OBRIGADO FELIPÃO !
O jogo de ontem com a Alemanha fecha um ciclo na selecção nacional. Scolari rumará a Londres, e haverá que encontrar um substituto para o brasileiro, o que, diga-se, não se afigura tarefa fácil.
Scolari foi inquestionavelmente o melhor seleccionador nacional de todos os tempos. Diga-se o que se disser, goste-se mais ou menos do estilo, ache-se o homem mais bem ou mal educado, os resultados obtidos nestes últimos quatro anos não deixam margem para quaisquer dúvidas – foram estes os melhores anos da equipa de todos nós, ao ponto de o grau de exigência dos adeptos se situar hoje a níveis absolutamente inverosímeis há uma ou duas décadas atrás.
Os méritos de Scolari são inúmeros. A blindagem com que protegeu o grupo, a resistência às pressões daqueles que estavam habituados a pôr e dispor da selecção nacional segundo os seus próprios interesses, a criação de um plantel coeso, disciplinado e fortemente motivado, a forma como soube popularizar a equipa nacional envolvendo todo um país atrás dela, a força mental e o espírito ganhador que soube incutir nos jogadores, fizeram dele uma referência para o futuro, um marco na história do futebol português. Maior ou menos perspicácia táctica não passam de uma nota de rodapé a todo um trabalho fantástico do ex-campeão do mundo, que pôs Portugal na rota da discussão dos principais títulos internacionais como nunca na história se havia visto, e deixa a quem lhe suceder uma extraordinária base de trabalho.
Não adianta argumentar que Scolari dispôs de grandes jogadores. Antes dele chegar a Portugal já Figo, Rui Costa, Fernando Couto, Nuno Gomes, Simão ou Pauleta jogavam na selecção havia anos. João Vieira Pinto, Vítor Baía, Paulo Sousa ou mais atrás Futre, Chalana, Jordão, Nené, Gomes, Oliveira, Humberto Coelho, Eusébio, Coluna, Peyroteo, Simões, Águas, Matateu e muitos outros fizeram história na equipa das quinas, sem que a mesma alguma vez – excepto em 1966 – produzisse os resultados alcançados nos últimos anos.
Acho uma certa piada àqueles que agora acusam Scolari de nada ter ganho. Só por má fé ou total ignorância se pode enveredar por esse caminho. Há bem poucos anos atrás Portugal era uma das muitas selecções que ficavam sistematicamente de fora das grandes competições, e o simples apuramento para uma fase final era extraordinariamente festejado. Há doze anos Portugal apenas tinha marcado presença num Campeonato da Europa (1984), onde de resto foi eliminado na primeira ronda após a fase de grupos - tal como agora. Portugal nunca foi visto como candidato a nenhum título salvo nestes últimos anos, pelo contrário, sempre foi um mero outsider do futebol internacional de selecções, com insuficiências crónicas – designadamente em termos de mentalidade competitiva - sistematicamente aproveitadas pelos mais variados adversários, quase sempre, desde logo, nas fases preliminares.
