UM FEITICEIRO PARA A LUZ
O norte-americano Freddy Adu é a mais recente aquisição do Benfica.
Ao contrário de Di Maria, e sobretudo Andrés Diaz, Adu, embora muito jovem, é já um jogador com renome no panorama internacional, e a avaliar pelo que fez no Mundial sub 20 pode vir a tornar-se um elemento de relevo neste Benfica cada vez mais transfigurado.
Desde os 14 anos que o talento deste americano de origem ganesa tem dado que falar. Chegou, na altura, a ser apontado como um novo Pelé – comparações sempre falaciosas em tão tenra idade -, e foi chamado pelo Manchester United para ser testado. Não foi feliz em Inglaterra e voltou ao seu país de adopção, onde se tem destacado na MSL mas sem atingir, até agora, a bitola que tão precoce mediatismo parecia anunciar. Foi o mais jovem jogador de sempre a vestir a camisola da principal selecção norte-americana.
Tive oportunidade de o ver em acção no Mundial do Canadá, e as primeiras impressões não podiam ser melhores. Frente à Polónia marcou 4 golos e fez uma exibição portentosa, justificando tudo o que dele se dissera quando o seu nome começou a ser falado. Exibiu uma tremenda mobilidade, uma capacidade técnica prodigiosa, e uma veia goleadora implacável. Teve momentos de verdadeira magia, só ao alcance dos grandes da história do desporto-rei. Jogou e fez jogar, e se me dissessem nesse dia que ele vinha para o Benfica, teria dificuldades em acreditar, imaginando-o de certo mais num Chelsea ou num Real Madrid.
Vi mais dois jogos de Freddy Adu, mas aí esteve longe, muito longe, do brilhantismo daquela primeira partida. Ficou-me então a suspeita de que talvez não se trate de um jogador muito regular, e que essa intermitência de rendimento possa ter sido a causa da sua dispensa pelo United - não sendo de desprezar a eventualidade de uma tão grande mediatização face à sua idade, o poder ter prejudicado, pese embora a versão oficial ter a ver com limites às datas de saída dos E.U.A.. Além disso, é ainda muito jovem e, talento à parte, tem tudo a aprender em termos de dinâmica colectiva de jogo, sobretudo num panorama - o europeu - substancialmente diferente daquele a que está habituado.
Mesmo que Adu não apresente um rendimento constante, certamente que nalguns momentos será capaz de fazer levantar o estádio - como fizeram em épocas diferentes jogadores como Poborsky ou Miccoli - pois talento é coisa que não lhe falta. Pessoalmente gosto menos de virtuosos intermitentes e mais de jogadores de mentalidade e dinâmica colectiva, cujo rendimento seja regular, e que apareçam sempre que a equipa precisa deles – como Simão -, mas para já há que acreditar que este jovem possa evoluir na Luz e, quem sabe, dentro de poucos anos, possa de lá sair por uma porta tão grande como aquela por que passou há poucos dias o ex-capitão.
Ao contrário de Di Maria, e sobretudo Andrés Diaz, Adu, embora muito jovem, é já um jogador com renome no panorama internacional, e a avaliar pelo que fez no Mundial sub 20 pode vir a tornar-se um elemento de relevo neste Benfica cada vez mais transfigurado.
Desde os 14 anos que o talento deste americano de origem ganesa tem dado que falar. Chegou, na altura, a ser apontado como um novo Pelé – comparações sempre falaciosas em tão tenra idade -, e foi chamado pelo Manchester United para ser testado. Não foi feliz em Inglaterra e voltou ao seu país de adopção, onde se tem destacado na MSL mas sem atingir, até agora, a bitola que tão precoce mediatismo parecia anunciar. Foi o mais jovem jogador de sempre a vestir a camisola da principal selecção norte-americana.
Tive oportunidade de o ver em acção no Mundial do Canadá, e as primeiras impressões não podiam ser melhores. Frente à Polónia marcou 4 golos e fez uma exibição portentosa, justificando tudo o que dele se dissera quando o seu nome começou a ser falado. Exibiu uma tremenda mobilidade, uma capacidade técnica prodigiosa, e uma veia goleadora implacável. Teve momentos de verdadeira magia, só ao alcance dos grandes da história do desporto-rei. Jogou e fez jogar, e se me dissessem nesse dia que ele vinha para o Benfica, teria dificuldades em acreditar, imaginando-o de certo mais num Chelsea ou num Real Madrid.
Vi mais dois jogos de Freddy Adu, mas aí esteve longe, muito longe, do brilhantismo daquela primeira partida. Ficou-me então a suspeita de que talvez não se trate de um jogador muito regular, e que essa intermitência de rendimento possa ter sido a causa da sua dispensa pelo United - não sendo de desprezar a eventualidade de uma tão grande mediatização face à sua idade, o poder ter prejudicado, pese embora a versão oficial ter a ver com limites às datas de saída dos E.U.A.. Além disso, é ainda muito jovem e, talento à parte, tem tudo a aprender em termos de dinâmica colectiva de jogo, sobretudo num panorama - o europeu - substancialmente diferente daquele a que está habituado.
Mesmo que Adu não apresente um rendimento constante, certamente que nalguns momentos será capaz de fazer levantar o estádio - como fizeram em épocas diferentes jogadores como Poborsky ou Miccoli - pois talento é coisa que não lhe falta. Pessoalmente gosto menos de virtuosos intermitentes e mais de jogadores de mentalidade e dinâmica colectiva, cujo rendimento seja regular, e que apareçam sempre que a equipa precisa deles – como Simão -, mas para já há que acreditar que este jovem possa evoluir na Luz e, quem sabe, dentro de poucos anos, possa de lá sair por uma porta tão grande como aquela por que passou há poucos dias o ex-capitão.
Se o preço adiantado pela generalidade da comunicação social se confirmar (cerca de dois milhões de euros), e tomando em linha de conta o talento deste verdadeiro diamante por lapidar, poder-se-á dizer que se trata, à partida, de uma excelente aquisição. Se, como diz o povo, a esmola parecer grande demais, restar-nos-á esperar para o ver em acção na Luz, e então perceber como é que alguém que marca 4 golos num jogo do Mundial, e é comparado a Pelé desde os 14 anos, vem parar a Portugal a preço de saldo.
Para já, e pelo menos sob o ponto de vista comercial, este negócio parece uma boa aposta. Se Yu Dabao permite projecção na China, Adu levará a marca Benfica até ao poderoso mercado norte-americano. Este não é um aspecto a desprezar numa indústria cada vez mais mercantilizada e globalizada.
Entretanto, para o lado direito da defesa fala-se de Belletti, que seria, diga-se, uma excelente escolha. Trata-se de um jogador experiente, internacional canarinho, com muita qualidade técnica, e grande capacidade ofensiva. Uma indiscutível mais valia numa Liga como a nossa.
Tenho fortes dúvidas que o Barcelona o liberte. Nos próximos dias se saberá.
Sem comentários:
Enviar um comentário