A SPORTINGUIZAÇÃO DO BENFICA?
O Benfica acaba de apresentar o seu primeiro reforço de Inverno. Trata-se de um desconhecido lateral esquerdo romeno, provavelmente com vista a antecipar a pré-anunciada saída de Léo no final da temporada.
O objectivo parece claro: substituir um internacional de 32 anos, com exigências salariais elevadas e com pouco potencial de realização de mais valias, por um jovem eventualmente transferível a médio prazo, e disposto a auferir um vencimento bastante abaixo dos mais bem pagos do plantel. A direcção encarnada insiste pois em seguir a lógica que presidiu à construção da equipa para esta época, assente exclusivamente em motivações económico-financeiras, deixando os aspectos desportivos para segundo plano.
Recorde-se que saíram no último verão do plantel benfiquista Simão Sabrosa, Miccoli e Karagounis (entre outros), nem mais nem menos do que os três jogadores mais bem pagos do clube, enquanto as contratações incidiram em jovens sul-americanos (Cardozo, Di Maria, Diaz, Bergessio, Maxi Pereira e Rodriguez), norte-americanos (Freddy Adu) e africanos (Binya e Zoro), - ao que também não terá sido alheia a desvalorização do dólar face ao euro - o que reflecte bem os objectivos do executivo benfiquista. As promoções de Miguel Vítor, Romeu Ribeiro, Bruno Costa, Ruben Lima e Yu Dabao, ou a contratação de Fábio Coentrão, obedecem ao mesmo princípio, ou seja, o de dotar o plantel de um número alargado de jovens, com vencimentos baixos ou moderados, de entre os quais um ou dois possam ser, ano a ano, alienados para grandes clubes europeus. Ao fim e ao cabo, Luís Filipe Vieira, Domingos Soares de Oliveira e a sua equipa tentam afincadamente descobrir o seu “Anderson” ou o seu “Nani”, para com eles encher os cofres com alguns milhões provenientes de um dos clubes europeus de top. Gastando para isso algum dinheiro em passes (investimento teoricamente recuperável), poupando por outro lado em salários (custo puro e duro).
Toda esta lógica parece inatacável sob o ponto de vista económico-financeiro. Mas será ela a mais correcta de aplicar à gestão de um clube de futebol ? Não creio.
É um erro crasso tentar gerir uma área com as especificidades do futebol como se de uma qualquer empresa comercial ou industrial se tratasse. No futebol tudo depende dos resultados verificados nos relvados, da bola que bate na barra ou entra na baliza, dum apuramento europeu, dum título nacional. Mesmo os mais genuínos aspectos econonómico-financeiros dependem da realidade desportiva, pois é através dela que se enchem estádios, se aumentam audiências televisivas, vendem camisolas e se conseguem mais associados, que os jogadores se valorizam ou desvalorizam, se mostram e cativam o mercado, se tornam seleccionáveis, sem falar nos ganhos directos obtidos por exemplo na Champions League, onde cada ponto tem o seu valor em dinheiro vivo.
Alguns clubes têm sonegado esta evidência, tratando da sua gestão pouco menos que á margem das particularidades do futebol, o que deriva em grande parte da chegada a este universo de um lote de gestores provenientes da banca e de sectores afins - frequentemente impostos no âmbito dos acordos de financiamento da construção dos novos estádios -, muitas vezes sem qualquer experiência no sector e desfasados das mais elementares práticas e rotinas de um mundo tão específico e tão peculiar como é o futebol profissional, quer pelo seu mediatismo, quer sobretudo pela a irracionalidade própria das paixões que desperta e alimenta.
O Sporting há já mais de uma década que labora neste erro, com os resultados que se conhecem, quer ao nível desportivo, quer, consequentemente, no plano financeiro. Lamentavelmente o Benfica parece querer seguir o mesmo caminho.
Tal como o F.C.Porto soube resistir ao assedio feito aos seus principais jogadores, também Simão, Karagounis e Miccoli (pelo menos) deveriam ter permanecido no Benfica. O clube da Luz tem uma longa história de títulos e sucessos, que ao ser posta em causa pode criar (como já aconteceu no passado recente) graves problemas de identidade, de afirmação junto da sua massa adepta, e danos irreparáveis no seu prestígio nacional e internacional. Ficando dois anos consecutivos em terceiro lugar, ao Benfica não bastava sequer manter o mesmo nível competitivo. Tinha necessariamente de o subir, mas, em nome de uma negada mas evidente lógica empresarializada, fez precisamente o contrário.
