ODY E RUBEN, ESTÃO PERDOADOS! ESTAMOS CONVOSCO!

Num momento tão delicado, não podemos deixar cair os nossos.
Odysseas Vlachodimos e Ruben Dias erraram, mas não o fizeram de propósito, e certamente estão a sofrer ainda mais do que nós por aquilo que se passou ontem.
São dois excelentes profissionais, com largo futuro, e que já nos deram bastantes alegrias.
Neste momento, precisam de ser apoiados. Precisam de recuperar a confiança, para que os erros não mais se repitam. Para que ajudem o Benfica a ser campeão.
As redes sociais estão cheias de antis, que não hesitam em atirar mais achas para uma fogueira que gostam de ver arder. Mas nós não vamos deixar, pois não?
Vamos então apoiar estes nossos rapazes.
Força Ody!
Força Ruben!
Estamos convosco!
JUNTOS SOMOS MAIS FORTES!

MURRO NO ESTÔMAGO

Muito difícil de engolir. 
No momento em que tinha chegado à liderança de forma triunfante, e depois de conseguir uma importante vantagem de dois golos na difícil partida desta noite, o Benfica entregou o ouro ao bandido de modo absolutamente inacreditável.
Odysseas Vlachodimos e Ruben Dias já deram substancias provas de confiança, e não serei eu a crucificá-los. Não deixa porém de intrigar como foi possível, num momento tão delicado, evidenciar lapsos de concentração daqueles, típicos de amador. E logo em dose dupla, quase sucessiva.
Importa salientar que o empate não se deveu a qualquer quebra colectiva, a qualquer equívoco estratégico, nem mesmo às várias ausências de jogadores importantes (Gabriel e Seferovic, mas também Jardel, Fejsa ou Salvio). Deveu-se a esses erros individuais flagrantes, contra os quais não haveria treinador que resistisse.
Agora há que reagir. Mantendo a serenidade e os princípios de jogo que levaram o Benfica até à liderança - que, ainda assim, mantém.
O jogo de quinta-feira ganha agora importância acrescida. Mais do que poupar fisicamente a equipa, parece-me importante, neste momento, limpar-lhe a cabeça com uma vitória e uma passagem aos quartos-de-final. Avancem pois os melhores.
Quanto ao campeonato, Moreira de Cónegos é já a seguir. Absolutamente imperioso vencer e manter o primeiro lugar na pausa para as selecções. Depois...ficam a faltar 8 finais.

A MINHA GESTÃO


Contando que Grimaldo recupera para quinta-feira, e que Seferovic, bem como os restantes lesionados, continuam de fora até à pausa para as selecções.

TUDO EM ABERTO

Não foi o melhor dia para o Benfica.
A aposta era arriscada, e desta vez correu mal. Nada que não seja possível reverter na próxima semana.
A lesão de Seferovic condicionou bastante a estratégia da equipa, que não tinha pontas-de-lança no banco (e isso sim, é um problema). Estou em crer que, com o suíço em campo, o golo do empate acabaria por surgir. 
As coisas são como são. Não adianta chorar, mas sim arregaçar as mangas e olhar para a próxima semana como absolutamente decisiva para a temporada. Belenenses, Zagreb e Moreirense, com intervalos de dois dias, são jogos para ganhar (aos croatas por mais de um de diferença). Três equipas que derrotaram o Benfica em diferentes momentos desta época. Três desafios ao carácter desta equipa. Sem ponta-de-lança, com Jonas limitado e Félix manifestamente cansado. Mas com muita alma e o apoio de todos, creio que os encarnados vão dar a melhor resposta.

ONZE PARA ZAGREB


O QUE DIZEM OS ITALIANOS


Furto, Roubo, Vergonha, são as palavras escolhidas. 
Cada vez me parece mais que o VAR apenas ajuda a manipular. Anulam-se golos por pequenos contactos a meio-campo, marcam-se penáltis por sopros na área, tudo quando, e apenas quando, assim se pretende.
Por mim, ainda bem que o FC Porto passou - além do ranking do país, há também o factor desgaste no campeonato, ou pelo menos a igualdade de circunstâncias com o Benfica.
Mas passar assim...
Ai se fosse ao contrário.

SUPERLAGE

Vitória inequívoca daquela que é claramente a melhor equipa.
Afirmação de um super treinador.
Arbitragem tendenciosa que fez o que podia para evitar a vitória do Benfica. Mas quando se é tão superior não há jorges sousas que valham.
Melhor em campo: Gabriel, um craque!