É preciso entender que existem mais de 200 selecções em todo o mundo, mais de 50 só na Europa, e só um pode ganhar. Portugal é um país pequeno, e ficar em segundo, terceiro, quarto ou mesmo nos oito primeiros é absolutamente fantástico. Há quem se esqueça disto. Há quem não conheça a história do futebol, e em particular a do futebol português, mas há também quem a queira mistificar. Não nos deixemos enganar.Tenho no entanto sérias dúvidas que Scolari tenha no Chelsea o sucesso que teve nas selecções do Brasil e de Portugal. Os principais méritos do brasileiro, acima referidos, assentam como uma luva numa equipa nacional, onde a capacidade de criar um grupo homogéneo pode fazer a diferença. Num clube, e principalmente num clube como o Chelsea, refém dos humores de um proprietário instável e impaciente – não gostaria nada de ver assim o meu clube…-, dificilmente Scolari poderá encontrar o enquadramento necessário para potenciar as suas capacidades. Duvido seriamente que a sua forte personalidade se revele compatível com Abramovitch, e que a relação entre ambos seja longa, por muito que um camião de libras possa ajudar. Se as coisas correrem mal, o mais que posso desejar é que volte depressa para Portugal – quem sabe após o Mundial 2010…
Para já é importante que a Federação decida bem. Gilberto Madaíl não inspira um mínimo de confiança, e tudo o que dele directamente depende tem sido, regra geral, desastroso. A única decisão positiva, que o salvou nestes últimos anos, foi a contratação de Scolari, atrás do qual Madaíl se escondeu, e sem o qual Madaíl há muito teria visto apontada a porta da saída. Quem abandona o futebol português das 2ª e 3ª divisões permitindo a sua condenação à morte, quem deixa as camadas jovens entregues ao destino, quem foi o responsável máximo pela vergonha da Coreia e nunca deu a cara por tal, quem deixa definhar a principal competição que tem a cargo (a Taça de Portugal), quem aproveita os jogos da selecção para encher estádios de amigos, comparsas e convidados ostracizando o público pagante, quem assobia para o lado sempre que surgem problemas ou dificuldades, não será obviamente a pessoa ideal para decidir sobre o futuro da selecção nacional. Esperemos que um momento de luz permita uma boa escolha, de forma à selecção nacional se poder manter na rota em que Scolari a colocou.
Reitero aqui a minha escolha, sabendo de antemão que não será a da FPF: Paulo Bento. Jovem, com experiência de clube grande e competições internacionais, ex-jogador da selecção com presenças em Europeus e Mundiais, personalidade forte e imune a pressões, capacidade de decisão e rigor disciplinar, talento para lidar com jovens, o técnico do Sporting afigura-se-me, dentro do panorama nacional, como a escolha mais equilibrada, isto claro, sabendo-se da impossibilidade Mourinho, e das óbvias dificuldades de contratação de um Marcelo Lippi.
Carlos Queiroz ou Humberto Coelho também não seriam más opções. Mas terminando como comecei, suceder a Scolari não vai ser um fardo leve de carregar. Como português, e sobretudo como fervoroso adepto da selecção nacional, apenas desejo que dentro de alguns meses não estejamos todos a chorar pelo técnico brasileiro, como suspeito e temo que venha a acontecer.
Scolari foi inquestionavelmente o melhor seleccionador nacional de todos os tempos. Diga-se o que se disser, goste-se mais ou menos do estilo, ache-se o homem mais bem ou mal educado, os resultados obtidos nestes últimos quatro anos não deixam margem para quaisquer dúvidas – foram estes os melhores anos da equipa de todos nós, ao ponto de o grau de exigência dos adeptos se situar hoje a níveis absolutamente inverosímeis há uma ou duas décadas atrás.
Os méritos de Scolari são inúmeros. A blindagem com que protegeu o grupo, a resistência às pressões daqueles que estavam habituados a pôr e dispor da selecção nacional segundo os seus próprios interesses, a criação de um plantel coeso, disciplinado e fortemente motivado, a forma como soube popularizar a equipa nacional envolvendo todo um país atrás dela, a força mental e o espírito ganhador que soube incutir nos jogadores, fizeram dele uma referência para o futuro, um marco na história do futebol português. Maior ou menos perspicácia táctica não passam de uma nota de rodapé a todo um trabalho fantástico do ex-campeão do mundo, que pôs Portugal na rota da discussão dos principais títulos internacionais como nunca na história se havia visto, e deixa a quem lhe suceder uma extraordinária base de trabalho.
Não adianta argumentar que Scolari dispôs de grandes jogadores. Antes dele chegar a Portugal já Figo, Rui Costa, Fernando Couto, Nuno Gomes, Simão ou Pauleta jogavam na selecção havia anos. João Vieira Pinto, Vítor Baía, Paulo Sousa ou mais atrás Futre, Chalana, Jordão, Nené, Gomes, Oliveira, Humberto Coelho, Eusébio, Coluna, Peyroteo, Simões, Águas, Matateu e muitos outros fizeram história na equipa das quinas, sem que a mesma alguma vez – excepto em 1966 – produzisse os resultados alcançados nos últimos anos.