Com todos os titulares da época passada, e mais alguns dos reforços (Cardozo e Rodriguez por exemplo), com as rotinas de jogo entretanto criadas, seguramente que o Benfica estaria a disputar o título com o F.C.Porto, provavelmente estaria nos oitavos-de-final da Champions League, ao invés de ter 28 mil pessoas no estádio teria certamente mais de 50 mil, venderia muito mais cachecóis e camisolas, poderia continuar a sua campanha de angariação de novos sócios, e estaria a dar passos no sentido da sua total e definitiva estabilização como força dominante do futebol português. Se contabilizarmos todos estes aspectos, bem como a valorização dos jogadores daí decorrente, todo o investimento feito na manutenção de dois ou três salários mais elevados teria certamente valido a pena. Quando se conquistassem títulos, quando a valorização desportiva e económica dos activos atingisse o seu auge, então sim, sem pôr em causa os equilíbrios colectivos, poder-se-ia pensar em vender um ou outro jogador, e realizar assim as mais valias capazes de permitir continuar a investir em larga escala.Com a óbvia descaracterização do plantel (como se vê na foto, do onze que, há menos de dois anos disputou em Nou Camp os quartos-de-final da Liga dos Campeões, restam apenas dois jogadores e meio, Luisão, Petit e Léo, sendo que este último está, ao que parece, também de saída), com jogadores pouco ou nada familiarizados com o futebol europeu, com a perda de alguns dos seus mais experientes profissionais, o Benfica vê-se neste marasmo, sem títulos, com uma clara diminuição de receitas, com uma vincada desvalorização dos seus activos, alvo de constante desestabilização mediática, e consequentemente, cada vez mais objecto de um voltar de costas de muitos dos seus apaniguados – atente-se nas últimas assistências da Luz, e no facto de o estádio não ter enchido uma só vez ao longo desta época, mesmo tendo já recebido Sporting, F.C.Porto, Celtic e Milan.
A única forma de vencer no futebol, quer ao nível desportivo quer ao nível económico, é construindo grandes equipas. São elas que geram as receitas, são elas que proporcionam as mais-valias e os lucros. No fundo, há duas escolhas, investir, disputar títulos e ganhar dinheiro, ou ao invés, desinvestir, definhar e morrer. Para um clube como o Benfica a opção tem de ser clara.
É claro que o rigor orçamental é imprescindível, é claro que há que cumprir os compromissos. Mas a filosofia de base nunca pode ser a de construir um plantel a pensar nas mais-valias financeiras que cada um dos jogadores pode proporcionar, nem prescindindo de A ou B só porque tem um salário mais ou menos elevado, ou contratando X ou Y porque tem mais ou menos mercado. Um plantel ganhador deve ser sim construído exclusivamente em função das necessidades desportivas da equipa, e tão valorizado quanto o limite das possibilidades de investimento o permita. O aspecto económico deve ser uma condicionante, nunca um objectivo.
Há dois casos paradigmáticos de um e outro caminho entre os três grandes do futebol português (F.C.Porto e Sporting). Com duas realidades tão vincadas, julgo que seria relativamente fácil seguir o exemplo do sucesso, e abandonar o do fracasso.
O objectivo parece claro: substituir um internacional de 32 anos, com exigências salariais elevadas e com pouco potencial de realização de mais valias, por um jovem eventualmente transferível a médio prazo, e disposto a auferir um vencimento bastante abaixo dos mais bem pagos do plantel. A direcção encarnada insiste pois em seguir a lógica que presidiu à construção da equipa para esta época, assente exclusivamente em motivações económico-financeiras, deixando os aspectos desportivos para segundo plano.
