CHELSEA KO(P)
A maldição de Benitez e do Liverpool voltou a cair sobre a cabeça de José Mourinho e do seu Chelsea na noite de ontem em Anfield Road. Depois de há dois anos se ter visto afastado da final da Champions League pela equipa da cidade dos Beatles, a história voltou a repetir-se, desta vez de forma ainda mais dramática pois apenas no desempate por grandes penalidades se conseguiu encontrar o vencedor.
Ao contrário do que o técnico português declarou no final da partida, a vitória do Liverpool foi justíssima e até poderia ter acontecido bem antes, quer nas oportunidades desperdiçadas ao longo dos noventa minutos (em maior número e perigosidade que as dos “blues”), quer sobretudo quando o árbitro assistente invalidou mal um golo a Kuiyt já na primeira parte do prolongamento.
O Chelsea foi neste jogo, à imagem do que tem acontecido nas últimas semanas, uma equipa sem alma, arrastada e previsível. Com um Essien deslocalizado, um Makelelé acabado, um Lampard cansado, um Mikel ainda verde e um Joe Cole intermitente, falta ao meio campo do Chelsea a fluidez das épocas anteriores.
Se o azul Chelsea pareceu tão aburguesado como o selecto bairro londrino de onde é originário, o vermelho Liverpool não deixou ficar nada mal a tradição operária da sua região, vencendo nessa “luta de classes” como se de um desígnio histórico se tratasse, qual materialismo marxista.
Irregular na Premier League, a esquadra de Benitez apareceu uma vez mais em grande nas provas internacionais, fazendo jus ao seu impressionante historial na principal competição de clubes do mundo – cinco títulos em outras tantas finais, ao contrário do Chelsea que nunca disputou sequer qualquer final.
Impulsionado pelo indescritível ambiente emanado pelo célebre “Kop” – como é deslumbrante o espectáculo nas bancadas de Anfield…-, o Liverpool, não sendo uma equipa de grandes estrelas, é todavia um conjunto extremamente organizado, forte, lutador e capaz de empolgar pela velocidade que coloca nas suas acções de jogo.
É claro que a equipa de Mourinho podia ter passado à final – os penáltis são aquilo que se sabe – mas então sim, seria lícito falar em injustiça.
Ao contrário do que o técnico português declarou no final da partida, a vitória do Liverpool foi justíssima e até poderia ter acontecido bem antes, quer nas oportunidades desperdiçadas ao longo dos noventa minutos (em maior número e perigosidade que as dos “blues”), quer sobretudo quando o árbitro assistente invalidou mal um golo a Kuiyt já na primeira parte do prolongamento.
O Chelsea foi neste jogo, à imagem do que tem acontecido nas últimas semanas, uma equipa sem alma, arrastada e previsível. Com um Essien deslocalizado, um Makelelé acabado, um Lampard cansado, um Mikel ainda verde e um Joe Cole intermitente, falta ao meio campo do Chelsea a fluidez das épocas anteriores.
Se o azul Chelsea pareceu tão aburguesado como o selecto bairro londrino de onde é originário, o vermelho Liverpool não deixou ficar nada mal a tradição operária da sua região, vencendo nessa “luta de classes” como se de um desígnio histórico se tratasse, qual materialismo marxista.
Irregular na Premier League, a esquadra de Benitez apareceu uma vez mais em grande nas provas internacionais, fazendo jus ao seu impressionante historial na principal competição de clubes do mundo – cinco títulos em outras tantas finais, ao contrário do Chelsea que nunca disputou sequer qualquer final.
Impulsionado pelo indescritível ambiente emanado pelo célebre “Kop” – como é deslumbrante o espectáculo nas bancadas de Anfield…-, o Liverpool, não sendo uma equipa de grandes estrelas, é todavia um conjunto extremamente organizado, forte, lutador e capaz de empolgar pela velocidade que coloca nas suas acções de jogo.
É claro que a equipa de Mourinho podia ter passado à final – os penáltis são aquilo que se sabe – mas então sim, seria lícito falar em injustiça.
Devo dizer que nunca me deu especial prazer ver jogar a equipa de Mourinho. Embora lhe reconhecesse todas as virtudes que fizeram dela bi-campeã inglesa, raramente praticou um futebol que me seduzisse particularmente, assemelhando-se antes a uma fria e combativa máquina de guerra preparada única e exclusivamente para a conquista de pontos. Ao perder alguma da sua força (má forma de Lampard, queda de Makelelé, recuo de Essien), não dispondo de arte ou capacidade de improvisação que fizesse a diferença, pouco resta aos blues, que se vêm agora na eminência de uma frustrante temporada para a qual uma eventual vitória na Taça de Inglaterra não será mais que um pequeno paliativo. O Liverpool pelo contrário, tem a possibilidade de discutir novo título europeu apenas dois anos depois de o ter vencido pela última vez na fantástica final de Istambul.
Hoje mais espectáculo, com o Milan de Kaká e o Manchester United de Cristiano Ronaldo em busca da outra vaga para Atenas. Não deixaria de ser curioso ver na final duas equipas eliminadas pelo Benfica na edição anterior da prova…
Hoje mais espectáculo, com o Milan de Kaká e o Manchester United de Cristiano Ronaldo em busca da outra vaga para Atenas. Não deixaria de ser curioso ver na final duas equipas eliminadas pelo Benfica na edição anterior da prova…
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