Acho uma certa piada àqueles que agora acusam Scolari de nada ter ganho. Só por má fé ou total ignorância se pode enveredar por esse caminho. Há bem poucos anos atrás Portugal era uma das muitas selecções que ficavam sistematicamente de fora das grandes competições, e o simples apuramento para uma fase final era extraordinariamente festejado. Há doze anos Portugal apenas tinha marcado presença num Campeonato da Europa (1984), onde de resto foi eliminado na primeira ronda após a fase de grupos - tal como agora. Portugal nunca foi visto como candidato a nenhum título salvo nestes últimos anos, pelo contrário, sempre foi um mero outsider do futebol internacional de selecções, com insuficiências crónicas – designadamente em termos de mentalidade competitiva - sistematicamente aproveitadas pelos mais variados adversários, quase sempre, desde logo, nas fases preliminares.
É preciso entender que existem mais de 200 selecções em todo o mundo, mais de 50 só na Europa, e só um pode ganhar. Portugal é um país pequeno, e ficar em segundo, terceiro, quarto ou mesmo nos oito primeiros é absolutamente fantástico. Há quem se esqueça disto. Há quem não conheça a história do futebol, e em particular a do futebol português, mas há também quem a queira mistificar. Não nos deixemos enganar.Tenho no entanto sérias dúvidas que Scolari tenha no Chelsea o sucesso que teve nas selecções do Brasil e de Portugal. Os principais méritos do brasileiro, acima referidos, assentam como uma luva numa equipa nacional, onde a capacidade de criar um grupo homogéneo pode fazer a diferença. Num clube, e principalmente num clube como o Chelsea, refém dos humores de um proprietário instável e impaciente – não gostaria nada de ver assim o meu clube…-, dificilmente Scolari poderá encontrar o enquadramento necessário para potenciar as suas capacidades. Duvido seriamente que a sua forte personalidade se revele compatível com Abramovitch, e que a relação entre ambos seja longa, por muito que um camião de libras possa ajudar. Se as coisas correrem mal, o mais que posso desejar é que volte depressa para Portugal – quem sabe após o Mundial 2010…
Para já é importante que a Federação decida bem. Gilberto Madaíl não inspira um mínimo de confiança, e tudo o que dele directamente depende tem sido, regra geral, desastroso. A única decisão positiva, que o salvou nestes últimos anos, foi a contratação de Scolari, atrás do qual Madaíl se escondeu, e sem o qual Madaíl há muito teria visto apontada a porta da saída. Quem abandona o futebol português das 2ª e 3ª divisões permitindo a sua condenação à morte, quem deixa as camadas jovens entregues ao destino, quem foi o responsável máximo pela vergonha da Coreia e nunca deu a cara por tal, quem deixa definhar a principal competição que tem a cargo (a Taça de Portugal), quem aproveita os jogos da selecção para encher estádios de amigos, comparsas e convidados ostracizando o público pagante, quem assobia para o lado sempre que surgem problemas ou dificuldades, não será obviamente a pessoa ideal para decidir sobre o futuro da selecção nacional. Esperemos que um momento de luz permita uma boa escolha, de forma à selecção nacional se poder manter na rota em que Scolari a colocou.
Reitero aqui a minha escolha, sabendo de antemão que não será a da FPF: Paulo Bento. Jovem, com experiência de clube grande e competições internacionais, ex-jogador da selecção com presenças em Europeus e Mundiais, personalidade forte e imune a pressões, capacidade de decisão e rigor disciplinar, talento para lidar com jovens, o técnico do Sporting afigura-se-me, dentro do panorama nacional, como a escolha mais equilibrada, isto claro, sabendo-se da impossibilidade Mourinho, e das óbvias dificuldades de contratação de um Marcelo Lippi.
Carlos Queiroz ou Humberto Coelho também não seriam más opções. Mas terminando como comecei, suceder a Scolari não vai ser um fardo leve de carregar. Como português, e sobretudo como fervoroso adepto da selecção nacional, apenas desejo que dentro de alguns meses não estejamos todos a chorar pelo técnico brasileiro, como suspeito e temo que venha a acontecer.