Recorde-se que saíram no último verão do plantel benfiquista Simão Sabrosa, Miccoli e Karagounis (entre outros), nem mais nem menos do que os três jogadores mais bem pagos do clube, enquanto as contratações incidiram em jovens sul-americanos (Cardozo, Di Maria, Diaz, Bergessio, Maxi Pereira e Rodriguez), norte-americanos (Freddy Adu) e africanos (Binya e Zoro), - ao que também não terá sido alheia a desvalorização do dólar face ao euro - o que reflecte bem os objectivos do executivo benfiquista. As promoções de Miguel Vítor, Romeu Ribeiro, Bruno Costa, Ruben Lima e Yu Dabao, ou a contratação de Fábio Coentrão, obedecem ao mesmo princípio, ou seja, o de dotar o plantel de um número alargado de jovens, com vencimentos baixos ou moderados, de entre os quais um ou dois possam ser, ano a ano, alienados para grandes clubes europeus. Ao fim e ao cabo, Luís Filipe Vieira, Domingos Soares de Oliveira e a sua equipa tentam afincadamente descobrir o seu “Anderson” ou o seu “Nani”, para com eles encher os cofres com alguns milhões provenientes de um dos clubes europeus de top. Gastando para isso algum dinheiro em passes (investimento teoricamente recuperável), poupando por outro lado em salários (custo puro e duro).
Toda esta lógica parece inatacável sob o ponto de vista económico-financeiro. Mas será ela a mais correcta de aplicar à gestão de um clube de futebol ? Não creio.
É um erro crasso tentar gerir uma área com as especificidades do futebol como se de uma qualquer empresa comercial ou industrial se tratasse. No futebol tudo depende dos resultados verificados nos relvados, da bola que bate na barra ou entra na baliza, dum apuramento europeu, dum título nacional. Mesmo os mais genuínos aspectos econonómico-financeiros dependem da realidade desportiva, pois é através dela que se enchem estádios, se aumentam audiências televisivas, vendem camisolas e se conseguem mais associados, que os jogadores se valorizam ou desvalorizam, se mostram e cativam o mercado, se tornam seleccionáveis, sem falar nos ganhos directos obtidos por exemplo na Champions League, onde cada ponto tem o seu valor em dinheiro vivo.
Alguns clubes têm sonegado esta evidência, tratando da sua gestão pouco menos que á margem das particularidades do futebol, o que deriva em grande parte da chegada a este universo de um lote de gestores provenientes da banca e de sectores afins - frequentemente impostos no âmbito dos acordos de financiamento da construção dos novos estádios -, muitas vezes sem qualquer experiência no sector e desfasados das mais elementares práticas e rotinas de um mundo tão específico e tão peculiar como é o futebol profissional, quer pelo seu mediatismo, quer sobretudo pela a irracionalidade própria das paixões que desperta e alimenta.
O Sporting há já mais de uma década que labora neste erro, com os resultados que se conhecem, quer ao nível desportivo, quer, consequentemente, no plano financeiro. Lamentavelmente o Benfica parece querer seguir o mesmo caminho.
Tal como o F.C.Porto soube resistir ao assedio feito aos seus principais jogadores, também Simão, Karagounis e Miccoli (pelo menos) deveriam ter permanecido no Benfica. O clube da Luz tem uma longa história de títulos e sucessos, que ao ser posta em causa pode criar (como já aconteceu no passado recente) graves problemas de identidade, de afirmação junto da sua massa adepta, e danos irreparáveis no seu prestígio nacional e internacional. Ficando dois anos consecutivos em terceiro lugar, ao Benfica não bastava sequer manter o mesmo nível competitivo. Tinha necessariamente de o subir, mas, em nome de uma negada mas evidente lógica empresarializada, fez precisamente o contrário.
