UMA LUTA DESIGUAL
Marco Caneira, Codina, Albelda, Sinama-Pongolle, Pablo Aimar, Fabrizio Miccoli, Djebbour, Geromel, João Pereira, Desmarets, Ricardo Rocha, Tiago Gomes, Tiago, Gilberto, Simão Sabrosa, Zé Castro, Luís Garcia, Reyes, Euller, Dica, Thiago Neves, Thiago Silva, Renato Augusto, Rafael Sobis, Djibril Cissé, Soldado, Jonas, Buonanotte, Escudero, Valdivia, Paulo Assunção, Djalma, Ayala, Pauleta, Cohene, Golanski, Hugo Viana, Zoltan Gera, Gouffran, Wesley e Guerrero. Quarenta nomes, quarenta jogadores. Todos eles foram nos últimos dois meses apontados pela imprensa, de forma directa ou indirecta, de modo claro ou subtil, como possíveis, nalguns casos prováveis, reforços do Benfica para a temporada que se avizinha. Juntamente com os já oficializados, mais os que transitam do plantel anterior, quase haveria aqui matéria-prima para formar um candidato à vitória na Champions League.
Desde Ronaldinho Gaúcho a Robinho, passando por Tomasson, Lisandro Lopez, Diego, D’Alessandro, Riquelme, Saviola, Fred, Rochenbach, John Carew, Beletti, todos estiveram “a um passo” de jogar no Benfica se olharmos à imprensa dos últimos verões. Se compararmos estes nomes com a realidade das aquisições encarnados veremos que o contraste é gritante.
É vulgar condenar-se o clube e a sua própria estrutura por toda esta agitação, criticando-se a fraca blindagem das negociações, as fugas de informação, o pouco profissionalismo colocado nas acções de mercado. Tenho para mim contudo que grande parte destes nomes, provavelmente a grande maioria, nunca foi sequer equacionada pela SAD encarnada. Sem querer inocentar os responsáveis benfiquistas deste verdadeiro folclore anual – o amadorismo tem de facto sido a nota dominante dos últimos defesos -, a verdade é que o clube da Luz é mais vítima do que culpado desta situação.
O Benfica é o maior clube português. Tem mais adeptos, tem mais sócios, concentra mais atenções - serão necessários muitos mais anos de crise profunda para que assim deixe de ser. Naturalmente é também o clube cujas notícias prendem maior número de audiências, e numa altura em que os plantéis se constroem, um novo craque anunciado para a Luz é capaz de fazer disparar as vendas de qualquer pasquim da nossa praça. Acresce a este facto que o Benfica, atravessando a maior crise da sua história, tem frustrado os seus adeptos ano após ano, criando neles um sentimento de esperança constantemente adiada, que remete as suas atenções justamente para o defeso - altura em que todos os sonhos são permitidos e a classificação ainda não se tornou madrasta.
Há três diários desportivos em Portugal, mais algumas cadeias de televisão, e um sem número de sites sobre desporto na Internet. Toda esta gente tem de viver. Nada como o Benfica, concretamente as esperanças e os sonhos da sua gigante massa adepta, para conseguir manter milhares de olhos colados às suas páginas ou às suas emissões.
É assim que surgem as manchetes anunciando este mundo e o outro, convencendo-nos de que fulano está preso por detalhes, que sicrano está por horas, que beltrano afirmou estar ansioso por representar o clube. É também assim que surgem as grandes frustrações, como uma que se diz por aí possa vir a acontecer em breve. O Benfica é pois aqui, como em muitos outros aspectos, vítima da sua própria dimensão, tendo que se haver com uma pressão mediática em seu redor que, ao contrário do que dizem adversários, apenas o prejudica.
É difícil combater este fenómeno. Não há como desmentir uma a uma todas as notícias, e por maior blindagem que se faça há sempre quem seja capaz de inventar uma boa história.
