"O futebol não é uma questão de vida ou de morte. É muito mais do que isso !" BILL SHANKLY
PONTO FINAL
O ONZE POSSÍVEL
SEM HESITAR
Ora o presidente do Benfica tem de pensar de outra forma. O dinheiro não devia ser quase tudo, mas é. Devia haver paz no mundo, mas não há. As coisas são o que são, e não o que gostaríamos que fossem.
Serve este preâmbulo para falar das eventuais transferências de Tomás Araújo e Marcos Leonardo, dois jovens talentosos, em que o Benfica aposta(va). Eu preferia que ficassem. Mas, à excepção da dignidade, tudo tem um preço. E recusar 40 milhões de euros por um suplente, ou um recém titular, parece-me absurdo.
Marcos Leonardo custou 18M. Tomás Araújo custou 0M. Se cada um deles for vendido por 40M, o Benfica realizará 62M de mais-valias. E isso, grosso modo, dá para, como diria Vasco Santana na "Canção de Lisboa", contratar quatro macacos a quinze macacos cada um - ou seja, quatro bons titulares para a equipa.
O brasileiro tem estado no banco. Araújo só agora se está a afirmar, mas, para o eixo da defesa há António, Morato, o capitão Otamendi, e ainda dois promissores jovens de equipa B (Gustavo e Bajrami).
40+40 e nem hesitava. Mas isso sou eu, que desconfio ser impossível pagar salários com amendoins. Os que, sabiamente, acham que é, vão colocar tarjas a dizer aos dirigentes para vender as suas mães.
ATÉ SEMPRE, MISTER!
SINAIS DE ALERTA
MAIS DO MESMO
QUEM É O PRÓXIMO?
NERES
Sem ver os treinos, sem estar no balneário, não poderei ter uma opinião definitiva sobre a venda de Neres. Sobram três factos: é vendido por quase o dobro do que custou, é um excelente jogador, que pode vir a fazer falta, e mesmo com 30 milhões é difícil comprar alguém que dê as mesmas garantias.
O melhor Benfica de Schmidt foi sempre com Neres (e, já agora, com Enzo, e
com Grimaldo, e com Rafa, e com Ramos...). Percebe-se que a renovação de Di
Maria lhe retire espaço (e D Maria, não duvidemos, é melhor, ainda é melhor). Não se sabe, eu
não sei, qual a atitude do jogador internamente perante a eventualidade de
começar grande parte das partidas no banco.
A minha regra é: vender os jogadores cujo valor de mercado é superior ao
peso desportivo (e no futebol português, acima de 50 milhões, isso é verdade
para todos), e manter aqueles que, pela idade, pela discrição, ou por qualquer
outro motivo, não valem tanto lá fora como cá dentro. Rafa era um bom exemplo,
como o foi Luisão ao longo de grande parte da carreira. Temo que Neres encaixe
neste lote.
E OS OUTROS?
É verdade que saíram João Neves, Rafa e Neres. Mas... e nos outros?
O quadro acima, mesmo sem Jorges Sanchezs ou Wendelles das Silvas, mostra saídas importantes nos dois rivais. No caso do Sporting duas entradas ainda à espera de avaliação. No caso do FC Porto, com 500 milhões de dívida, nicles.
É importante salientar que ambos ficaram sem os seus capitães e principais referências da defesa, ambos perderam pontas-de-lança e, no caso do FC Porto, os melhores goleadores das últimas temporadas.
Até dia 2 de Setembro é vindima. Diogo Costa, Galeno, Francisco Conceição, Gonçalo Inácio, Morita, Edwards e Gyokeres, são nomes que o mercado pode chamar. E pelos milhões certos, ninguém dirá que não.
O ONZE PARA O MOMENTO
ERA PRECISO MEXER TANTO?
Vlachodimos / Leite
Gilberto
Grimaldo / Ristic
Enzo / Neves / Chiquinho
Neres / D.Gonçalves / J. Mário?
Rafa / Guedes
Ramos / Musa / Araújo
Campeões 2022-23
JOÃO MÁRIO, PERDOA-LHES
SEM CONVENCER
PREOCUPADO
NEGRO, COMO O EQUIPAMENTO
TRISTE
Viktoriya Borshchenko era a melhor jogadora da equipa de andebol feminino, e a melhor que vi jogar com a camisola do Benfica - que, diga-se, é Tri-Campeão nacional.
A notícia da sua doença, e consequente abandono da prática desportiva, entristece-me profundamente.
Desejo uma boa e rápida recuperação, e aplaudo a ajuda que o Benfica lhe está a dar - esperando que continue a dar-lhe tudo e enquanto ela precisar.
O PONTO DA SITUAÇÃO
ATÉ UM DIA DESTES, MIÚDO!
Conquistou o título com o Benfica, foi a dois quartos-de-final da UEFA (um deles na Champions), estreou-se na Selecção Nacional e esteve no Euro 2024. Uns dirão que o momento certo era daqui a um ano, outros que podia ter sido antes do Euro (em que não foi titular). Mas o momento certo é aquele que o mercado determina. E por vezes o comboio não passa duas vezes.
O Benfica não pode obrigar nenhum clube a pagar mais, ou a comprar o jogador noutro momento. E a verdade é que precisa do dinheiro, não podendo obtê-lo com jogadores que ninguém quer.
João Neves era o mais valioso do plantel, e como tal aquele que compensava vender - como, a seu tempo, Renato Sanches, depois João Félix, Darwin e Gonçalo Ramos.
É triste que o Benfica tenha de vender, ano após ano, o seu maior craque. A culpa é de uma liga portuguesa que não gera receitas capazes de assegurar a estabilidade financeira por outras vias.