COMO EM 1991


BOLA QUADRADA

No regresso desta rubrica ao seu VdB, recordamos (bem,... é uma forma de dizer) a goleada de 12-2 aplicada pelo Benfica ao FC Porto, no Campo Grande, no dia 7 de Fevereiro de 1943, através de belas fotografias da revista "Stadium". É ainda hoje a maior goleada de sempre em jogos entre os três grandes. E penso que dificilmente deixará alguma vez de o ser. Aconteceu há 76 anos:



O Benfica era comandado pelo húngaro Janos Biri, e alinhou com: Martins, Gaspar Pinto, Jordão, César, Nelo, Albino, Chico Ferreira, Joaquim Teixeira, Manuel da Costa, Julinho e Valadas.
Julinho anotou quatro golos, Teixeira, Valadas e Manuel da Costa dois cada, e os restantes foram marcados por Chico Ferreira e Pais na própria baliza.
No FC Porto do também húngaro Lippo Hertzka (que havia orientado o Benfica durante quatro anos), actuava o famoso Pinga, bem como nomes como Guilhar, Araújo ou Correia Dias.
Já agora os golos do FC Porto foram marcados por Póvoas e pelo referido Araújo.
Ao intervalo havia 4-0, e aos 30 minutos apenas 1-0.
Quem preferir coisas mais recentes, tem os últimos clássicos disputados na Luz todos aqui.

NAS ASAS DE GABRIEL

Mais um recital de futebol na Luz. 
Entraram quatro, o guarda-redes adversário evitou três, a pontaria desafinada de João Félix desperdiçou dois, e o árbitro não viu uma grande penalidade óbvia. Com alguma sorte teriam sido, pois, mais dez.
Além de Seferovic, o melhor goleador do campeonato, além de João Félix, com pormenores deliciosos, além de Jonas, mais um golito, além dos estreantes Corchia, Florentino e Jota, além do adaptado Samaris, importa salientar um nome: Gabriel Appelt.
Devo fazer um mea-culpa: não sei se o escrevi, mas disse há algum tempo que não acreditava neste brasileiro. Viviam-se os últimos momentos de Rui Vitória, e todos pareciam ter desaprendido de jogar. Não foi feliz nas primeiras aparições. Parecia lento, lento... Parecia pesado.
Pois estamos perante um Senhor Jogador.
Jogando de luto pela avó, parece ter aproveitado para a homenagear com ums soberba exibição, da qual se destaca uma capacidade de passe longo verdadeiramente impressionante.
De resto a máquina está bem oleada, e o "Clássico" promete.

ABRAÇO A CARLOS BOSSIO

Não foi o melhor guarda-redes da história do Benfica. Mas não há nenhum motivo de queixa quanto ao seu profissionalismo, nem quanto à forma honesta como tentou servir o clube.
Vive um momento extremamente delicado da sua vida. E os benfiquistas não podem esquecer aqueles que os serviram, ou tentaram fazê-lo da melhor forma que sabiam e podiam, com maior ou menor talento, com maior ou menos sucesso.
Um grande abraço ao Carlos Bossio!

SÃO ESTES



Resultados nas Pré-eliminatórias da Champions e na Liga Europa

RECORDAR 1980

Na segunda-mão o Benfica venceu na Luz por 2-0, golos de Nené e César.
Não encontrei imagens desse jogo. Se alguém as tiver...

DINAMO DE ZAGREB!!!

Finalmente um sorteio em que sai o adversário que eu queria.
Não está nada ganho, mas os Quartos-de-Final ficam mais perto.
Atenção: a partir dos Quartos, não se prevê que existam rivais acessíveis. Chelsea, Inter, Napoles, Valencia, Sevilha, Arsenal e Zenit também foram bafejados pela sorte, e devem passar. Vencer a Liga Europa ainda é apenas um sonho.