12 comentários:
Concordo plenamente com o artigo!!!
No entanto, é de registar que anda muita gente a criticar o Scolari e a dizer cenas tais como: "Não ganhamos nada com ele"; "não queremos mais vitorias morais", e coisas parecidas!!
Devo dizer que a ingratidão é muito feia, mas neste país é o prato de cada dia!!
Apesar de não concordar com as opções tacticas do seleccionador, devo referir que trouxe muitas coisas boas a Portugal, e sobretudo, apesar de não termos ganho nenhuma competição, fomos muito mais longe do que alguma vez tinhamos ido!!
Por isso, OBRIGADO SCOLARI!!
Também concordo em parte com o artigo e digo em parte,porque não se pode comparar um treinador que lhe foi dado tempo suficiente para fazer um trabalho ,com outro,como por exemplo Humberto Coelho,que depois da tentativa de tipos como o Domingos passa-fome,terem tentado destabilizar o Humberto,ele conseguiu levar Portugal a fazer um extraordinário campeonato da Europa de longe muito melhor do que este ano e depois sabemos o que aconteceu,o Quim quis comprar o lugar para o irmão Tono,mas na Coreia o tiro sai-lhe pela culatra.
apenas para reiterar o teu obrigado a Scolari porque creio que a maioria dos portuguese reconhece aquilo que escreveste mas são os do contra que ganham mais destaque, por isso, aqui fica o meu "assinar por baixo".
http://footballdependent.blogspot.com/
cumprimentos,
Concordo com o comentário,no que diz respeito a Scolari. Só não aceito a indicação de Paulo Bento para o substituir!!!Falta-lhe muita coisa...
Na altura em que Portugal nunca ia a fases finais, era mais difícil.
Desde que o Europeu tem 16 equipas e o Mundial tem 32, Portugal conseguiu sempre a qualificação, com excepção ao mundial de 98.
Concordo com o que no artigo se refere a Scolari e mete-me nervos ouvir pessoas que não percebem nada de futebol a criticar o seu trabalho. É verdade que muitas vezes critiquei as suas escolhas(o seu principal erro foi a aposta em Ricardo), mas o certo é que ele nos levou lá, mais longe do que nunca, e foi ele que, de agora em diante, nos deixa com a fasquia tão alta à entrada de cada competição internacional.
OBRIGADO FELIPAO!!!
Admito que o trabalho de Scolari foi meritório, e em particular que a sua acção psicológica junto dos jogadores permitiu extrair o melhor rendimento possível destes. Merece sem qualquer dúvida o nosso muito obrigado pelo profissionalismo e pela dedicação a Portugal, e é de destacar a facilidade com que passou de uma situação em que dispunha uma enormidade de opções seleccionáveis (Brasil) para outra com um lote bem mais restrito e que por consequência necessitava de outra atenção e trabalho de campo. Mais ainda: fez uma óptima transição da "geração de ouro" para o grupo actual. Os resultados que apresentou, sem dúvida os melhores de sempre, também tornam as críticas dos que "estão fartos de vitórias morais" absurdas e sem fundamento.
Agora, não concordo minimamente com a ideia de que este tenha sido o melhor seleccionador de sempre, por um conjunto de vários factores. Por favor, tenha-se em atenção que esta é uma opinião pessoal; críticas construtivas e outras opiniões são mais do que bem vindas, ataques pessoais são dispensáveis.
