Não me revejo nos assobios à selecção (nunca o faria), mas não deixo de os compreender e aceitar como naturais. Os caminhos que Carlos Queiroz tem trilhado no comando técnico nacional põem-no - a ele e, consequentemente, à equipa - a jeito desta triste situação.
A entrevista desta noite à RTPN confirma a ideia de um homem obcecado com a organização e o método, mas que, no meio de um discurso esdrúxulo, acaba por deixar o essencial perder-se nos labirintos do acessório, aprisionando invariavelmente o presente às amarras do futuro. Ouvimo-lo falar, e nota-se que a música (forma sofisticada do discurso) abafa a letra (conteúdo vazio e errante). Não consegue fugir à lógica do formador, que nem sempre se cruza com as exigências imediatas de uma selecção com ambições.
A maioria das questões mais pertinentes ficou sem resposta objectiva, e as contradições foram inúmeras (quer com a prática, quer no âmbito da própria entrevista). Manifesta a todo o momento ser um homem de gabinete, um eminente académico, mas nunca um grande técnico de banco. Assim o prova, aliás, o seu parco currículo, pontuado por vários despedimentos.
Muitos dos jogadores estão já saturados das suas redondas e longas palestras. Mas a eles, como a nós, não resta alternativa: temos de o suportar até ao Mundial.
Não confundo a selecção com o treinador que conjunturalmente a orienta, assim como nunca confundi o Benfica com Artur Jorge ou Jesualdo Ferreira. O meu apoio será sempre incondicional, sobretudo a partir do momento em que a competição for a doer.
Não deixo no entanto de manifestar a minha preocupação ante aquilo que vejo. E não apostaria um pau de fósforo queimado na possibilidade de, com este treinador, passarmos sequer da fase de grupos.
NOTA FINAL: A minha sorte é que Queiroz não me conhece. Caso contrário suponho que estaria sujeito a levar uns socos quando me cruzasse com ele no aeroporto.
A entrevista desta noite à RTPN confirma a ideia de um homem obcecado com a organização e o método, mas que, no meio de um discurso esdrúxulo, acaba por deixar o essencial perder-se nos labirintos do acessório, aprisionando invariavelmente o presente às amarras do futuro. Ouvimo-lo falar, e nota-se que a música (forma sofisticada do discurso) abafa a letra (conteúdo vazio e errante). Não consegue fugir à lógica do formador, que nem sempre se cruza com as exigências imediatas de uma selecção com ambições.
A maioria das questões mais pertinentes ficou sem resposta objectiva, e as contradições foram inúmeras (quer com a prática, quer no âmbito da própria entrevista). Manifesta a todo o momento ser um homem de gabinete, um eminente académico, mas nunca um grande técnico de banco. