CINCO RAZÕES PARA A ELIMINAÇÃO DO BRASIL

1-Parreira procurou desenhar um modelo de jogo que aglutinasse todas as principais estrelas de que o Brasil dispunha. É fácil dizer isto agora, mas a verdade é que se tratou de um erro. Ronaldinho e Kaká talvez não pudessem jogar juntos, Ronaldo e Adriano talvez nem tivessem lugar no onze, Emerson, Cafú e Roberto Carlos também. O “Quadrado Mágico” não passou de uma forma de juntar todos os principais jogadores no onze, e nunca foi uma solução colectiva. Enquanto todas as equipas presentes, mormente as europeias, sobrepuseram o colectivo ao sacrifício de algumas individualidades, o Brasil fez o oposto, esperando que rasgos individuais o pudessem conduzir ao título.

2-Ronaldinho Gaúcho, o melhor jogador do mundo, passou ao lado deste Mundial. A cada jogo que passava surgia a esperança de que o astro finalmente aparecesse, mas a verdade é que, amarrado a um esquema que não o favorecia, nunca se assumiu como a verdadeira e grande estrela do escrete. Também Kaká, depois de muito prometer, acabou por se diluir.

3-Os laterais Cafú e Roberto Carlos apresentaram-se já próximo do fim do seu prazo de validade. Outrora capazes de assegurar a despesa dos dois corredores – nomeadamente quando contavam com três defesas centrais a protegerem-lhes as costas -, os dois veteranos, não só não deram nenhuma profundidade ofensiva à equipa, como muitas vezes não conseguiram cobrir devidamente os seus flancos (o que aliás já acontecia frequentemente com Roberto Carlos, mesmo nos seus melhores tempos). Perdoem-me puxar a brasa à sardinha do meu clube, mas não se entende porque é que Léo ficou em Lisboa....

4-Emerson apareceu no mundial completamente fora de forma, e Gilberto Silva, quando o substituiu, também não trouxe grandes melhoras à equipa.

5-É impressionante como metade da equipa brasileira mostrou quase sempre total passividade face ao processo defensivo. Já não se joga futebol assim. Ronaldo, Adriano, Ronaldinho, Kaká, e um dos laterais ficavam constantemente parados quando perdiam a bola no meio campo contrário, deixando o esforçado Zé Roberto (dos poucos que se salvou) a fazer todo o trabalho de pressão e compensação.

O Brasil não deixou de ter o melhor grupo de jogadores do mundo (embora, diga-se, muito concentrados nas posições de ataque), mas Parreira não foi capaz de formar uma equipa. O modelo de jogo brasileiro não foi mais do que tentar somar as suas individualidades, e esperar que a sua magia resolvesse os jogos, o que foi acontecendo até encontrar um adversário mais forte e organizado.
Dida esteve bem, tal como os centrais (que era curiosamente o ponto apontado como mais frágil deste Brasil). Robinho sempre que entrou, mexeu com a equipa. Fred esteve dez minutos em campo e marcou um golo, desaparecendo misteriosamente da equipa. Mas o melhor elemento do Brasil foi quase sempre Zé Roberto, que de modo algum merecia ser eliminado.

3 comentários:

Anónimo disse...

CONCORDO COM TUDO O QUE DISSESTE E NA MINHA OPINIÃO CICINHO,ROBINHO E FRED DEVERIAM TER SIDO TITULARES,AINDA BEM QUE NÃO FORAM ........VIVA PORTUGAL

Anónimo disse...

Your are Nice. And so is your site! Maybe you need some more pictures. Will return in the near future.
»

Anónimo disse...

I'm impressed with your site, very nice graphics!
»