1) Não pertencia a qualquer organização que denunciou, pelo que
jamais poderia ser considerado um “whistleblower”;
2) Roubou correspondência privada por dinheiro, e vivia disso,
com identidade falsa (Artem Lobuzov, John, etc) e longe do país (onde, de resto, o foi visitar um comentador do Porto Canal) ;
3) Tentou extorquir organizações, como a Doyen e outras;
4) Chegou a desviar dinheiro de bancos;
5) Andou a gozar com as autoridades., “catch me if you can”,
lembram-se?;
6) Não mostrou nada de relevante sobre o Benfica – o caso E-Toupeira
(único com substância judicial) é posterior, e não foi ele que o deu a conhecer;
7) Não mostrou nada de relevante de Isabel dos Santos quanto à
origem da sua riqueza (apenas sobre umas transferências de quando ela já era
multi-milionária);
8) Até o “Football Leaks” – e li o livro inteirinho – é um
conjunto de banalidades sobre coisas que toda a gente sabia existirem, como
fuga ao fisco e uso de paraísos fiscais em transferências e contratos de
jogadores, muito bem embalado por jornalistas que também têm de ganhar a vida;
9) Tem uma estrutura mediática poderosa (EIC, que lhe pagou o
material roubado) a lavar-lhe a imagem, e a compor as suas “descobertas” de
forma a exponenciar audiências;
10) Tem todo o universo anti-benfiquista a devotar-lhe simpatia,
e a pretender fazer dele um herói – o que é sabiamente aproveitado pelos
advogados de defesa - e só isso evita a conclusão óbvia.
Qual a dúvida sobre ser ou não um criminoso?
Aliás, o tipo de crimes que cometeu, e a história do século
XXI irá demonstrá-lo, é muito mais perigoso do que parece. Talvez mais perigoso,
mesmo, do que a própria corrupção.