Num estádio tradicionalmente difícil, perante um adversário extremamente agressivo, e em condições meteorológicas deficientes, o Benfica obteve uma importante vitória, que o coloca, à condição, na liderança do campeonato.
Não se viu uma grande exibição. Melhor dizendo, na primeira parte não se viu praticamente nada, no sentido literal do termo. Já era tempo da Liga encontrar solução para um problema que se repete, ano após ano, com demasiada frequência. Há que admitir sem rodeios que o Estádio da Choupana tem muitas condicionantes, e encontrar alternativas para este tipo de jogos, como já aconteceu no passado. E a mim, que já lá estive, ninguém me tira da cabeça que aquele local, aquele clima e aquela altitude, influenciam os resultados, prejudicando as equipas que lá se deslocam.
Não posso, pois, dizer muito sobre uma primeira parte que ninguém viu. Apenas que, qual Dom Sebastião, o suspeito do costume conseguiu fazer-se notar, marcando o golo que viria a valer a vitória encarnada, avolumada apenas nos últimos segundos da partida.
O segundo período trouxe-nos um Benfica à imagem e semelhança daquilo que têm sido os seus últimos jogos. Uma equipa ofensiva, a espaços empolgante, sempre em busca do golo, expondo-se no entanto a contra-ataques perigosos que, enquanto os resultados se mantém tangenciais, põem os cabelos em pé aos adeptos mais sofredores.
A expulsão de João Aurélio ajudou bastante a tranquilizar o jogo encarnado. Mas mesmo contra dez, ao terceiro minuto de compensação estava toda a equipa do Nacional na área de Artur em busca do empate, justamente no lance que antecedeu o contra-golpe mortífero conduzido e concluído por Bruno César.
A coisa desta vez correu bem, mas um desfecho idêntico ao de Barcelos chegou a passar-me pela cabeça, à medida que o tempo passava, que as oportunidades iam sendo desperdiçadas, e o Nacional acreditava que era possível tirar alguma coisa deste jogo.
Jorge Jesus terá pois de trabalhar bastante mais a solidez do seu bloco, ensinando os seus jogadores a gerir a bola, o tempo e os ritmos de jogo, pondo-os a salvo de surpresas desagradáveis em partidas que parecem controladas. Se conseguir fazer isso, o Benfica terá uma grande equipa. Até lá, será um conjunto incompleto e sofredor, capaz de surprender positiva e negativamente. Até lá, ganhará muitos jogos, alguns deles com bastante brilhantismo, mas duvido que ganhe campeonatos.
Soares Dias pecou por apitar em demasia, e, sobretudo, por poupar Felipe Lopes a uma expulsão inequívoca. Acompanho, aliás, este jogador há alguns anos, tal como acompanhei Rolando nos tempos do Belenenses. Um, como outro, sempre souberam perante quem deviam ser simpáticos. Coincidências.
O Felipe Lopes, de facto, já merece um contrato às claras com o patrão!
ResponderEliminarNão foi um Benfica brilhante, nem o podia ser, naquele estádio, frente aquele adversário e aquelas condições atmosféricas, não é fácil sê-lo, mas foi claramente um Benfica competente, pela entrega, pela solidariedade e a frieza com que encarou este jogo e só assim foi possível sair da Choupana com os 3 pontos.
ResponderEliminar~Gostei de ver o Benfica. Há nesta equipa algo de mistico que tão bem soube romper com o nevoeiro. Neste campo aliás onde quase toda a gente perde, recordo que o Benfica em 2010 jogou o final do campeonato ganhando com um golo que não me lembro se foi o suspeito do costume depois de ter falhado um penalty, mas sei que Ruben Amorim inteligente como sempre esteve na jogada que dá o golo da vitória. Este campo deveria ser interditado, porque édificil para quem lá vai, só para alguns, sobretudo plebeus os que não têm sangue azul.
ResponderEliminarTenho pena do Nolito, gosto muito de o ver jogar e espero que seja um de cada vez a ter sucesso. O Nolito decaiu mas também considero que Jorge de Jesus não gosta dele o que é uma pena. O Bruno Cesar, gostei, aliás gosto muito daquele tipo de jogadore que são capazes de correr o campo todo e marcar coisa que Jara fazia e não marcava e coisa que cardozo não faz e marca.
Mas de cartão em cartão, lá vamos indo. Sobretudo os simpáticos cartões que são atribuidos a Felipe Lopes o tal rapaz que é muito simpático e desastrado para o Nacional, pois comete umas tais penlidades que nem eu com a minha idade me deixava cair.
"Soares Dias pecou por apitar em demasia, e, sobretudo, por poupar Felipe Lopes a uma expulsão inequívoca"
ResponderEliminarÉ só isto que tem a dizer de (+) uma arbitragem vergonhosa de asd filho, do 1º ao último minuto???