Com todos os titulares da época passada, e mais alguns dos reforços (Cardozo e Rodriguez por exemplo), com as rotinas de jogo entretanto criadas, seguramente que o Benfica estaria a disputar o título com o F.C.Porto, provavelmente estaria nos oitavos-de-final da Champions League, ao invés de ter 28 mil pessoas no estádio teria certamente mais de 50 mil, venderia muito mais cachecóis e camisolas, poderia continuar a sua campanha de angariação de novos sócios, e estaria a dar passos no sentido da sua total e definitiva estabilização como força dominante do futebol português. Se contabilizarmos todos estes aspectos, bem como a valorização dos jogadores daí decorrente, todo o investimento feito na manutenção de dois ou três salários mais elevados teria certamente valido a pena. Quando se conquistassem títulos, quando a valorização desportiva e económica dos activos atingisse o seu auge, então sim, sem pôr em causa os equilíbrios colectivos, poder-se-ia pensar em vender um ou outro jogador, e realizar assim as mais valias capazes de permitir continuar a investir em larga escala.Com a óbvia descaracterização do plantel (como se vê na foto, do onze que, há menos de dois anos disputou em Nou Camp os quartos-de-final da Liga dos Campeões, restam apenas dois jogadores e meio, Luisão, Petit e Léo, sendo que este último está, ao que parece, também de saída), com jogadores pouco ou nada familiarizados com o futebol europeu, com a perda de alguns dos seus mais experientes profissionais, o Benfica vê-se neste marasmo, sem títulos, com uma clara diminuição de receitas, com uma vincada desvalorização dos seus activos, alvo de constante desestabilização mediática, e consequentemente, cada vez mais objecto de um voltar de costas de muitos dos seus apaniguados – atente-se nas últimas assistências da Luz, e no facto de o estádio não ter enchido uma só vez ao longo desta época, mesmo tendo já recebido Sporting, F.C.Porto, Celtic e Milan.
A única forma de vencer no futebol, quer ao nível desportivo quer ao nível económico, é construindo grandes equipas. São elas que geram as receitas, são elas que proporcionam as mais-valias e os lucros. No fundo, há duas escolhas, investir, disputar títulos e ganhar dinheiro, ou ao invés, desinvestir, definhar e morrer. Para um clube como o Benfica a opção tem de ser clara.
É claro que o rigor orçamental é imprescindível, é claro que há que cumprir os compromissos. Mas a filosofia de base nunca pode ser a de construir um plantel a pensar nas mais-valias financeiras que cada um dos jogadores pode proporcionar, nem prescindindo de A ou B só porque tem um salário mais ou menos elevado, ou contratando X ou Y porque tem mais ou menos mercado. Um plantel ganhador deve ser sim construído exclusivamente em função das necessidades desportivas da equipa, e tão valorizado quanto o limite das possibilidades de investimento o permita. O aspecto económico deve ser uma condicionante, nunca um objectivo.
Há dois casos paradigmáticos de um e outro caminho entre os três grandes do futebol português (F.C.Porto e Sporting). Com duas realidades tão vincadas, julgo que seria relativamente fácil seguir o exemplo do sucesso, e abandonar o do fracasso.
11 comentários:
LF
Estou de acordo como a sua visão, em relação ao aspécto economico/financeiro e de como o Benfica é gerido
No aspécto desportivo, estou de acordo, que Simão não deveria ter saido e que foi um grande rombo na equipa, ver-se sem o seu melhor jogador, disso não há duvidas
Agora no resto, tenho muitas duvidas, senão repare na equipa 2006/2007 :
QUIM
NELSON
LUISÃO
DAVID LUIZ
LÉO
PETIT
KATSOURANIS
RUI COSTA
SIMÃO
MICCOLI
NUNO GOMES
O Benfica 2007/2008 joga com 9 jogadores titulares da época passada, era para se entenderem muito melhor
-Miccoli fez na 1ª época 17/4, na 2ª época 22/10, Cardozo está na 1ª época com 16/5 melhor que Miccoli
-Rodriguez é muito inferior na globalidade em relação a Simão 24/11, penso que só aqui esta equipa perde para a do ano passado
LF, esta equipa tinha de render muito mais, agora a rapaziada do banco tem grande valor e devem ser estes o futuro do Benfica, misturados com os titulares mais novos actualmente, podem fazer uma grande equipa
Estes jovens jogadores estão a ser adquiridos a pensar numa equipa para se manter durante muitos anos, havendo trocas pontuais, com vendas e compras para determinados lugares, só fico triste por não ver jogadores portugueses entre estas escolhas, pode ser que os emprestados ( Miguel Vitor, Romeu Ribeiro, F. Coentrão e Yu Dabao )venham com muitos minutos nas pernas e em melhores condições competitivas, já com alguma experiência, como foi o caso de Rui Costa
Vamos pensar positivo ;)
Tenho dúvidas que no futebol actual seja possível formar uma equipa para o longo prazo.