Isto conduz-nos a uma reflexão acerca das vantagens e desvantagens de um clube ter tão grande dimensão. Numa sociedade oito-oitentista como a portuguesa, onde os adeptos gostam mais de dizer mal dos seus e dos outros do que verdadeiramente acompanhar e apoiar o clube, não seria mais benéfico dispor de um número mais limitado de adeptos (apenas os que vão aos estádios, pagam quotas e ajudam de uma ou outra forma o clube), evitar a pressão mediática exacerbada, e passar por entre as gotas da chuva da especulação jornalística como acontece com F.C.Porto e Sporting ? Não será a dimensão desproporcionada do Benfica um dos seus problemas face ao futebol deste século XXI amplamente rendido ao mediatismo mais cruel e tirano ?
Desde Ronaldinho Gaúcho a Robinho, passando por Tomasson, Lisandro Lopez, Diego, D’Alessandro, Riquelme, Saviola, Fred, Rochenbach, John Carew, Beletti, todos estiveram “a um passo” de jogar no Benfica se olharmos à imprensa dos últimos verões. Se compararmos estes nomes com a realidade das aquisições encarnados veremos que o contraste é gritante.
É vulgar condenar-se o clube e a sua própria estrutura por toda esta agitação, criticando-se a fraca blindagem das negociações, as fugas de informação, o pouco profissionalismo colocado nas acções de mercado. Tenho para mim contudo que grande parte destes nomes, provavelmente a grande maioria, nunca foi sequer equacionada pela SAD encarnada. Sem querer inocentar os responsáveis benfiquistas deste verdadeiro folclore anual – o amadorismo tem de facto sido a nota dominante dos últimos defesos -, a verdade é que o clube da Luz é mais vítima do que culpado desta situação.
O Benfica é o maior clube português. Tem mais adeptos, tem mais sócios, concentra mais atenções - serão necessários muitos mais anos de crise profunda para que assim deixe de ser. Naturalmente é também o clube cujas notícias prendem maior número de audiências, e numa altura em que os plantéis se constroem, um novo craque anunciado para a Luz é capaz de fazer disparar as vendas de qualquer pasquim da nossa praça. Acresce a este facto que o Benfica, atravessando a maior crise da sua história, tem frustrado os seus adeptos ano após ano, criando neles um sentimento de esperança constantemente adiada, que remete as suas atenções justamente para o defeso - altura em que todos os sonhos são permitidos e a classificação ainda não se tornou madrasta.
Há três diários desportivos em Portugal, mais algumas cadeias de televisão, e um sem número de sites sobre desporto na Internet. Toda esta gente tem de viver. Nada como o Benfica, concretamente as esperanças e os sonhos da sua gigante massa adepta, para conseguir manter milhares de olhos colados às suas páginas ou às suas emissões.
É assim que surgem as manchetes anunciando este mundo e o outro, convencendo-nos de que fulano está preso por detalhes, que sicrano está por horas, que beltrano afirmou estar ansioso por representar o clube. É também assim que surgem as grandes frustrações, como uma que se diz por aí possa vir a acontecer em breve. O Benfica é pois aqui, como em muitos outros aspectos, vítima da sua própria dimensão, tendo que se haver com uma pressão mediática em seu redor que, ao contrário do que dizem adversários, apenas o prejudica.
É difícil combater este fenómeno. Não há como desmentir uma a uma todas as notícias, e por maior blindagem que se faça há sempre quem seja capaz de inventar uma boa história.
Isto conduz-nos a uma reflexão acerca das vantagens e desvantagens de um clube ter tão grande dimensão. Numa sociedade oito-oitentista como a portuguesa, onde os adeptos gostam mais de dizer mal dos seus e dos outros do que verdadeiramente acompanhar e apoiar o clube, não seria mais benéfico dispor de um número mais limitado de adeptos (apenas os que vão aos estádios, pagam quotas e ajudam de uma ou outra forma o clube), evitar a pressão mediática exacerbada, e passar por entre as gotas da chuva da especulação jornalística como acontece com F.C.Porto e Sporting ? Não será a dimensão desproporcionada do Benfica um dos seus problemas face ao futebol deste século XXI amplamente rendido ao mediatismo mais cruel e tirano ?
