PARA A HISTÓRIA !
O Benfica escreveu esta noite uma das mais belas páginas da sua história europeia recente. O categórico triunfo em Marselha, conseguido dramaticamente no último minuto, entra para o galarim das grandes jornadas internacionais do clube nos últimos anos, a par de Londres em 1991, Leverkusen em 1994 ou Liverpool em 2006. Como cereja em cima do bolo, foi selado com o 100º golo da temporada - marca deveras impressionante, e que revela bem o poder ofensivo desta extraordinária equipa de Jorge Jesus.
Os encarnados tiveram tudo contra si. Desde logo o resultado da primeira mão, que conferia vantagem aos franceses. Mas também tiveram bastante infelicidade em várias das oportunidades desperdiçadas, e, sobretudo, na inqualificável arbitragem de um esloveno do qual não quero nem recordar o nome.
É pouco usual, depois de uma importante vitória europeia, lembrarmo-nos, com revolta, do desempenho do árbitro. Pois este senhor tudo fez para colocar o Benfica fora da Liga Europa, com dois penáltis por assinalar, e uma série de equívocos tecnicos e disciplinares, sempre em desfavor da equipa portuguesa. Não conseguiu os seus intentos, pois os encarnados mostraram uma força mental (e já agora, também física) difícil de destronar, afirmando-se preparados para ultrapassar até o mais desaforado dos infortúnios.Jorge Jesus sabia que a sua equipa tinha de marcar golos. Quantos mais golos o jogo tivesse (2-2, 3-3...), melhor para o Benfica, pelo que valia a pena arriscar num futebol totalmente aberto. Foi isso que se viu desde o primeiro instante.
Só por infelicidade o Benfica não chegou ao intervalo a vencer. Além dos penáltis por marcar, destaque ainda para um remate ao poste de Óscar Cardozo, e para uma perdida infantil de Di Maria, só com Mandanda pela frente. Sentia-se que o golo encarnado podia surgir a qualquer momento, mas o zero a zero continuava teimosamente a figurar no placard, e com ele, o perigo de uma eliminação injusta.
Na segunda parte o Benfica intensificou a pressão...e o risco. A equipa balanceou-se por completo sobre a área adversária, criando lances de ataque sucessivos, e desperdiçando-os irritantemente um após outro. A ansiedade crescia, mas sabia-se que um golo encarnado faria toda a diferença, mesmo que o Marselha também marcasse – o que, de resto, veio a acontecer.
Quando Niang pôs a equipa gaulesa a vencer, temeu-se contudo que o Benfica pudesse sentir algum abalo anímico, embora um só golo na outra baliza continuasse a chegar para alterar o rumo da eliminatória (neste caso empatando-a). Foi aqui que se viu um grande Benfica. Um enorme Benfica, cheio de classe, raça e auto-confiança. Reagindo de forma extremamente afirmativa, o conjunto encarnado demonstrou querer mesmo seguir em frente na prova, e confirmou a ideia que tinha já deixado nos primeiros 75 minutos da partida: a de ser claramente superior ao seu adversário, quer sob o ponto de vista colectivo, quer quanto ao brilhantismo das suas individualidades.
Maxi Pereira voltou a assumir-se como protagonista, marcando um excelente golo, e empatando, enfim, a eliminatória. Depois de uma semana de sofrimento, o Benfica anulava finalmente a vantagem francesa, e tudo voltava ao início.
Era expectável que o jogo assumisse então uma feição mais pausada, com as equipas pouco dispostas a arriscar, esperando cautelosamente pelo prolongamento. Qual quê? O Benfica continuou na mesma toada, procurando sofregamente o golo que lhe garantisse a qualificação, e evitasse os inconvenientes trinta minutos de tempo-extra.
Nem sempre o futebol é justo, e muitas vezes as grandes equipas, as que mais procuram a fortuna, acabam vergadas à crueldade própria de um desporto de incertezas. Desta vez não foi isso que sucedeu, e o golo salvador de Alan Kardec deu à eliminatória a dose de justiça que ela até aí não quisera aceitar.
Foi um momento extraordinário para todos os benfiquistas. Depois de tanto penar, a equipa colocava-se enfim nos quartos-de-final, dando sequência e alimento ao sonho europeu. E logo pelos pés de um improvável herói, que certamente não vai esquecer depressa esta belíssima noite.
O calendário fica apertado? Fica, mas isso é coisa para analisar mais tarde. Agora há que dar largas à imensa alegria (e que grande alegria, caramba!) de ver o Benfica caminhar a passos largos para o reencontro com o seu passado de grande clube europeu.
Os encarnados tiveram tudo contra si. Desde logo o resultado da primeira mão, que conferia vantagem aos franceses. Mas também tiveram bastante infelicidade em várias das oportunidades desperdiçadas, e, sobretudo, na inqualificável arbitragem de um esloveno do qual não quero nem recordar o nome.
É pouco usual, depois de uma importante vitória europeia, lembrarmo-nos, com revolta, do desempenho do árbitro. Pois este senhor tudo fez para colocar o Benfica fora da Liga Europa, com dois penáltis por assinalar, e uma série de equívocos tecnicos e disciplinares, sempre em desfavor da equipa portuguesa. Não conseguiu os seus intentos, pois os encarnados mostraram uma força mental (e já agora, também física) difícil de destronar, afirmando-se preparados para ultrapassar até o mais desaforado dos infortúnios.Jorge Jesus sabia que a sua equipa tinha de marcar golos. Quantos mais golos o jogo tivesse (2-2, 3-3...), melhor para o Benfica, pelo que valia a pena arriscar num futebol totalmente aberto. Foi isso que se viu desde o primeiro instante.
Só por infelicidade o Benfica não chegou ao intervalo a vencer. Além dos penáltis por marcar, destaque ainda para um remate ao poste de Óscar Cardozo, e para uma perdida infantil de Di Maria, só com Mandanda pela frente. Sentia-se que o golo encarnado podia surgir a qualquer momento, mas o zero a zero continuava teimosamente a figurar no placard, e com ele, o perigo de uma eliminação injusta.
Na segunda parte o Benfica intensificou a pressão...e o risco. A equipa balanceou-se por completo sobre a área adversária, criando lances de ataque sucessivos, e desperdiçando-os irritantemente um após outro. A ansiedade crescia, mas sabia-se que um golo encarnado faria toda a diferença, mesmo que o Marselha também marcasse – o que, de resto, veio a acontecer.
Quando Niang pôs a equipa gaulesa a vencer, temeu-se contudo que o Benfica pudesse sentir algum abalo anímico, embora um só golo na outra baliza continuasse a chegar para alterar o rumo da eliminatória (neste caso empatando-a). Foi aqui que se viu um grande Benfica. Um enorme Benfica, cheio de classe, raça e auto-confiança. Reagindo de forma extremamente afirmativa, o conjunto encarnado demonstrou querer mesmo seguir em frente na prova, e confirmou a ideia que tinha já deixado nos primeiros 75 minutos da partida: a de ser claramente superior ao seu adversário, quer sob o ponto de vista colectivo, quer quanto ao brilhantismo das suas individualidades.
Maxi Pereira voltou a assumir-se como protagonista, marcando um excelente golo, e empatando, enfim, a eliminatória. Depois de uma semana de sofrimento, o Benfica anulava finalmente a vantagem francesa, e tudo voltava ao início.
Era expectável que o jogo assumisse então uma feição mais pausada, com as equipas pouco dispostas a arriscar, esperando cautelosamente pelo prolongamento. Qual quê? O Benfica continuou na mesma toada, procurando sofregamente o golo que lhe garantisse a qualificação, e evitasse os inconvenientes trinta minutos de tempo-extra.
Nem sempre o futebol é justo, e muitas vezes as grandes equipas, as que mais procuram a fortuna, acabam vergadas à crueldade própria de um desporto de incertezas. Desta vez não foi isso que sucedeu, e o golo salvador de Alan Kardec deu à eliminatória a dose de justiça que ela até aí não quisera aceitar.
Foi um momento extraordinário para todos os benfiquistas. Depois de tanto penar, a equipa colocava-se enfim nos quartos-de-final, dando sequência e alimento ao sonho europeu. E logo pelos pés de um improvável herói, que certamente não vai esquecer depressa esta belíssima noite.
O calendário fica apertado? Fica, mas isso é coisa para analisar mais tarde. Agora há que dar largas à imensa alegria (e que grande alegria, caramba!) de ver o Benfica caminhar a passos largos para o reencontro com o seu passado de grande clube europeu.
Venham os quartos-de-final. Viva o Benfica !
PS: Olhando às equipas apuradas, escolheria desde já duas possiblidades preferenciais: Fulham e Standard de Liége. De evitar são claramente Valencia e Liverpool.
10 comentários:
Gostei especialmente do golo no último minuto. Depois do golo deles cá, este ainda deve ter doído mais, aliás, viu-se naquela agressão inqualificável no final da partida. O Benfica foi de facto superior, quer em oportunidades quer no jogo jogado. Muito muito bom.
Só acho que não és muito bom a fazer prognósticos, 2-2? Não conheces esta equipa :p falar depois do resultado é fácil :)
Benfica sempre.
Foi uma noite maravilhosa. Um futebol do mais bonito que se pratica na Europa. Uma equipa que pensa e respira futebol por todos os poros. E diga-se um grande treinador. Mas o Benfica é assim porque a SAD trabalhou muito para chegar a esta estrutura organizatiza, técnica, tática e de grande investimento financeiro. Parabéns a todos.
.
E é assim, quando se pratica um grande futebol não há arbitros ou seja Jorges de Sousa de qualquer país que nos assuste. O problema é/foi lá chegar.
OBRIGADA SAD DO SLB por esta grande alegria
Obrigado Mãe por me dares à LUZ nesta ERA....
http://apanhadosquanticos.blogspot.com/2010/03/era-de-jesus.html
Fantástico!!!!
Devo confessar que o golo de Kardec foi para mim o momento de maior euforia de toda esta temporada. E já houve muitos...
De facto o golo do Kardec foi dos melhores momentos da época.
no golo do kardec, a cadeira onde estava sentado numa estaçao de serviço na A1 (jogos a horas de trabalho da nisto....) voou uns 2 metros para tras com o salto que dei....eu....e os muitos benfiquistas que enchiam a zona de comidas perto da tv...
muito bom....:)
que sorte: calhou-nos o liverpool!!!!!
Mais uma jornada épica.
E esta de proporções 'bíblicas': depois da mão de Vata, agora a mão de....Jesus!
Grande emoção o golo de Kardec, de facto.
Saudações Benfiquistas.
Depois de Leverkusen e Liverpool, tive ontem a honra e o orgulho de assistir a mais um jogo que faz toda a grandeza do meu clube. Dia 8 voltarei a Liverpool apoiar o meu Benfica e se deus quiser sera mais uma alegria...
Carrega Benfica, rumo ao teu justo lugar...
Diabos Luxemburgo nunca te falham...
Enviar um comentário