TALUDA DE NATAL
Quem não tenha assistido ao jogo de ontem e apenas saiba o seu resultado final irá seguramente pensar que se tratou de uma vitória fácil e inequívoca do Benfica. Nada mais errado.
De facto, durante muitos períodos da partida, os azuis de Belém comandaram as operações, criaram lances de perigo e proporcionaram a Quim uma das suas melhores exibições da temporada. O Benfica pelo contrário teve toda a sorte do jogo pelo seu lado, marcando golos em quase todas as situações de perigo que criou, e em momentos determinantes da partida, destruindo de forma cruel e a roçar o cinismo, todas as reacções que um estupendo Belenenses parecia inesgotavelmente ser capaz de propor ao jogo.
Foi um grande espectáculo de futebol, talvez o melhor na Luz esta época para competições nacionais. Para isso contribuiu fundamentalmente a atitude dos pupilos de Jorge Jesus, que nunca se remeteram a uma postura de expectativa, assumindo desde cedo que queriam marcar e ganhar. Foram infelizes, mas deixaram sinais muito positivos face à segunda volta que se avizinha.
A exibição do Benfica valeu sobretudo, como se percebe, pela eficácia concretizadora. Nuno Assis e Simão foram as unidades de rendimento mais constante ao longo dos noventa minutos, mas o homem da partida foi inegavelmente o guarda-redes Quim, que numa noite inspiradíssima foi negando, uma, duas, três…cinco vezes, o golo que poderia ter alterado o rumo dos acontecimentos. Nota de destaque também para o mexicano Kikin Fonseca, finalmente reconciliado com os golos, para gáudio de uma plateia na qual tem despertado grande empatia.
O Benfica conseguiu assim cumprir aquilo que se exigia, ou seja manter-se a uma distância que lhe permite ainda sonhar com o título, e continuar a depender apenas de si próprio para alcançar o apuramento directo para a Champions League do próximo ano. Em suma, um Natal tranquilo.
Bruno Paixão teve de tomar algumas decisões difíceis. No lance mais polémico da partida parece-me ter ajuizado bem, pois Gaspar acaba por, de forma pensada ou não, amortecer a bola com o braço. Há contudo também um lance em que Luisão agarra um adversário na área, que devia ter sido sancionado. O árbitro setubalense tem também um estilo que em nada me agrada, pois apita constantemente, interrompendo a partida a qualquer lance mais ríspido, e essa é uma forma de estar que não beneficia os espectáculos.
Pontuações: Quim 5, Nelson 3, Luisão 3, R.Rocha 3, Léo 3, Katsouranis 3, Karagounis 3, Nuno Assis 4, Simão 4, Fonseca 4, Nuno Gomes 3, Manu 3, Beto 3 e João Coimbra 3.
Melhor em campo: claramente Quim.
De facto, durante muitos períodos da partida, os azuis de Belém comandaram as operações, criaram lances de perigo e proporcionaram a Quim uma das suas melhores exibições da temporada. O Benfica pelo contrário teve toda a sorte do jogo pelo seu lado, marcando golos em quase todas as situações de perigo que criou, e em momentos determinantes da partida, destruindo de forma cruel e a roçar o cinismo, todas as reacções que um estupendo Belenenses parecia inesgotavelmente ser capaz de propor ao jogo.
Foi um grande espectáculo de futebol, talvez o melhor na Luz esta época para competições nacionais. Para isso contribuiu fundamentalmente a atitude dos pupilos de Jorge Jesus, que nunca se remeteram a uma postura de expectativa, assumindo desde cedo que queriam marcar e ganhar. Foram infelizes, mas deixaram sinais muito positivos face à segunda volta que se avizinha.
A exibição do Benfica valeu sobretudo, como se percebe, pela eficácia concretizadora. Nuno Assis e Simão foram as unidades de rendimento mais constante ao longo dos noventa minutos, mas o homem da partida foi inegavelmente o guarda-redes Quim, que numa noite inspiradíssima foi negando, uma, duas, três…cinco vezes, o golo que poderia ter alterado o rumo dos acontecimentos. Nota de destaque também para o mexicano Kikin Fonseca, finalmente reconciliado com os golos, para gáudio de uma plateia na qual tem despertado grande empatia.
O Benfica conseguiu assim cumprir aquilo que se exigia, ou seja manter-se a uma distância que lhe permite ainda sonhar com o título, e continuar a depender apenas de si próprio para alcançar o apuramento directo para a Champions League do próximo ano. Em suma, um Natal tranquilo.
Bruno Paixão teve de tomar algumas decisões difíceis. No lance mais polémico da partida parece-me ter ajuizado bem, pois Gaspar acaba por, de forma pensada ou não, amortecer a bola com o braço. Há contudo também um lance em que Luisão agarra um adversário na área, que devia ter sido sancionado. O árbitro setubalense tem também um estilo que em nada me agrada, pois apita constantemente, interrompendo a partida a qualquer lance mais ríspido, e essa é uma forma de estar que não beneficia os espectáculos.
Pontuações: Quim 5, Nelson 3, Luisão 3, R.Rocha 3, Léo 3, Katsouranis 3, Karagounis 3, Nuno Assis 4, Simão 4, Fonseca 4, Nuno Gomes 3, Manu 3, Beto 3 e João Coimbra 3.
Melhor em campo: claramente Quim.
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