Depois ler os textos do camelo, LERDO LUIS, um texto com 14 ANOS CONTINUA ACTUAL.
“O editorial de Vítor Serpa n'A Bola' 9 de Novembro 2010, último exemplar por mim adquirido, assume a natureza de epitáfio. 'A Bola' morreu – já estava moribunda há muito – , porque a prostituição a que se entregou alienou finalmente uma parte fundamental do público que lhe garante o ganha-pão; morreu porque traiu todos os ideais, a memória colectiva do seu passado e deixou, efectivamente, de ser o jornal que foi. Um epitáfio que envergonha de forma canalha a memória do que foi a enterrar.
Já apelei a que se deixasse de sustentar a maioria da carneirada do jornalismo desportivo, hipócritas do jornal da lagartagem, o Pasquim (Record) e os capangas dos andrades d'O Jogo. Não faz sentido sustentar quem nos ofende. Comprava 'A Bola' por respeito à sua história de dignidade e reconhecer-lhe, aqui e ali, laivos de salutar independência que não vislumbrava nos outros, apesar do crescente anti-benfiquismo (evidente nas colunas de esbirros andrades, lagartos), da linha editorial ditada por rafeiros da estirpe do Carlos Pereira Santos, com o beneplácito de hipócritas de estômago farto como Vítor Serpa (digo-o com propriedade: vi-o a encher o bandulho com abandono em Galas do SLB, apesar de disputar a data histórica subjacente à existência das referidas Galas).
O take over absoluto d'A Bola' pela asquerosa facção anti-SLB atingiu limites pornográficos, reminiscentes de regimes históricos semelhantes ao que vigora nos andrades, particularmente evidente pelos mais frequentes e menos discretos gestos de vassalagem aos criminosos que amordaçam o futebol português.
A promoção sistemática e desavergonhada dos activos de andrades e lagartos, a lavagem pública e a relativização de arbitragens vergonhosas, os ataques crescentes e as ofensas ao SLB e seus responsáveis por parte de gente com responsabilidades editoriais, a velhacaria de colunas e colunas de propagação da mensagem anti-SLB sob o manto de artigos de opinião de adeptos de clubes com práticas reconhecidamente criminosas e clubes seus lacaios, mostram que 'A Bola' de hoje envergonha 'A Bola' do passado, não passa do outro veículo de propaganda de laivos goebbelsianos à máquina que controla o futebol.
'A Bola' de hoje mais não é do que o espelho do que este país se tornou: um paraíso da impunidade, da hipocrisia e da corrupção (moral e económica), onde as mais aviltantes afrontas à verdade e à decência passaram a ser encaradas com normalidade. Um país onde o conformismo vai corroendo a indignação, um país onde já se acha que ‘as coisas já são assim há muito tempo, não há nada a fazer’, um país onde se aceita com a normalidade gerada pela repetição impune, que cretinos e capangas de gente sem vergonha promovam o ódio, a divisão e cantem ‘SLB SLB SLB fdp SLB’ pelos estádios fora.
Argumenta-se que sim, 'A Bola' apenas reflecte o esgoto falido onde está inserida, mas durante muito tempo lutou e quis ser melhor do que isso. O funeral a que agora se assiste assume a forma do sopro final e a falência moral de um jornal desportivo. É uma parte emblemática da minha memória afectiva que morre de forma pouco digna.
Quanto aos responsáveis d’A Bola', cheira-me que fizeram mal as contas. As contrapartidas pelo canalha acto de vassalagem não vão compensar a pancada onde lhes dói mais. Depois não se esqueçam de ir pedir um tacho ao Mestre Pinto. Pode ser que precise de vendedores de fruta ou de porteiros para as casas de alterne. (Em “Tertúlia Benfiquista”). WE HAVE IT ALL.
1 comentário:
A GUERRA DOS 40 ANOS. (33). “A BOLA” RIP
Depois ler os textos do camelo, LERDO LUIS, um texto com 14 ANOS CONTINUA ACTUAL.
“O editorial de Vítor Serpa n'A Bola' 9 de Novembro 2010, último exemplar por mim adquirido, assume a natureza de epitáfio.
'A Bola' morreu – já estava moribunda há muito – , porque a prostituição a que se entregou alienou finalmente uma parte fundamental do público que lhe garante o ganha-pão; morreu porque traiu todos os ideais, a memória colectiva do seu passado e deixou, efectivamente, de ser o jornal que foi. Um epitáfio que envergonha de forma canalha a memória do que foi a enterrar.
Já apelei a que se deixasse de sustentar a maioria da carneirada do jornalismo desportivo, hipócritas do jornal da lagartagem, o Pasquim (Record) e os capangas dos andrades d'O Jogo. Não faz sentido sustentar quem nos ofende.
Comprava 'A Bola' por respeito à sua história de dignidade e reconhecer-lhe, aqui e ali, laivos de salutar independência que não vislumbrava nos outros, apesar do crescente anti-benfiquismo (evidente nas colunas de esbirros andrades, lagartos), da linha editorial ditada por rafeiros da estirpe do Carlos Pereira Santos, com o beneplácito de hipócritas de estômago farto como Vítor Serpa (digo-o com propriedade: vi-o a encher o bandulho com abandono em Galas do SLB, apesar de disputar a data histórica subjacente à existência das referidas Galas).
O take over absoluto d'A Bola' pela asquerosa facção anti-SLB atingiu limites pornográficos, reminiscentes de regimes históricos semelhantes ao que vigora nos andrades, particularmente evidente pelos mais frequentes e menos discretos gestos de vassalagem aos criminosos que amordaçam o futebol português.
A promoção sistemática e desavergonhada dos activos de andrades e lagartos, a lavagem pública e a relativização de arbitragens vergonhosas, os ataques crescentes e as ofensas ao SLB e seus responsáveis por parte de gente com responsabilidades editoriais, a velhacaria de colunas e colunas de propagação da mensagem anti-SLB sob o manto de artigos de opinião de adeptos de clubes com práticas reconhecidamente criminosas e clubes seus lacaios, mostram que 'A Bola' de hoje envergonha 'A Bola' do passado, não passa do outro veículo de propaganda de laivos goebbelsianos à máquina que controla o futebol.
'A Bola' de hoje mais não é do que o espelho do que este país se tornou: um paraíso da impunidade, da hipocrisia e da corrupção (moral e económica), onde as mais aviltantes afrontas à verdade e à decência passaram a ser encaradas com normalidade.
Um país onde o conformismo vai corroendo a indignação, um país onde já se acha que ‘as coisas já são assim há muito tempo, não há nada a fazer’, um país onde se aceita com a normalidade gerada pela repetição impune, que cretinos e capangas de gente sem vergonha promovam o ódio, a divisão e cantem ‘SLB SLB SLB fdp SLB’ pelos estádios fora.
Argumenta-se que sim, 'A Bola' apenas reflecte o esgoto falido onde está inserida, mas durante muito tempo lutou e quis ser melhor do que isso. O funeral a que agora se assiste assume a forma do sopro final e a falência moral de um jornal desportivo.
É uma parte emblemática da minha memória afectiva que morre de forma pouco digna.
Quanto aos responsáveis d’A Bola', cheira-me que fizeram mal as contas. As contrapartidas pelo canalha acto de vassalagem não vão compensar a pancada onde lhes dói mais. Depois não se esqueçam de ir pedir um tacho ao Mestre Pinto. Pode ser que precise de vendedores de fruta ou de porteiros para as casas de alterne. (Em “Tertúlia Benfiquista”).
WE HAVE IT ALL.
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