"O futebol não é uma questão de vida ou de morte. É muito mais do que isso !" BILL SHANKLY
PASSOS DE FONSECA
Em mais de trinta anos, poucos foram os treinadores do FC Porto que não se ajoelharam cobardemente aos ditames da casa, ou seja, à cultura guerrilheira e terrorista de Pinto da Costa e seus capangas. Assim de repente, recordo apenas Fernando Santos e Bobby Robson (ambos vencedores, diga-se), como excepções a uma regra que vergou dezenas de nomes, outrora mais ou menos prestigiados, e depois mais ou menos triturados por uma máquina capaz de enxovalhar a honra de qualquer incauto.
Na última primavera, Paulo Fonseca usava orgulhosamente o boné do Paços de Ferreira, equipa sensação do Campeonato. Disputava-se a última jornada, e o FC Porto necessitava de vencer na casa do terceiro classificado, tarefa que, num país normal, não se afiguraria fácil. Estamos em Portugal, e, obviamente, não houve surpresas.
Poucos dias depois, o homem aparecia sorridente ao lado do presidente portista, assinando o contrato que fazia dele substituto do treinador campeão. Desconheço se o resultado de tal jogo estava ou não contemplado no prémio de assinatura. Mas não esqueço as notícias de abordagens pouco inocentes a jogadores do Paços na semana anterior à partida, diligentemente desmentidas por…Paulo Fonseca.
Daí para cá, jogadores do Paços para o Porto, do Porto para o Paços, do Paços para destinos simpáticos encontrados por empresários amigos, estádios emprestados para compromissos europeus, jogos nacionais em Felgueiras, e o total strip-tease de um clube outrora merecedor de algum respeito por parte dos adeptos do futebol digno. Têm o que merecem: sete derrotas consecutivas.
Quanto a Fonseca, ao mínimo tropeção deixou cair o boné. Ora aí está ele, esquecido de onde veio, e porque veio, rosnando à voz do dono contra as arbitragens – que, em pouco tempo, já na nova cadeira, lhe haviam dado um penálti duvidoso em Setúbal, e um golo irregular em…Felgueiras.
Ou me engano muito, ou um dia também ele terá o que merece: um qualquer Al-Ahly, onde o dinheiro cale o passado, e pague o esquecimento.
Em cheio! O mesmo treinador que na ultima e decisiva jornada do campeonato anterior nem uma palavra teve para com o penalty assinalado contra a sua equipa por falta fora da àrea, agora já vê um penalty assinalado contra a sua equipa por falta fora da àrea. E o facto do seu jogador que cometeu tal infracção ter continuado inacreditavelmente em campo depois do golpe de karaté aplicado a um jogador do Estoril momentos antes pouco ou nada interessa. É o fcp que todos conhecemos, sempre com a cobertura da comunicação social que todos conhecemos.
ResponderEliminarBelíssimo texto. O departamento de comunicação do Clube bem podia contratar os seus serviços.
ResponderEliminarE não resisto a partilhá-lo
ResponderEliminarhttp://abload.de/img/marcosilva-festejargop8f91.gif
ResponderEliminarO Marco Silva é que lhe respondeu bem e a preceito.
continua a inchar o cabecao?
ResponderEliminarEstes são mesmo amigos:
ResponderEliminarhttp://www.ontemvi-tenoestadiodaluz.blogspot.pt/
A continuar assim, acho que nem chega é ao fim do campeonato como treinador do porto. As expectativas estavam muito lá em cima, mas parece-me que entre este e o Vítor Pereira a diferença não é grande...
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