ORDEM DE PREFERÊNCIAS


SERVIÇOS MÍNIMOS

Um jogo descolorido, um ambiente aquém do esperado dados os últimos resultados da equipa, e um adversário - este sim - com uma atitude competitiva sofrível, chegaram para garantir ao Benfica o essencial: a passagem aos oitavos-de-final da competição.
Fica a dúvida - a esclarecer nos próximos jogos - se o adormecimento do Benfica foi estratégico e visou minimizar o desgaste da equipa, que se limitou a esperar que o Galatasaray tomasse a iniciativa, ou se os encarnados estarão mesmo a perder algum do gás com que golearam sucessivamente Boavista, Sporting e Nacional. Uma coisa é certa: há jogadores que denotam um tremendo desgaste, sendo João Félix o caso mais paradigmático.
Para já venha o...Chaves.

EQUIPA DE GALA


3 GOLOS, 3 PONTOS, SIGA!

No reinado de Lage, este foi o jogo em que a equipa do Benfica se sentiu mais desconfortável. Sobretudo no período entre os 15 minutos e a obtenção do segundo golo, os encarnados viram-se e desejaram-se para ganhar a luta do meio-campo, não conseguindo chegar-se à frente, e vendo a baliza de Vlachomidos reiteradamente ameaçada.
Não há campeões sem sorte, e o golo de Rafa surgiu no momento certo, um tanto contra a corrente, mas suficiente para serenar os ânimos, e para travar os ímpetos dos comandados de Inácio.
O terceiro golo matou o jogo. E a partir daí o jogo variou entre o expectro de nova goleada, e a expulsão de Ferro que voltou a devolver a bola para o meio-campo benfiquista, mas sem que o resultado sofresse alteração.
Mais uma vitória. Siga!

JOVENS FELIZES


Com seis jovens da formação no onze inicial, o Benfica fez história, vencendo pela primeira vez na Turquia, e encaminhando a qualificação para os oitavos-de-final da Liga Europa.
A exibição não foi de encher o olho. Teve momentos muito bons, e outros assim-assim. Valeu pela eficácia defensiva e ofensiva, e pela forma como a equipa se foi adaptando às vicissitudes do jogo – e aqui, meus caros, notou-se claramente o dedo do treinador.
O primeiro golo surgiu num golpe de sorte (ou de incompetência do defesa adversário), quando ainda não se justificava dado o equilíbrio até então verificado. A equipa da casa sentiu a desvantagem, mas não deixou de procurar a baliza de Vlachodimos, sobretudo em incursões pelo lado direito da defesa benfiquista, onde Salvio dava pouco apoio a um Corchia carente de ritmo e rotinas.
O intervalo chegou, e pouco depois do início da segunda parte o Benfica ficou sem Salvio. Paradoxalmente, tal acabou por ser benéfico para a equipa de Bruno Lage, pois permitiu a deslocação de Gedson para o lado direito (onde realizaria 40 minutos extraordinários), e a colocação de Gabriel no centro do terreno, com a virtude de fechar melhor o meio campo, e dotar o onze de capacidade de passe longo para poder lançar venenosos contra-ataques.
Os turcos chegaram ao empate, num lance pelo ar em que Ferro e Yuri repartem culpas, mas o Benfica reagiu bem. Pouco depois voltava a ganhar vantagem, com um passe primoroso de Ruben Dias, uma má abordagem ao lance de Marcão, e o aproveitamento de Seferovic – que anotou o 17º golo na temporada, de longe o seu máximo pessoal.
A partir daí Bruno Lage fechou a porta. Quem estava habituado à táctica de Rui Vitória, que quando em vantagens tangenciais ligava o modo “esperar-que-bryan-ruiz-atire-por-cima-da-barra”, pôde ver enfim um treinador mexer no jogo acertadamente, de modo a evitar que o adversário criasse perigo. O bloco baixou, o meio-campo ficou mais povoado, com jogadores de rigor e recuperação, e a vitória foi mantida no congelador até ao fim – embora com tempo para o guarda-redes grego ainda brilhar em excelente defesa, num lance em que mais uma vez os centrais do Benfica foram batidos pelo ar (e este é um problema a resolver para futuro).
Mais um grande dia para este Benfica, que jogo após jogo delicia os adeptos, e, a conseguir corrigir um ou outro detalhe, mostra ter equipa e treinador para grandes voos.
A saga continua nas Aves.

