SOUBE A POUCO

Quando Soares Dias apitou para o final do dérbi, confesso que me senti atravessado por um sentimento de alguma desilusão. Friamente, a vitória categórica e os três importantes pontos seriam suficientes para encher a alma de qualquer benfiquista. Mas a verdade é que a equipa de Bruno Lage passou ao lado de uma goleada histórica, quem sabe até de vingar os 7-1 de 1986, e todo esse desperdício acabou por ser algo decepcionante, sabendo-se que nas emoções do futebol não cabe a piedade.
Quanto ao jogo em si, a superioridade do Benfica foi esmagadora. Do primeiro ao último minuto dominou a seu bel-prazer, marcando golos sucessivamente, uns a valerem, outros não, e desperdiçando na mesma medida.
É pena que o processo defensivo continue a causar alguns calafrios desnecessários, que diante de um adversário mais forte e inspirado poderiam ter outros custos. Do meio campo para diante esta equipa está bem e recomenda-se, sendo claramente a que melhor futebol joga no campeonato.
Destaque individual para a dupla Seferovic-Félix, que liga muito bem, fazendo esquecer Jonas. Mas também para a subida de forma de Pizzi.
Quanto à arbitragem, alguém me explica porque Vlachodimos foi expulso e Renan não? E já agora, porque não foi assinalado penálti no lance em que Seferovic atira ao poste e depois é abalroado pelo guarda-redes do Sporting? E porque é que Pizzi viu o cartão amarelo num lance em que nem participou? E porque é que Bruno Fernandes, já com um cartão amarelo, protestou veemente e repetidamente com tudo e com nada, sem voltar a ver a cartolina? Quanto ao golo anulado a João Félix, gostava que o mesmo rigor tivesse sido aplicado aos golos do FC Porto na meia-final da Taça da Liga.

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