10 comentários:
È um facto que o mediatismo á volta do clube só o prejudica. Embora isso possa ser em parte revertido, por exemplo nas negociações de publicidade, direitos televisivos, merchandising e outros, fazendo valer esse mediatismo a nosso favor desde que se tenha capacidade, negocial e medição desse potencial mediático. Agora a solução ser "diminuir" o clube (como se isso fosse possivel) é que não me parece ter cabimento. Ver Real e Man. United. Temos é que potenciar essa grandeza e aumentá-la.
Quanto ás questões do tratamento jornalístico, desportivo e não só, dado ao Benfica há situações que ultrapassam os limites do razoável e mereceriam um tratamento através do site, jornal e revista do clube de denúncia dos jornalistas e meios de comunicação que não são isentos com o Benfica, vai uma aposta como a situação mudava? O problema é que tanto o site como o jornal e a revista são uma verdadeira anedota como meios de comunicação.
No dia em que terminou a participação da selecção no europeu, disse a minha familia " pronto vai começar a dança de jogadores que vem para o benfica". E como previsto ai está. Todos os dias éjogadores que são e depois deixam de ser, que se diz que foram "roubados"... O que fazer com esta situiação que todos os anos se repete? Concordo com o Senhor Vitor Esteves, é necessário o clube através do seu site, revista, ou jornal denunciar os jornalistas que em vez de fazerem um trabalho sério, fazem um trabalho baseado na especulação e mentira.
Eu sei que é complicado, a crise no nosso país está instalada e os jornais pretendem lucros, recorrendo para tal a imagem e prestígio do maior clube portugues. tem de chegar a altura de o benfica dizer basta, não só pelo facto d e se prejudicar enquanto instituição, mas sobretudo pela esperança e asnsiedade criada nos adeptos, de ver jogar no seu clube grandes jogadores, sentimentos estes que se tranformam numa frustração enorme. Eu próprio passo por isso todos os anos. Ainda espero por Aimar!!!!!!
Obviamente não defendo qualquer "diminuição" do clube.
Apenas lanço a reflexão sobre se um clube ter tão grande dimensão (ao contrário de Man United e Real, algo desproporcionada a vitórias e títulos, doi mas é verdade) é assim tão benéfico como habitualmente se considera.
Particularmente quando de entre os seis milhões, cinco milhões e quinhentos mil não acrescentam nada ao clube em termos de apoio.
Caro LF,
Cabe á direcção do clube arranjar forma de aproximar os benfiquistas do clube é que os tais cinco milhões e quinhentos mil benfiquistas que não acrescentam nada ao clube não vivem todos em Lisboa.
Mais, o apoio dado á equipa do Benfica, pelos benfiquistas que não acrescentam nada, em jogos do clube fora de portas é, normalmente, mais intenso e incondicional que o dado no estádio da luz.
LF, será que o SLB não tem direito ao bom nome e imagem? Então porque não reage a direcção?
É esta atitude passiva, característica dos moribundos, que faz que qualquer pasquim ou clubeco, inventem, gozem e desrespeitem o Benfica.
Na esperança de melhores dias, que não se adivinham próximos, por cá vamos esperando por D. Sebastião.
Saudações SLB
FS
O Sr. Lf é demsaiado talentoso para a blogosfera. Posso, aliás, adiantar que a sua contratação por um dos três diários desportivos nacionais está presa por detalhes.
Muito boa análise, e só uma correcção: a grandeza do Benfica só é "desproporcionada" face aos resultados que apresenta nos últimos anos.
