ENCANTO NA HORA DA DESPEDIDA
Quando depois do jogo de ontem me deslocava para casa, e ouvia no carro uma bela sonata para piano e violino de Mozart, pensei para comigo o quanto o futebol e a vida podem ser belos, mesmo na hora das derrotas (o que objectivamente nem foi o caso), mesmo na hora das desilusões.
Isto a propósito do tremendo espectáculo, da maravilhosa e comovente festa a que havia acabado de assistir num estádio da Luz praticamente cheio, e que de algum modo fez os adeptos ignorar, por uma noite, a classificação, a época, e tudo o que se passara até aqui.
É de facto impressionante como o Benfica, mesmo terminando em quarto lugar, mesmo ficando fora da Liga dos Campeões, mesmo num domingo à noite e debaixo dum céu ameaçador, conseguiu, graças a Rui Costa, levar quase 60 mil pessoas à Luz, e transformar esta ocasião num dos melhores momentos da temporada. O “Maestro” teve uma despedida à sua altura, os benfiquistas mobilizaram-se e mostraram a sua gratidão àquele que foi um dos melhores jogadores da história do clube. Houve enchente, houve lágrimas, houve muita emoção, uma vitória expressiva sobre uma excelente equipa, e um bom jogo de futebol com uma excelente exibição do “dez”, à qual nem faltou uma assistência para golo. A noite terminou em apoteose, com holas e tudo.
Poder-se-á agora dizer que não faz sentido ou que é absurdo festejar desta forma num momento assim, que é coisa de perdedores. Não concordo. Acho mesmo que é disto que o futebol tem falta. De estádios cheios, de um amor clubista independente dos dramas dos resultados e das classificações, de um sentimento de comunhão, ontem personificado num homem, que aglutine todos num espaço que é, antes do mais, um recinto de festa.
Uns ganham, outros perdem. Os motivos são vários e serão analisados depois. Nesta jornada, como de resto acontecera no ano passado, a Liga acabou com estádios cheios de pessoas, de emoção e de alegria, em Alvalade, na Luz, desta feita também em Guimarães. Isso é o que importa relevar.
Provavelmente nenhum dos benfiquistas presentes na Luz saiu ontem frustrado, até porque as esperanças numa melhor posição final eram já residuais – se a inacreditável derrota caseira com a Académica acabou por comprometer o segundo lugar, o empate da Reboleira comprometeu o terceiro -, e o motivo da festa era outro. A equipa ontem fez o que lhe competia, terminando o campeonato com a dignidade possível, e despedindo-se dos adeptos com uma vitória robusta.
Agora virá o tempo de reflectir, e de pensar naquilo que é preciso mudar, pois na próxima época, com Rui Costa no banco ou na bancada, terão de existir outros motivos para o Benfica festejar.
Isto a propósito do tremendo espectáculo, da maravilhosa e comovente festa a que havia acabado de assistir num estádio da Luz praticamente cheio, e que de algum modo fez os adeptos ignorar, por uma noite, a classificação, a época, e tudo o que se passara até aqui.
É de facto impressionante como o Benfica, mesmo terminando em quarto lugar, mesmo ficando fora da Liga dos Campeões, mesmo num domingo à noite e debaixo dum céu ameaçador, conseguiu, graças a Rui Costa, levar quase 60 mil pessoas à Luz, e transformar esta ocasião num dos melhores momentos da temporada. O “Maestro” teve uma despedida à sua altura, os benfiquistas mobilizaram-se e mostraram a sua gratidão àquele que foi um dos melhores jogadores da história do clube. Houve enchente, houve lágrimas, houve muita emoção, uma vitória expressiva sobre uma excelente equipa, e um bom jogo de futebol com uma excelente exibição do “dez”, à qual nem faltou uma assistência para golo. A noite terminou em apoteose, com holas e tudo.
Poder-se-á agora dizer que não faz sentido ou que é absurdo festejar desta forma num momento assim, que é coisa de perdedores. Não concordo. Acho mesmo que é disto que o futebol tem falta. De estádios cheios, de um amor clubista independente dos dramas dos resultados e das classificações, de um sentimento de comunhão, ontem personificado num homem, que aglutine todos num espaço que é, antes do mais, um recinto de festa.
Uns ganham, outros perdem. Os motivos são vários e serão analisados depois. Nesta jornada, como de resto acontecera no ano passado, a Liga acabou com estádios cheios de pessoas, de emoção e de alegria, em Alvalade, na Luz, desta feita também em Guimarães. Isso é o que importa relevar.
Provavelmente nenhum dos benfiquistas presentes na Luz saiu ontem frustrado, até porque as esperanças numa melhor posição final eram já residuais – se a inacreditável derrota caseira com a Académica acabou por comprometer o segundo lugar, o empate da Reboleira comprometeu o terceiro -, e o motivo da festa era outro. A equipa ontem fez o que lhe competia, terminando o campeonato com a dignidade possível, e despedindo-se dos adeptos com uma vitória robusta.
Agora virá o tempo de reflectir, e de pensar naquilo que é preciso mudar, pois na próxima época, com Rui Costa no banco ou na bancada, terão de existir outros motivos para o Benfica festejar.
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