CONSEQUÊNCIA

Os episódios que (mais uma vez) ocorreram paralelamente à visita do Benfica a Braga, justificam reflexão profunda.


Cortes de luz, banhos de água fria, cânticos insultuosos, pressão desmesurada, simulações, agressões, erros crassos de arbitragem, e agora também acusações gratuitas e mal esgalhadas. Certamente também doping, pontualmente confusões em túneis, bolas de golfe, e tudo aquilo que seja necessário para, mais do que o Sp.Braga vencer, sobretudo, o Benfica perder. Nem no Estádio do Dragão se chega a tanto.


Artur, que esteve do lado de lá, falou em “coisas do outro mundo”. Jesus, que também esteve do lado de lá, falou em “truques”. Certamente sabem do que falam, e até o observador mais desatento percebe que estes Sp.Braga-Benfica não são jogos normais.


Estive lá aquando da malfadada meia-final da Liga Europa, e, um tanto surpreendentemente, não me apercebi de qualquer hostilidade generalizada dos bracarenses para com os benfiquistas, tendo podido passear tranquilamente pelas imediações do estádio, de cachecol do Benfica ao pescoço, até entrar para as bancadas. Desde então reforcei a ideia de que aquilo que se tem passado em Braga, tem pouco a ver com o povo da cidade, ou mesmo com a maioria dos adeptos do Sp.Braga (muitos deles também com simpatias benfiquistas), sendo promovido exclusivamente desde cima, ou seja, a partir da estrutura interna do próprio clube. Até os cânticos insultuosos (como naturalmente as bolas de golfe, e a vandalização de Casas do Benfica) nascem de um sector específico da claque minhota, muito provavelmente instrumentalizado para esse fim.



Posto isto, creio que já era altura do Benfica tomar uma posição firme, e cortar relações com um clube que, pelas reiteradas faltas de fair-play (com diferentes treinadores, e diferentes jogadores, mas sempre o mesmo presidente), não merece qualquer tipo de consideração. Torna-se chocante para o adepto comum ver o presidente do Benfica sentado ao lado de quem promove (por actos ou omissões) este tipo de comportamentos, que já pouco ficam a dever aos daqueles que os inspiraram. As amizades pessoais são do foro privado de cada um, mas, institucionalmente, nada justifica que o Benfica continue a tolerar estas situações, passando por cima delas como se nada fossem, e permitindo que se repitam ano após ano.

7 comentários:

Carlos Alberto disse...

APOIADO

JReis disse...

Caro LF,
Já em tempos havia comentado por aqui que o presidente do Benfica olha impávido para a forma como o Braga falta ao respeito ao nosso clube em virtude de amizades pessoais de ambos os presidentes (diga-se negócios). O que é triste é que passado um ano tudo está e fica na mesma. Um abraço !!

Jotas disse...

Nem mais meu caro, de facto é de lastimar que perante toda a humilhação a que o Braga vai sujeitando o Benfica que Luís Filipe Vieira e a sua direcção per,aneçam no mais completo silêncio, LFV já deveria ter exigido um pedido formal de desculpas ao Braga e exigir um inquérito de tudo isto até às últimas consequências, anunciando ainda que o jogador vai mover um processo crime por difamação a Alan e Djamal, era o mínimo, ao não fazê-lo, não está a ser solidário com o jogador que representa o clube a que preside, nem este se sente defendido pelo clube que representa, estando desse modo, o próprio Luís Filipe Vieira a defender os seus interesses pessoais e a desrespeitar o clube e isso é completamente inadmissível num Presidente do Benfica.

Anónimo disse...

Tens toda a razão em supôr que essa hostilidade vem de cima. Tenho um familiar que está proximo da direcção brancarense e lembro-me sempre da preocupação dele no facto da maior parte dos habitantes de Braga serem (na altura) benfiquistas. Isso era um enorme obstáculo para um clube que se queria identificar com a cidade e crescer em número de sócios e adeptos à imagem do que já acontecia com os rivais de Guimarães.
Não tenho conhecimento directo de campanhas orquestradas contra os benfiquistas, mas, tendo em consideração o que acabei de dizer, não tenho dúvidas que elas tenham ocorrido e ocorram ainda.
Aliás, pelo que posso perceber, a táctica da direcção do Braga no sentido de alcançar os tais objectivos de clube da cidade têm sido dois: 1- campanhas nas escolas para fazer a devida 'lavagem cerebral' (alguma vez na sua história o Benfica fez campanhas em escolas ou em qualquer outro contexto com o fim de angariar adeptos?)e 2- Impor um clima de terror e perseguição aos benfiquistas da cidade (lembram-se dos assaltos à casa do Benfica e a porrada em peso que os benfiquistas levaram quando queriam festejar o 32º título naquela cidade?)

Anónimo disse...

Tenho a dizer que o Benfica, sempre que joga em braga (e mesmo noutros estádios), deve-se acompanhar de um delegado da UEFA!

Anónimo disse...

Então a luz só falhou para Benfica? A agua só falhou para o Benfica? Ia jurar que em campo estavam 3 equipas, mais milhares de adeptos do Braga e do Benfica. Afinal parece que não...

AP

Dylan disse...

Parece que, na Argentina, existem fenómenos paranormais no Estádio do Boca Juniors, popular equipa de futebol. Diz-se que quando está vazio, vislumbram-se sombras, ruídos, portas que se abrem e fecham, luzes que se acendem e apagam sozinhas. Em Portugal, verifica-se uma situação idêntica em Braga: bolas de golfe que florescem em pleno relvado, fotografias colocadas por debaixo da porta da cabina do árbitro, jagunços estrategicamente colocados, um "speaker" histérico, cortes frequentes da luz eléctrica, aconchegadores banhos de água fria e delírios racistas, tudo ao melhor estilo do Fantasma da Ópera. A "cidade dos Arcebispos" não consegue dominar os fenómenos estranhos na sua arquidiocese, nem com a protecção papal há muito requisitada para a "Pedreira".