NENHUM COELHO NA ÚLTIMA CARTOLA

Caiu o pano sobre mais uma edição da Liga Portuguesa, sem que o desfecho daquilo que ainda havia em jogo trouxesse alguma substancial surpresa. Talvez apenas a descida de divisão do histórico Belenenses - que se juntou à já esperada hecatombe vimaranense - tenha suscitado alguma perplexidade, sobretudo por, há poucas semanas atrás, quase ter deixado a sensação de ter a sua situação na tabela resolvida. Todavia, se atendermos à circunstância de os jogadores do clube da Cruz de Cristo terem, ao que se diz, alguns meses de salários em atraso, verificamos que a sua descida tem afinal muito pouco de inesperado.
Na luta pelo segundo lugar o Sporting carimbou, sem surpresa, a sua entrada na Liga dos Campeões, triunfando tranquilamente sobre um Sporting de Braga já sem objectivos na classificação e com o treinador (incompreensivelmente) de saída. Os leões nem precisavam de ter ganho pois o Benfica deixou escapar, por baixo dos braços de Moretto, os três pontos na sua deslocação à Mata Real, saindo deste campeonato do mesmo decepcionante modo como nele entrou. A exibição da equipa encarnada em Paços de Ferreira, sem alma, sem ambição, sem classe, e com a maioria dos jogadores desejando ardentemente as férias, não merecia outra coisa que não uma derrota, que até poderia ter sido mais expressiva. O campeão F.C.Porto cumpriu calendário frente a um também decepcionante Boavista, que com um dos treinadores “da moda” (tal como Vítor Pontes e José Couceiro, também Carlos Brito se revelou uma enorme desilusão), acabou por ficar fora das competições europeias
Fica assim enterrado este campeonato, que não deixa grandes saudades dado o mau futebol generalizadamente praticado, o parco número de golos marcados, e no qual dois terços das equipas lutaram quase sempre apenas para não descer de divisão.
Nos próximos dias o VEDETA DA BOLA fará um balanço final desta competição.

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