EUROMILHÕES PARA ALVALADE
Ultrapassar uma eliminatória europeia com um auto-golo ao minuto 94 assemelha-se a conquistar o Euromilhões com um boletim encontrado no chão. Foi mais ou menos isso que o Sporting conseguiu na Holanda: encontrar a sorte, não sabe ainda muito bem como.
Sofrendo um golo logo na alvorada do jogo, os leões nunca mais se encontraram. Não pressionaram, não criaram perigo, entregaram-se a um adversário, também ele demasiado passivo, e confiante na magra vantagem alcançada. O relógio foi avançando sem que se vislumbrassem alterações na toada do jogo. Havia intensidade, alguma velocidade, mas total desacerto de parte a parte – sobretudo do Sporting, que estava em desvantagem e tinha de fazer pela sua vida.
Devo dizer que até à entrada do último quarto de hora acreditei que, num ressalto, num lance individual de Liedson, o Sporting acabasse por marcar, pois a equipa holandesa defendia com o seu bloco muito baixo, e os seus centrais não davam garantias de grande segurança. É óbvio que aos 94 minutos (é muito raro um árbitro dar tanto tempo de compensação das provas internacionais), em clima de descrença, e com a bola já a jogar-se predominantemente no meio terreno leonino, não passaria pela cabeça de ninguém (exceptuando talvez Rui Patrício) que o Sporting conseguisse aquilo que nem sequer tinha ameaçado conseguir em outros 183 minutos de futebol. Conseguiu-o, de forma fortuita mas suficiente para alcançar o seu objectivo. O futebol é assim, por isso cativa multidões.
Saudando o apuramento de uma equipa portuguesa, não deixo no entanto de temer (falo no plano nacional) que este resultado, da forma como foi obtido, acabe por significar para o Sporting aquilo que a vitória em Kiev – obtido em idênticas circunstâncias, num momento em que Jesualdo Ferreira tinha o lugar preso por um fio (sim, há menos de um ano isso acontecia!) - significou para o F.C.Porto no ano passado. Bem sei que a força das duas equipas não é sequer comparável, mas o futebol e as suas dinâmicas fazem-se muitas vezes destes momentos de profunda sorte ou profundo azar. Para já, o Sporting (mesmo continuando sem ganhar jogos) sacudiu a crise, e vai encarar o campeonato com muito mais confiança, ao passo que sem aquele golpe de fortuna, a instabilidade total habitaria neste momento em Alvalade.
Destaque para Rui Patrício, não só pelo lance do golo, mas sobretudo pela segurança que transmitiu à equipa nos dois jogos – já em Alvalade havia salvo o Sporting da derrota, num jogo em que a arbitragem teve, não o esqueçamos, influencia decisiva.
Sofrendo um golo logo na alvorada do jogo, os leões nunca mais se encontraram. Não pressionaram, não criaram perigo, entregaram-se a um adversário, também ele demasiado passivo, e confiante na magra vantagem alcançada. O relógio foi avançando sem que se vislumbrassem alterações na toada do jogo. Havia intensidade, alguma velocidade, mas total desacerto de parte a parte – sobretudo do Sporting, que estava em desvantagem e tinha de fazer pela sua vida.
Devo dizer que até à entrada do último quarto de hora acreditei que, num ressalto, num lance individual de Liedson, o Sporting acabasse por marcar, pois a equipa holandesa defendia com o seu bloco muito baixo, e os seus centrais não davam garantias de grande segurança. É óbvio que aos 94 minutos (é muito raro um árbitro dar tanto tempo de compensação das provas internacionais), em clima de descrença, e com a bola já a jogar-se predominantemente no meio terreno leonino, não passaria pela cabeça de ninguém (exceptuando talvez Rui Patrício) que o Sporting conseguisse aquilo que nem sequer tinha ameaçado conseguir em outros 183 minutos de futebol. Conseguiu-o, de forma fortuita mas suficiente para alcançar o seu objectivo. O futebol é assim, por isso cativa multidões.
Saudando o apuramento de uma equipa portuguesa, não deixo no entanto de temer (falo no plano nacional) que este resultado, da forma como foi obtido, acabe por significar para o Sporting aquilo que a vitória em Kiev – obtido em idênticas circunstâncias, num momento em que Jesualdo Ferreira tinha o lugar preso por um fio (sim, há menos de um ano isso acontecia!) - significou para o F.C.Porto no ano passado. Bem sei que a força das duas equipas não é sequer comparável, mas o futebol e as suas dinâmicas fazem-se muitas vezes destes momentos de profunda sorte ou profundo azar. Para já, o Sporting (mesmo continuando sem ganhar jogos) sacudiu a crise, e vai encarar o campeonato com muito mais confiança, ao passo que sem aquele golpe de fortuna, a instabilidade total habitaria neste momento em Alvalade.
Destaque para Rui Patrício, não só pelo lance do golo, mas sobretudo pela segurança que transmitiu à equipa nos dois jogos – já em Alvalade havia salvo o Sporting da derrota, num jogo em que a arbitragem teve, não o esqueçamos, influencia decisiva.
3 comentários:
A derrota teria tido um efeito muito desmotivante, certamente.
O empate e consequente qualificação para o playoff atenuam a crise. Mas não a afastam.
Tendo visto o jogo rodeado de amigos sportinguistas (e belenenses), foi notória a descrença e o desagrado com o deserto de ideias e o desnorte da equipa leonina.
Paulo Bento apenas afastou, pelo menos temporariamente, o desagrado. Mas não ganhou crédito. Os sportinguistas sabem que a passagem ao playoff deveu-se, exclusivamente, à sorte.
Confesso que desejo-lhes, muito sinceramente, as melhoras. Um Sporting como o de ontem não é bom para ninguém, nem para os adversários. Por mim, continuarei a respeitar este nosso adversário.
INCRÍVEL! Toda a gente viu o autogolo (não haverá falta do rui patricio?), toda a gente o referiu, vem em todos os jornais, rádios e televisões, á excepção do RecoReco, qual aldeia gaulesa resistente aos romanos, que atribui o golo, caído do céu, tipo euromilhões, ao guarda redes e herói rui patrício! Seria cómico se não fosse patético … E ainda há adeptos não lagartos que compram este RecoReco!
Sinceramente esta sorte, vaca sei lá nunca vi em nenhuma equipa portuguesa.
É a 2ª vez que se apuram por obra do acaso e neste caso em 180 minutos criarem 1 oportunidade de golo (1 penalti).
O mais engraçado é a imprensa faladesta miseravel exibição.
Lembro-me de há 2 anos passamos o Nuremberga no mesmo estilo (mas golos claros 1 de Cardozo outro do Di Maria não auto-golos) e falarem da exibição miseravel que fizemos agora foi raça e vontade de vencer, o costume
Enviar um comentário