra" e escusado, adensando a mágoa por os prolongamentos dos Real Madrids-Bayerns não terem mais duas ou três horas.
Publicada por LF à(s) 19.4.17 2 comentários
ORGULHO
Repleto de macacos e papagaios, quer a norte, quer a sul, o futebol
português tem vindo a transformar-se num triste Jardim Zoológico.
São membros de claques a agredir e a intimidar tudo e todos, como um
exército profissional do crime (o que falta para prender certos indivíduos? é
para isto que serve o registo das claques?). São dirigentes a incitar constantemente
ao ódio, com a cumplicidade de um sistema mediático decadente, e numa tentativa
desesperada de vencer a qualquer preço. São sinistros directores de comunicação,
de estilo apalhaçado, a chafurdar no lodo, e à procura de protagonismo pessoal (o
caso das “cartilhas” é das discussões mais ridículas dos últimos anos). São as
televisões a aproveitar para transformar lixo em audiências - à custa dos
clubes, do desporto, e da nossa sanidade mental.
A porcaria é já demasiada, e o clima começa a ficar irrespirável. Quem
quisesse acabar com o futebol, não faria melhor.
Alheio a tudo isto, o Benfica lá vai trilhando o seu caminho. Enquanto
eles berram, incendeiam, ameaçam, e tentam desestabilizar, aqui, na nossa casa,
trabalha-se. E essa atitude, que tanto nos orgulha, e tanto nos distingue,
deve-se, sobretudo, à conduta de um homem: o nosso líder, Luís Filipe Vieira.
Vieira é hoje um farol de bom senso que se destaca no meio da poluição
em que vive o futebol luso, e o empurra para o abismo. Temos sido campeões no
campo. Mas também no discurso, na razão, no equilíbrio e no respeito.
Força presidente! Os benfiquistas estão consigo, e orgulham-se da sua
postura.
Já não é apenas o Benfica que precisa de si. O desporto português
também.
Publicada por LF à(s) 19.4.17 1 comentários
HUGO MIGUEL, 19/05/2013
O árbitro mais anti-benfiquista da Liga já ofereceu um Campeonato ao FC Porto. Teme-se agora que contribua para oferecer outro...
O histórico de Hugo Miguel é devastador. Do piorio.
Quem se terá lembrado dele para um jogo destes?
Publicada por LF à(s) 13.4.17 3 comentários
NA FRENTE!
Do “clássico” da semana
passada resultaram duas evidências. Depois do chamado “jogo do ano”, que iria,
ou poderia, decidir o campeonato, o Benfica permaneceu isolado no primeiro
lugar. Além desse facto, os encarnados são agora os únicos a depender de si para
alcançar o título.
Chegará isto para nos
satisfazer? Não!
Queríamos obviamente a
vitória, aumentado, com ela, a vantagem para o segundo classificado. E a nossa
equipa fez por merecê-la, jogando melhor, dominando a maior parte do tempo,
criando várias oportunidades de golo, falhando apenas na concretização – muito por
mérito do guarda-redes rival, que, à semelhança do que ocorrera na época transacta,
voltou a ser o melhor em campo. Os festejos dos jogadores do FC Porto no fim do
encontro são, aliás, bastante reveladores quanto ao alívio que sentiram por não
saírem derrotados da Luz.
Este jogo passou, sem a
glória que pretendíamos, mas também sem qualquer mácula. Estamos firmes na
frente, e temos sete finais para chegar ao ambicionado “Tetra”. Aquilo que a
equipa mostrou em tão solene ocasião – desmentindo algum cepticismo que começava
a adensar-se em torno dela – dá-nos plena confiança quanto ao caminho que falta
percorrer. Temos etapas difíceis, mas todas são para vencer, como, de resto, diante
dos mesmos adversários, nos mesmos campos, aconteceu há um ano atrás.
Neste domingo, em
Moreira de Cónegos, joga-se mais uma “final”, perante um conjunto que luta vigorosamente
para não descer de divisão, e que tem um treinador especializado em tirar
pontos aos mais fortes.
Nas esperamos facilidades, mas…temos de ganhar. E
vamos ganhar!
Publicada por LF à(s) 3.4.17 0 comentários
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