OS OUTROS TREZE

MIGUEL (3) Não esteve tão brilhante nas transições ofensivas como o havia feito frente à Holanda. Preocupou-se em anular Joe Cole, e conseguiu, mantendo o seu corredor a salvo de grandes preocupações.
FERNANDO MEIRA (4) Um grande jogo deste central, que surge agora com um nível de confiança bastante diferente daquele com que iniciou o Mundial. Impecável pelo ar e pelo chão, beneficiou ainda da expulsão de Rooney para, frente a Crouch, poder exibir as suas maiores virtudes. Ninguém se lembra já de Jorge Andrade.
RICARDO CARVALHO (5) Imperial ! Simplesmente fabulosa a sua exibição, que só o “sobrenatural” desempenho de Ricardo evitou ser considerado “Vedeta do Jogo”, título que lhe assentava como uma luva no final dos 120 minutos. Depois de uns primeiros jogos um tanto apagados, ressurge agora no seu melhor.
NUNO VALENTE (3) Não comprometeu, mas foi uma vez mais o elemento da defesa em menor destaque. A saída de Beckham foi um presente envenenado pois Lennon, com a sua rapidez e profundidade, acabou por lhe causar muito maiores problemas. Saiu incólume, mas sem brilhar.
PETIT (3) Tendo que fazer de Costinha, e cumprir as correspondentes exigências posicionais, o seu futebol agressivo em todo o campo, alicerçado numa raça que lhe permite perseguir os adversários até quase ao balneário, fica comprometido. Ainda assim não esteve mal, envolvendo-se mais em acções ofensivas a partir do momento em que Rooney foi expulso, mas sem nunca arriscar o seu forte pontapé. Ai aquele penálti...
MANICHE (4) Um dos melhores da equipa, fruto da sua primorosa condição física que lhe permite manter um elevadíssimo andamento, mesmo quando todos os outros parecem esgotados. Para além da sua disponibilidade para as acções defensivas, foi o único a tentar rematar, mas a sorte pouco quis com ele nesse aspecto. Está em grande forma e, ou me engano muito, ou ainda marcará pelo menos mais um golito neste Mundial.
TIAGO (3) Decididamente a camisola da selecção parece pesar-lhe, e inibe-o de exprimir todo o futebol que lhe corre nas veias. Não se pode dizer que tenha jogado mal, mas quem o conhece sabe que pode fazer mais. A sua lentidão por vezes contrasta com o dinamismo da equipa (Maniche, Ronaldo, Deco etc), e leva-o a perdas de bola pouco recomendáveis. Em termos defensivos cumrpiu a sua tarefa de tapar os espaços a Lampard
FIGO (3) Foi um jogo esforçado do “capitão”. A sua experiência disfarça algum défice físico que será normal já sentir nesta fase. Uma boa e útil prestação, mas longe do brilho exibido nos primeiros jogos.
PAULETA (2) Não foi um jogo à sua medida. Tem o mérito de segurar os centrais adversários, mas a sua menor mobilidade (trata-se de um finalizador nato) não o deixa aparecer neste tipo de jogos, com pouca intensidade atacante e poucos espaços. A sua substituição pareceu contudo algo precipitada no tempo.
CRISTIANO RONALDO (3) Começou muito bem o jogo, com a sua velocidade a causar alguns danos à defensiva britânica. Pelo tempo fora foi-se apagando, sobretudo no período em que jogou como ponta-de-lança (pode bem fazê-lo mas com companhia, não sozinho). Teve a felicidade e o mérito de marcar o penálti decisivo, ficando assim ligado umbilicalmente a esta grande jornada.
SIMÃO (3) Apareceu muitas vezes em posições interiores, deixando a Nuno Valente a despesa da ala esquerda (o que naturalmente foi possível devido à superioridade numérica). Tem a virtude de cumprir zelosamente todos os papéis que o treinador lhe atribui, mesmo se não são aqueles que mais o fazem brilhar (no Benfica tem liberdade para assumir toda a construção do jogo ofensivo da equipa, sobretudo em termos de acções de contra-ataque, o que o faz aparecer mais). Nota positiva também para o penálti, muito bem marcado, com os nervos de aço e espírito nórdico que o caracterizam.
HÉLDER POSTIGA (1) Lutou arduamente entre os centrais ingleses mas raramente se conseguiu libertar. Marcou um golo bem anulado, e pouco depois disparou pela linha lateral quando se encontrava em posição perigosa. Salvou-se ao marcar o penálti, desta vez sem invenções. Muito mal deve estar Nuno Gomes para não ser segunda opção de ataque na selecção nacional.
HUGO VIANA (4) Este sim, foi uma agradável surpresa. Entrou bem no jogo, utilizando a sua capacidade de passe e circulação de bola para fazer variar flanco, sempre com precisão e critério. No tempo que esteve em campo justificou plenamente o motivo pelo qual foi convocado e assemelhou-se ao melhor Hugo Viana que todos conhecemos. Na conversão do seu penálti teve algum azar.

4 comentários:

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