SAMBA DE UMA NOTA SÓ

Enquanto no Canadá o Mundial sub 20 dá os primeiros pontapés, na Venezuela a Copa América começa a entrar na fase das decisões.
Quando está a finalizar a segunda ronda da fase de grupos, o México garantiu já o passaporte para os quartos-de-final (à custa de um extremamente infeliz Equador), e a anfitriã Venezuela posicionou-se muito bem face ao mesmo desiderato. O Brasil por seu turno, depois da derrota inicial, recompôs ontem as suas aspirações ao bater claramente o Chile por 3-0.
Um resultado tão amplo poderia muito bem significar um domínio completo e uma exibição de alto nível. Não foi isso que se passou. O “Escrete” viveu quase exclusivamente da inspiração de Robinho – a mais cintilante estrela da equipa de Dunga nesta competição -, e só perto do final da partida logrou os segundo e terceiro golos que lhe permitiram a tranquilidade que até ai o Chile lhe havia negado. Pelo que se viu até agora de Argentina, México e Paraguai, os brasileiros terão de fazer muito mais se pretenderem conquistar o título. Além de jogadores em manifesta má forma na frente- como Vagner Love, Diego ou Anderson - a equipa brasileira apresenta também algumas carências em termos defensivos, bem evidenciadas num lance em que Suazo brincou autenticamente com a linha recuada canarinha, acabando por falhar a oportunidade de forma clamorosa rematando contra o corpo de Juan.
Recorde-se que além de Ronaldinho e Kaká, o Brasil surge estranhamente amputado também de Lúcio, talvez o melhor central brasileiro dos últimos tempos (sem falar da lesão de Luisão). Roberto Carlos e Cafú pertencem naturalmente ao passado e certamente não voltarão a vestir a camisola amarela da sua selecção.
Hoje teremos novamente Óscar Cardozo em acção frente aos Estados Unidos (e esperemos que faça bem mais do que no primeiro jogo), e mais tarde a super-equipa argentina diante da Colômbia.

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