- Independentemente do que diz LF no seu post, Scolari teve à sua disposição o melhor conjunto de jogadores de sempre, muitos deles habituados à exigência competitiva das melhores ligas europeias. As equipas anteriores ao formato actual das competições de selecções lidavam com um apuramento irrealisticamente difícil e com jogos de influencias que não permitiam avaliar devidamente o seu real valor. As gerações pré-Bosman não dispunham do desafio competitivo de campeonatos com mais de 3 candidatos ao título e plantéis nivelados por cima. Em 96 e 98 não dispúnhamos de uma equipa consolidada e com qualidade suficiente para fazer muito melhor; em 2000 iniciou-se esta actual época dourada, mas creio que a qualidade global das opções era ainda consideravelmente inferior às de Scolari, mesmo com Rui Costa e Figo no auge das suas carreiras. Na actualidade contamos com atletas que figuram entre a elite do futebol mundial (tanto em qualidade quanto em valores financeiros), tendo alguns já distinguidos com prémios individuais a nível internacional; mas acima de tudo possuímos um grupo com opções de peso em todos os sectores - a única excepção foi agora em 2008, na lateral-esquerda.
- Contou também com tempo e a confiança como nenhum outro treinador contara anteriormente no comando da Selecção nacional. Humberto Coelho, por exemplo, em 2000 viu-se ignorado pela direcção - nomeadamente na renovação do seu contrato - e terminou por se afastar por vontade própria. Mal-grado o seu péssimo trabalho até 2002, Oliveira também não foi devidamente apoiado pela FPF nem logisticamente nem em capital de confiança. Mesmo que o principal motivo para todo esse suporte tenha sido o facto de Scolari ser das ridiculamente raríssimas decisões acertadas da equipa de Madaíl.
- Há que separar os resultados atingidos do mérito do seleccionador. Em 2004 as ideias que Scolari defendera de forma irredutível nos dois anos anteriores fracassaram totalmente e caíram logo no jogo inaugural. Rendido às evidências, o seleccionador alterou o onze para a versão baseada no trabalho de Mourinho e que era também a mais pedida pelo público em geral; e durante o resto da prova sobraram apenas Pauleta e Ricardo enquanto opções questionadas. O primeiro foi titular em todos os jogos e nunca marcou um único golo, o segundo viveu apenas um momento de glória, nos míticos penalties frente à Inglaterra, falhando rotundamente noutros jogos - por exemplo na final. O mérito maior dos resultados da equipa deve ir para o trabalho desenvolvido por José Mourinho a nível do clube que formava a espinha dorsal de Portugal: o FC Porto. Dois anos depois, em 2006 Felipão não tinha sido capaz de iniciar um projecto sólido de renovação de uma equipa envelhecida e que continuava a assentar nos mecanismos cada vez mais enferrujados do FC Porto entre 2003 e 2005. E apesar do longo percurso na prova, a verdade é que as exibições da equipa estiveram sempre niveladas por baixo: frente a Angola jogamos paupérrimamente; frente à Tunisia estivemos melhor; frente ao México teremos estado o mais próximo possível da equipa de 2004. Holanda e Inglaterra foram desafios pobres e mal jogados, vencidos mais pela determinação do que pela capacidade. França e Alemanha, totalmente inofensivos e sem argumentos. Valeram-nos essencialmente Figo, Maniche e uma defesa sólida (mesmo Ricardo, excepção no último jogo). Já em 2008, depois de um apuramento irregular e extremamente sofrido e da única vez que Scolari apresentou uma equipa efectivamente trabalhada por si, Portugal mostrou-se muito forte e até espetacular ofensivamente mas muito insegura nos processos defensivos, mesmo com Pepe e Ricardo Carvalho a serem candidatos a melhor dupla de centrais do mundo. Não foi uma má prestação, mas também não está acima de críticas.
- as suas opções são facilmente questionáveis, nem sempre optando pelos melhores jogadores em detrimento das suas vendettas pessoais. Jogamos durante 6 anos com um guarda-redes com personalidade e confiança mas sem as capacidades necessárias para ser o titular da selecção - internacionalmente apontado como o maior ponto fraco da equipa. Baía perdeu a oportunidade de exibir as suas capacidades durante os melhores e mais profícuos anos da sua carreira; Pedro Mendes continua a ser ostracizado apesar de passear qualidade pelas equipas que representa. Pelo contrário, Nuno Gomes e Pauleta foram colocados a titulares durante os seus piores períodos.