TODA A HISTÓRIA DO BENFICA NAS COMPETIÇÕES INTERNACIONAIS

Veja, lembre e sinta, em Benfica Além Fronteiras

ONZE PARA INSTAMBUL


O BENFICA NA TURQUIA - histórico


MAU CHEIRO

Devo dizer que raramente vejo programas de debate televisivo sobre futebol - se é que se pode juntar a palavra "futebol" a tanta porcaria.
Confesso que até os via no passado. A partir do momento em que passaram a ser as direcções de comunicação dos clubes a ditar as leias, e especialmente desde que começou a novela dos e-mails do Benfica, passei a ocupar as noites de segunda-feira de outras formas.
O nível foi baixando de degrau em degrau, até a coisa se tornar insuportável. Em tempos até se falava de futebol (lembro-me de António-Pedro Vasconcelos, Rui Moreira e Jorge Gabriel, mas também de outros como Fernando Seara, Rui Oliveira e Costa ou Pôncio Monteiro), depois passou a falar-se de casos de arbitragem (o que hoje até chega a parecer cândido), passou-se para os assuntos judiciais, para as polémicas mais rasteiras, até se chegar à javardice pura e dura.
As causas do processo são simples de explicar, e têm nomes próprios: Francisco J.Marques, Nuno Saraiva e CMTV. Foram as direcções de comunicação de FC Porto e Sporting que, na sua ânsia de atingir o Benfica, levaram a comunicação para um nível nunca visto, e foi a CMTV que mostrou a todos os outros como isso se fazia em televisão – todos os dias, horas a fio, sempre a chafurdar no sangue dos outros, e quando não há sangue...inventa-se.
Entusiasmado pela goleada do Benfica, espreitei o "Prolongamento" da TVI24 desta segunda-feira. Arrependi-me.
O representante do Sporting é uma pérola de mistificação, de gritaria e da mentira mais descarada, parecendo querer enfiar os seus dedos pelos olhos dos tele-espectadores. Nunca tinha visto nada assim.
Sabia que já não lhes interessava a verdade. Mas ao menos interessava-lhes parecer que diziam o que se pensavam. Agora, pelo que percebo, já nada conta: nem honestidade intelectual, nem sequer as aparências. Estamos perante um cenário de pós-verdade, onde mesmo sabendo que não podem enganar todos, pretendem enganar descaradamente alguns, e viver disso. E aos moderadores, apenas interessa que se grite o mais alto possível, que se leve a discussão até ao insulto, e assim garantir as atenções da audiência. Por enquanto, pois por este caminho um dia vai-lhes acontecer o mesmo que à imprensa escrita…
Mas volto ao representante do Sporting, um tal de Pedro Proença (e que lindo nome…). Vi-o pela primeira vez, há talvez um ano, a comentar o caso dos e-mails, enquanto advogado e comentador supostamente independente. Logo percebi ao que ia. Depois chegou-se a Bruno de Carvalho, mantendo-se com ele até muito depois de Alcochete, e até ser praticamente o único a defendê-lo. Objectivo? Falar na televisão todos os dias, e colecionar debates em representação da tendência que lhe interessava defender. Até que conseguiu integrar este painel, onde antes de mais, envergonha o Sporting e os sportinguistas. Faz ter saudades de Eduardo Barroso, e faz parecer José de Pina um cavalheiro.
Vai ser processado pelo Nacional, pelo Sp.Braga e pelo Boavista pelas alarvidades que vociferou neste último programa - onde uma profunda azia, mas talvez mais do que isso, uma vontade de dar espectáculo barato, o levou a uma argumentação absolutamente insólita e de causar vómitos. Duvido que aprenda a lição, pois ali parece estar em causa uma questão de carácter.
Que publicidade é que este tipo de advogados acham que fazem de si próprios? Que tipo de clientes querem seduzir? Não consigo responder.
Sei que tudo aquilo é nauseabundo, nada tem a ver com futebol.
Tão depressa não o voltarei a ver. 