O que acontece é que se alguém se destacar acabará por sair, ficando apenas os restos.
Veremos o que acontece no próximo defeso.
Boa análise.
lf,
500% de acordo. é exactamente isso.
Luís Filipe Vieira acabou !
Fernando Seara a presidente !
O Benfica só irá voltar ao que era se durante vários anos contratar vários Cappellos ou Trappatonis do futebol e voltar regularmente às vitórias (vitórias na base do realismo, não à espera de ciclos de sonhos equivocados...) e com isto ganhará um novo élan vitorioso... Como vimos com Trap, melhor investir num grande treinador que ponha alma na equipa, do que numa equipa a quem ninguém dá alma (o Mourinho foi campeão europeu com jogadores do Leiria, do Setúbal e de rejeitados pelo Benfica...).
O Director Desportivo do Benfica deveria ser o Humberto Coelho, o João Lagos ou o Carlos Godinho (da FPF), e o Presidente um gestor de muitos anos de empresas de renome internacional, que responda a uma SAD com total filosofia empresarial (esta última parece já estar, o resto - o director desportivo e o presidente - é que não...)
Um presidente GESTOR de muitos anos de empresas de renome internacional, parece-me mesmo o retrato do Soares Franco... e para termos um igual a esse... prefiro o Orelhas. O que o Benfica precisa, isso sim, é que o homem deixe a pasta do futebol, que se cale, e deixe trabalhar quem sabe. Ele que se dedique aos negócios.
Ah! Obviamente, concordo com a análise no que se refere à vertente desportiva. Uma grande equipa, não se faz desinvestindo. O melhor plantel dos ultimos 10 anos, não se constrói desta forma!
Com todo o respeito pela opinião, penso que esta constitui um dos maiores exageros que já li ou ouvi.
Calma. Têm ocorrido erros graves no que toca à política desportiva do Benfica, disso ninguém tem dúvidas (benfiquistas e não benfiquistas), contudo, penso que não é honesto falar em segurar simão, Miccoli e Karagounis. Não basta querer.
O grande erro que hipotecou toda esta época, foram as indefinições das situações de fois jogadores nucleares (simão e Fernandes) que acabaram por sair tardiamente. Tinham que sair, nisto a vontade do jogador e as cláusulas de rescisão são incontornáveis. Na sequência disto, manda-se embora o treinador e chega outro já com o comboio em andamento e ainda sem ter o plante fechado...
Foram duas épocas pessimamente mal planificadas e organizadas.
Quanto a rotinas de jogo que a equipa já revela. Lf, diga-me quais, que eu ainda não as encontrei esta época. O que tenho visto é um conjunto de 11 jogadores totalmente desligados e desarticulados em campo, a tentarem resolver as situações de jogo individualmente. Dinâmica colectiva este Benfica não tem. Teve algumas "ganas", mas como o futebol não se pode resumir a ganas, elas agora também se foram...
Agora, sinceramente só vejo uma solução, mas não vejo capacidade na direcção para a pôr em prática, até porque seria algo de extremamente impopular e desfazer mitos é daquelas coisas mesmo muito dificeis, senão impossíveis...
Paulo,
Eu não disse que o Benfica tinha rotinas de jogo.
Disse, pleo contrário, que provavelmente as teria caso tivesse mantido jogadores e treinador, o que não foi o caso.
Quanto a cláusulas de rescisão, recordo que Simão foi vendido por 20 milhões, e a cláusula era 25. Negócio que foi embrulhado num embuste para atirar areia aos olhos dos sócios.
Qauresma e Lucho também tinham vontade de sair, mas no FCP houve competência para os manter e motivar a ficar.
Excelente texto, LF. Revejo-me totalmente nas tuas palavras. Aliás, a análise até me parece bastante óbvia.
o Soares Franco terá o perfil ideal para presidente de um grande clube, tem experiencia de empresas que têm de dar lucro e isso é o que o futebol necessita, estou de acordo com o comentário, e também estou de acordo que o problema do sporting é não ter mercado, ter apeasr de tudo poucos adeptos
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