Saudações
Marcos
LF
Estou de acordo com o Vitor Esteves, se o Benfica tive-se os tais 500 mil sócios e adeptos era um clube como o Belenenses, Vit. Guimarães, Boavista ou Sp.Braga, ganhava o que estes ganham, ou seja nada e não tinham pretenção a mais que lutar pela UEFA, nunca poderia ser o Glorioso, pois nada tinha ganho
LF, tem de perceber (eu acredito que percebe, mas está só a fazer ondas e a brincar), que a grande força do Benfica são os seus 6 milhões de adeptos, qual é o peso das cotas no orçamento do clube/SAD?, qual o peso das televisões, publicidade e vendas de produtos do Benfica no seu orçamento
Em relação á comunicação social o objectivo é vender o seu produto, é logico que em 40/50 jogadores que aparecem nos jornais, algum virá a ser jogador do Benfica, depois aparecem logo os intelectuais da nossa praça a dizer que o clube está de portas abertas e que se sabe tudo nos jornais
Eu não lhe dou qualquer valor a essas noticias, só depois de ler os comunicados da SAD do Benfica á CMVM é que fico descansado
no meu ver a nossa direcao nao aprende com os erros do passado continua ter intrusos(jornalistas) dentro de portas em vez de aumentar e valorizar o nosso clube so o destabiliza se fecha sem de 1 vez por todas a nossa revista e jornal teriam + importancia!! devemos lembrar nos que pa se fechar o 3.anel foi com todos a rumarem po mesmo lado nao havia ricos nem pobres mas sim o slb hoje em vez de o servirem servem s dele.nos como socios devemos e defender o nosso clube e dar ideias positivas para que possa mos melhorar e sair desta crise que nao tem fim. o slb deve comecar por tratar de arranjar pessoas competentes e nao intereseiros.
Caro LF eu por diversas vezes já enviei cartas ao sr.LFV e mesmo recentemente ao Rui Costa sobre esta matéria.Continuo a achar que o Benfica está minado de "gargantas fundas" que vomitam tudo o que se passa para a opinião pública.Um dos conselhos que dei já tá a ser posto em prática que é a proibição da comunicação social nas assembleias gerais.Os outros ainda não.Mas se não é possível identificar as "gargantas fundas", o gabinete de comunicação só tem é que desmentir factos que não são verdadeiros e constantemente publicados na imprensa da nossa praça.Porque é precisamente este silêncio ensurdecedor que faz com que nós adeptos pensem que o glorioso é uma balbúrdia e que qq 1 saiba o que lá se passa.Eu percebo que a comunicação social faça isto porque o Benfica é que vende.No entanto acho que ao fazer este tipo de acções (quando não são verdadeiras) a imprensa não só aumenta as suas vendas como benefícia claramente os nossos rivais, e deixa os adeptos frustrados com eventuais falhanços de contratações de jogadores.È caso para dizer:Que a isenção morreu e já há muito tempo.E este tipo de comportamento leviano não se aplica só o futebol,na política a imprensa também já não sabe o que é isenção há muito tempo.
Excelente post, como não podia deixar de ser, revelando a sensatez e inteligência de quem não vai em cantigas.
Ando a fazer um esforço de publicitar o Vedeta da Bola junto de outros leitores. Merece.
Quanto ao tema, 100% de acordo. Sei aliás do que falo e posso confirmar que "mais de metade" das notícias que chegam aos jornais são mera fantasia e especulação, entre jogadas de empresários e a necessidade de "encher chouriço" no jornal.
No entanto, continua de facto a haver muito buraco na estrutura do clube... José Veiga, não esqueçam, não é menino para brincadeiras, acha que o SLB é a sua tábua de salvação, e garanto-vos que tem muita gente dentro do Benfica, que lhe conta tudo.
De Veiga para os jornais é um segundo.
Não é à toa que a direcção do clube tem "forçado" a entrada de várias glórias para dentro da estrutura. Há muita porcaria por limpar.
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