A GOLEADA CAUSOU INDIGESTÕES

Os jogadores do Nacional facilitaram, e o jogo deveria ser investigado; O Benfica não teve fair-play, pois devia ter abrandado logo que a vitória ficou garantida; A Liga Portuguesa não tem competitividade, e há que fazer algo para evitar estas goleadas.
Foram estas, basicamente, as incríveis e iluminadas linhas de opinião que, regalados, tivemos oportunidade de ler e ouvir por aí no rescaldo dos 10-0 ao Nacional. À falta de argumentos, e perante a necessidade de, fosse como fosse, desacreditar o mérito do Benfica, comentadores e escribas afectos aos clubes rivais (e não só) contorcionaram-se até conseguir dizer alguma coisa sobre o jogo e o resultado, que não fosse admitir que a equipa encarnada está num grande momento e parece imparável a caminho de grandes conquistas.
Os argumentos são desmontáveis até por uma criança de 5 anos. Se os jogadores do Nacional estivessem subornados ou quisessem facilitar, obviamente perderiam por 1-0 ou 2-0, sem dar nas vistas, ou então a equipa jogaria sem 9 titulares como o também madeirense União fez há umas temporadas atrás em Alvalade. Alí mesmo, em Alvalade, na semana anterior, os encarnados só não chegaram a 6 ou 7 golos de diferença porque Deus não quis, mas ninguém se lembrou de dizer que os jogadores do Sporting tivessem facilitado. Se o Benfica tivesse abrandado com o Nacional, e perdesse o campeonato por diferença de golos, o que não se diria por aí – e, já agora, porque é que o Sporting não abrandou aos 4-1 e chegou aos sete em 1986? Seria respeitar o adversário trocar bolas a meio-campo ao som dos olés das bancadas? Ou chegar à baliza e voltar ostensivamente para trás? Ou respeitar um adversário é, sempre, dar tudo em campo para lealmente o vencer da forma mais brilhante possível? Enfim, uma vereadora qualquer, que nunca viu futebol na vida, lembrou-se de escrever qualquer coisa, e a partir daí houve quem tivesse interesse em pegar. Quanto à competitividade da Liga, o Sporting sofreu para ganhar ao último classificado, o Porto empatou com o Moreirense (que já havia ganho na Luz) e há três equipas no topo separadas por dois pontos.
Que equipas como o Nacional (mas também o Feirense, o Aves, o Setúbal, o Chaves, o Portimonense, o Tondela, o Santa Clara e por aí fora) deveriam estar na 2ª divisão, isso há muito que defendo. Na verdade, em Portugal, não há massa adepta para mais do que 8 ou 10 clubes de primeira linha, e todos os restantes estão lá apenas para encher, sendo realidades desportivas fictícias, sem adeptos, sem sócios, sem receitas (a não ser a televisão e a visita dos grandes) e por vezes até sem instalações. Mas isso são outros quinhentos, acontece há muitas décadas, e nem por isso algum deles levou 10-0 em mais de 50 anos.
O que aconteceu na Luz foi a conjugação de duas coisas: uma tarde infeliz do Nacional (obviamente nenhuma equipa da Liga levaria 10-0 se jogasse bem), e uma tarde inspiradíssima do Benfica, que realizou uma exibição sublime, marcou 10, podia ter marcado 15, e desenvolveu lances de futebol de alto quilate, como desde os primeiros tempos de Jorge Jesus não se viam naquele estádio. Qualquer argumento que escape a esta realidade é mentiroso.
O que alguns não querem admitir é que o Benfica, que com Rui Vitória parecia moribundo, renasceu das cinzas, e, com nota artística elevadíssima está a aterrorizar quem lhe aparece pela frente. E Bruno Lage vai passando com distinção testes atrás uns dos outros, revelando-se uma escolha acertadíssima.
Vamos ver se esta equipa de futebol maravilhoso, ganhador e goleador chega até onde começa a prometer. A reconquista dos adeptos está feita. Falta a dos títulos.

O MEU ÍDOLO

Não vi jogar Eusébio. Fernando Chalana foi o meu Eusébio. 
Um Abraço do tamanho do seu talento!

AS MAIORES GOLEADAS DE SEMPRE

Constam as goleadas com dez ou mais golos de diferença, obtidas no Campeonato, na Taça de Portugal, na Taça da Liga, na Supertaça e em todas as provas internacionais.

NÚMERO 10

Foram dez. Podiam ter sido quinze. Este Benfica não brinca, nem abranda.
Chega a ser penoso recordar os últimos tempos de Rui Vitória, em que estes mesmos jogadores pareciam ter desaprendido de jogar.
Nada de euforias, pois, mais golo menos golo, foram apenas três pontos. Mas que isto promete, promete!
Que bela homenagem a Chalana.

