JOGOS ESPECIAIS


Terminado o jogo entre SC Braga e FC Porto, esperava-se alguma indignação por parte dos dirigentes da equipa da casa, face a um lance de grande penalidade que ficou por sancionar, e que poderia ter dado o empate.

Pelo contrário, o presidente bracarense não só ignorou esse lance, como afirmou, a despropósito, que a sua equipa teria de fazer tudo para ganhar… ao Benfica.

Independentemente da falta de oportunidade da declaração, fica por saber o que será esse “tudo”. Mas, olhando à diferença de atitude competitiva que o SC Braga tem revelado quando defronta o Benfica – jogos que disputa de faca nos dentes, com níveis de agressividade próximos do intolerável -, e quando tem pela frente o FC Porto – jogos em que normalmente é dócil e submisso -, podemos chegar a algumas pistas. 

O futebol tem coisas estranhas, que escapam ao entendimento do adepto comum. É normal que uma equipa mais pequena se agigante quando tem pela frente nomes sonantes. Mas não é normal que, ano após ano, jogo após jogo, uma mesma equipa coloque grandes dificuldades a um adversário, e apresente total passividade face a outro. Desde os tempos de Domingos Paciência que assim é. Certamente por coincidência.

Quem terá de ignorar tudo isto somos nós. E a solução para vencer é apenas uma: entrar com a mesma intensidade do adversário minhoto, sabendo que, assim, a maior capacidade técnica dos nossos jogadores fará a diferença. É também importante que o apoio dos adeptos se faça sentir, não com bolas de golfe ou intimidação (como por vezes sucede em Braga), mas com incentivos capazes para empurrar a equipa para o golo.

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