SESSÃO DA NOITE
Com dois dias de competição já concluídos, pode-se dizer que a Copa América está a cumprir na plenitude a expectativa criada em seu redor.
Com quatro jogos realizados, a média de golos é de 3,5 por jogo, número que seguramente irá decrescer um pouco à medida que a competição for avançando, mas que não deixa de significar uma entrada em força das selecções que até agora pisaram os relvados venezuelanos. Além dos golos, os espectáculos têm sido de qualidade, quer pela forma aberta como têm sido disputados, quer pela classe de alguns dos intérpretes em campo.
Esta competição, pouco cuidada durante décadas – nem sequer tinha calendarização definida -, tem-se tornado ultimamente num interessante paliativo em anos de não-Mundial, designadamente desde que, em função dos estímulos de mercado originados pelo acórdão-Bosman, os grandes clubes europeus se encheram de jogadores de outras paragens, em grande parte, pelo seu reconhecido talento, oriundos da América do Sul.
Este ano a prova é ainda abrilhantada pela presença dos Estados Unidos (a par do México, convidado da confederação do norte e centro), o que, mais do que um incremento de competitividade, se reveste de inegável curiosidade política à luz do clima de tensão entre os dois países, dado que o presidente Hugo Chávez, confortavelmente sentado no alto das suas reservas petrolíferas, em momento algum se tem eximido de condenar com firmeza e persistência a política externa de George W.Bush, afugentando alguns dos interesses americanos em território Venezuelano, ainda que continuem paradoxalmente a ser eles os principais parceiros económicos do seu país. De resto, que melhor jogo de abertura poderia desejar Chávez que um encontro com a Bolívia de Evo Morales, seu principal aliado político na região. Mas isso são contas de outro rosário…
Para nós portugueses, interessa também sobremaneira aproveitar a oportunidade para conhecer um pouco mais acerca dos anunciados reforços para os principais clubes da nossa Liga (por exemplo Cardozo), ou para rever alguns dos que entretanto partiram para outras bandas (por exemplo Anderson).
Desportivamente releva para já a derrota do Brasil, cujas ausências de Kaká e Ronaldinho são difíceis de entender, e que num outro país sem a capacidade de encontrar alternativas que têm os brasileiros seriam suficientes para, por um lado enfraquecer irremediavelmente a equipa condenando-a ao fracasso, e por outro causar um grave problema institucional face ao seleccionador e aos poderes federativos. No Brasil, com todas as suas especificidades desportivas e culturais, talvez não aconteça uma coisa nem outra, e nada me admirava que o "Escrete" se viesse inclusivamente a sagrar campeão americano no próximo dia 15 de Julho.
À frente do Brasil na lista de favoritos talvez surja apenas a Argentina, essa sim na máxima força, com Messi, Crespo e companhia. Mas selecções como o Paraguai ou o próprio México podem perfeitamente surpreender.
Como óbice principal ao acompanhamento desta prova temos um horário de jogos muito complicado de seguir na Europa. Todavia, com as repetições em diferido no dia seguinte, que a Sport Tv sensatamente tem o cuidado de levar à antena, não há desculpa para ninguém.
Hoje temos o Brasil-México em diferido às 20.15, depois o Paraguai (atenção a Cardozo!)-Colombia às 23.30, e finalmente o Argentina-Estados Unidos à 1.50 da madrugada (mas nada de lamentos, repete amanhã à hora de jantar).
Com quatro jogos realizados, a média de golos é de 3,5 por jogo, número que seguramente irá decrescer um pouco à medida que a competição for avançando, mas que não deixa de significar uma entrada em força das selecções que até agora pisaram os relvados venezuelanos. Além dos golos, os espectáculos têm sido de qualidade, quer pela forma aberta como têm sido disputados, quer pela classe de alguns dos intérpretes em campo.
Esta competição, pouco cuidada durante décadas – nem sequer tinha calendarização definida -, tem-se tornado ultimamente num interessante paliativo em anos de não-Mundial, designadamente desde que, em função dos estímulos de mercado originados pelo acórdão-Bosman, os grandes clubes europeus se encheram de jogadores de outras paragens, em grande parte, pelo seu reconhecido talento, oriundos da América do Sul.
Este ano a prova é ainda abrilhantada pela presença dos Estados Unidos (a par do México, convidado da confederação do norte e centro), o que, mais do que um incremento de competitividade, se reveste de inegável curiosidade política à luz do clima de tensão entre os dois países, dado que o presidente Hugo Chávez, confortavelmente sentado no alto das suas reservas petrolíferas, em momento algum se tem eximido de condenar com firmeza e persistência a política externa de George W.Bush, afugentando alguns dos interesses americanos em território Venezuelano, ainda que continuem paradoxalmente a ser eles os principais parceiros económicos do seu país. De resto, que melhor jogo de abertura poderia desejar Chávez que um encontro com a Bolívia de Evo Morales, seu principal aliado político na região. Mas isso são contas de outro rosário…
Para nós portugueses, interessa também sobremaneira aproveitar a oportunidade para conhecer um pouco mais acerca dos anunciados reforços para os principais clubes da nossa Liga (por exemplo Cardozo), ou para rever alguns dos que entretanto partiram para outras bandas (por exemplo Anderson).
Desportivamente releva para já a derrota do Brasil, cujas ausências de Kaká e Ronaldinho são difíceis de entender, e que num outro país sem a capacidade de encontrar alternativas que têm os brasileiros seriam suficientes para, por um lado enfraquecer irremediavelmente a equipa condenando-a ao fracasso, e por outro causar um grave problema institucional face ao seleccionador e aos poderes federativos. No Brasil, com todas as suas especificidades desportivas e culturais, talvez não aconteça uma coisa nem outra, e nada me admirava que o "Escrete" se viesse inclusivamente a sagrar campeão americano no próximo dia 15 de Julho.
À frente do Brasil na lista de favoritos talvez surja apenas a Argentina, essa sim na máxima força, com Messi, Crespo e companhia. Mas selecções como o Paraguai ou o próprio México podem perfeitamente surpreender.
Como óbice principal ao acompanhamento desta prova temos um horário de jogos muito complicado de seguir na Europa. Todavia, com as repetições em diferido no dia seguinte, que a Sport Tv sensatamente tem o cuidado de levar à antena, não há desculpa para ninguém.
Hoje temos o Brasil-México em diferido às 20.15, depois o Paraguai (atenção a Cardozo!)-Colombia às 23.30, e finalmente o Argentina-Estados Unidos à 1.50 da madrugada (mas nada de lamentos, repete amanhã à hora de jantar).
Sem comentários:
Enviar um comentário