
Os Dragões, mesmo sem Anderson, mesmo utilizando recorrentemente jogadores como Bosingwa, Bruno Alves, Cech, Bruno Moraes, João Paulo, Sektioui, Jorginho, Alan ou Fucile, todos de qualidade individual pouco mais que mediana e longe de se poderem considerar figuras de primeiro plano, lá vão trilhando o seu caminho, um impressionante caminho de solidez, eficácia e vitórias. A equipa de Jesualdo assenta a sua liderança numa atitude competitiva sem impar no futebol português – regularidade a toda a prova e nada de facilidades -, apimentada com o talento de Quaresma, a liderança de Lucho, os golos do ressuscitado Postiga e a segurança de Pepe e Helton.
Muito deste F.C.Porto vem já da época transacta. O mal amado Co Adriaanse teve indiscutível mérito na forma como lançou jogadores até então sem grande estatuto -foram os casos de Paulo Assunção, Pepe, Helton e Raul Meireles – e como tornou o futebol de Quaresma bem mais eficaz que antes da sua chegada. O rigor competitivo da equipa tem também em parte a sua marca, pois foi desde meados da temporada passada que o F.C.Porto passou a exibir uma regularidade que se não via a qualquer equipa nacional desde os tempos de José Mourinho, que lhe deu o título e lhe permite manter neste momento uma folgada liderança. Dos últimos 33 jogos para competições nacionais (período correspondente ao ano civil de 2006), os portistas venceram 28, o que dá uma impressionante marca de mais de 84 % de sucesso. Veremos daqui em diante de entre Benfica e Sporting quem poderá estar em melhores condições para tentar a aproximação aos portistas. A avaliar pelo derby de sexta-feira o Benfica parece neste momento bem mais forte. Mas com um Porto assim, as notícias não são boas para os grandes da capital.
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