- Como o próprio fez questão de afirmar por diversas vezes, Scolari é o seleccionador de todas as seleccões nacionais. Durante estes 6 anos de sucesso nos AA, em simultâneo as equipas jovens atravessaram uma crise de resultados sem igual nas últimas duas ou três décadas. Deixamos de apresentar equipas fortes nas fases finais de competições sofrendo até algumas humilhações; e ultimamente até os apuramentos começam a falhar com mais frequência... De tempos a tempos têm surgido algumas vozes a chamar a atenção para este problema, sempre abafadas pelos bons resultados da equipa principal. Como LF refere, o principal responsável até pode ser o incompetente Madaíl, mas Scolari não pode ser desculpabilizado quando o próprio puxa dos galões.
- E mais: Dragutinovic, que não merece mais palavras. A pouca capacidade de encaixe a críticas. A relação difícil com os media, apesar da frequente atitude insolente e desrespeitavel destes.
De resto, gostava só de deixar claro e de reforçar que o trabalho de Scolari foi POSITIVO e de reconhecer a supremacia dos resultados por si alcançados. Só não me peçam para professar a sua divindade... na minha opinião o trabalho do compatriota Otto Glória, especialmente na época em que foi levado a cabo, foi mais meritório do que o desenvolvido por Scolari. Mesmo Humberto Coelho pegou numa selecção sem a projecção actual e com a imagem destruída pelo falhanço no acesso ao mundial 1998, e foi o primeiro a realmente conseguir dar seguimento ao trabalho desenvolvido por Carlos Queirós. E o trabalho revolucionário deste último não pode igualmente ser esquecido, tendo o próprio Felipão ainda colhido alguns frutos.
Já agora, concordo em absoluto com a visão de LF relativamente ao futuro no Chelsea. São de facto demasiados indícios para serem ignorados, e assim em principio a experiência não irá alcançar grande sucesso. Mas possa Scolari dar-me uma bofetada de luva branca e provar-me errado...
Saudações desportivas e o meu muito obrigado ao "sargento Felipão" por todas as alegrias,
Nitro
Obrigado por não continuares tornar a selecção portuguesa na selecção brasileira.
Foi pena não continuares para ver até onde isto ia parar.
És muito bom em termos psicológicos, agora em termos tácticos muito fraquinho.
E o último jogo foi mais um exemplo disso mesmo.
Duas derrotas com a Grécia, duas derrotas com a Alemanha. Leitura de jogo=zero.
O PC lixa a vida a qualquer português, Humberto coelho pôs Portugal a jogar melhor à bola do que Scolari(não estou a dizer que foi melhor técnico) e no entanto o PC sempre foi o chefe da federação, aliás é o chefe de tudo, só não é da região porque o rui rio enfim..
Não sei se será assim tão difícil contratar Lippi não sei, Carlos Queirós não era boa opção, continuo a dizer que a única coisa boa que ele fez foi ganhar o campeonato do mundo com os melhores jogadores que havia na altura(aí sim tem mérito treinar i desenvolver putos). o Zico(cheira-me que é ele, sei que fez bom trabalho no Fenerbahce, muito bom até, mas não conheço o trabalho do respectivo),o Hiddink não era nada mau, fez o que fez com a Coreia, não eliminou a Itália com a Austrália e todos sabem porquê e agora com a Rússia ui, se amanhã ganham aos Holandeses não ficaria espantado, é treinador muito peculiar que se adaptaria ao nosso estilo
p.s: e o aimar? isso é que era.. O pongolle é bom? vi alguns jogos dele no Liverpool mas não me recorda, é muito rápido ne?
Vasco; Saudações Benfiquistas*
PINTO DA COSTA em 15 Novembro 2007:
"Não conheço nenhuma Selecção que ganhe títulos sem
um bom Guarda-Redes e bom defesa esquerdo"
Obrigado Felipão! Os números não eganam!
Concordo Totalmente.
Scolari é tb o Melhor do Mundo.
Atraiçoado finalmente por jogadores como Paulo Ferreira, Ricardo Carvalho ou Costinha, não deixou apesar disso de conseguir resultados que mais nínguém conseguiria...
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