VITÓRIA(ZINHA)

Como a imagem documenta, foi sob o signo do desportivismo que decorreu o Dérbi da Taça.
Dentro do campo viu-se um espectáculo agradável, com muito mais Sporting do que no Domingo anterior  - coisa que, de resto, seria de esperar - e com um Benfica ao nível daquilo que se tem visto desde que Bruno Lage pegou na equipa. Logo, um jogo mais equilibrado, sem que a superioridade encarnada tenha sido posta em causa.
A vitória sorriu aos melhores, embora o golo tardio de Bruno Fernandes tenha deixado tudo em aberto para a segunda mão - a disputar em...Abril (?!?!). Esse golo deixa um travo amargo a uma vitória que, a dada altura, parecia poder garantir, desde já, o bilhete para o Jamor (com 2-0 penso que a eliminatória ficaria resolvida).
Destaque para a estreia de Ferro, que tem tudo para construir, juntamente com Ruben Dias, a dupla de centrais para uma década, no Benfica e na Selecção Nacional.

ÚLTIMOS 4 DÉRBIS DE TAÇA NA LUZ

1985-86

1999-00

2004-05

2013-14

O QUE MUDOU?

Quase tudo.
Os jogadores (dos seis nomes do meio-campo e ataque apenas sobra Pizzi, e noutra posição). O esquema táctico. E sobretudo as dinâmicas, de onde os exemplos mais significativos são a forte pressão pela conquista da bola, uma maior insistência na primeira fase de construção e o aproveitamento da capacidade de passe longo de Gabriel. 
Samaris não tem os pés de Maradona, mas dá à equipa maior capacidade no jogo aéreo defensivo, disfarçando um pouco melhor o nunca resolvido fim de Luisão.  Pizzi defende melhor que qualquer um dos extremos anteriormente preferenciais. E, na frente, João Félix e Seferovic, ambos muito móveis e com capacidade, quer de buscar jogo atrás, quer de o reter na frente, baralham as linhas defensivas adversárias, não se dando muito à marcação.
O que ainda falta? Sobretudo uma melhor articulação no jogo de coberturas aos laterais (um desafio para os alas, mas também para o duplo pivot).

ANTES

 DEPOIS

OS RESULTADOS


NÃO DIZES NADA, VARANDAS?

Sempre tão lesto a comentar assuntos que não lhe dizem respeito, Varandas parece demasiado calado ante um resultado que evidencia cabalmente as insuficiências da sua equipa e do seu treinador. Ele que, recorde-se, a primeira coisa que fez foi despedir José Peseiro - que, mal ou bem, estava em segundo lugar a dois pontos da liderança.

10 ANOS DE DÉRBI

10 vitórias e apenas 2 derrotas (uma delas com a bênção de Soares Dias). É este o registo recente de um Dérbi cada vez mais desequilibrado.

LAPIDAR

Retirado do blogue sportinguista, Sangue Leonino

"É uma questão de ADN
Certa instituição desportiva nasceu a partir de um tal Belas Football Club, fundado pelos dois irmãos Gavazzo, sendo que mais tarde os sócios fundadores criaram o Campo Grande Football Club, no qual José Alvalade era o tesoureiro e um dos irmãos Gavazzo o secretário.
Em 13 de abril de 1906 zangaram-se as comadres porque não conseguiram chegar a um entendimento sobre o que pretendiam para o clube, sendo que alguns dissidentes decidiram então partir para outro projecto.
Foi aí que  José Alvalade, amuado com o que se passava, decidiu pedir apoio ao seu avô, o excelso e abonado Visconde de Alvalade, Alfredo Augusto das Neves Holtreman.
O abonado avôzinho disponibilizou nessa altura ao menino amuado terrenos da sua própria quinta para fazer o campo de jogos e deu ainda algum apoio financeiro.
Ora, tudo isto para dizer o seguinte: o que nasce torto, tarde ou nunca se endireita. Quando uma instituição nasce de uma cisão e tem no seu ADN os punhos de renda da nobreza, a tal que não gosta de ‘vergar a mola’ e que prefere andar entretida em apunhalar pelas costas em manobras palacianas e em viver em permanente conspiração, a coisa torna-se muito complicada.
É que os ‘pés descalços’, o povo que vive em permanente dificuldades, sempre teve a vantagem de ter mais talento para o trabalho, para arregaçar as mangas, para suar quando necessário, para se sacrificar em prol do bem comum e para ser incomensuravelmente bem mais solidário do que os faustosos e vistosos punhos de renda. Uns fazem das tripas coração, outros preferem andar entretidos no seu pretenso pedigree e no seu estatuto de elite...da treta!
Em suma: certas coisas nunca mudam! 
Nuno M Almeida"

Parabéns pela clarividência!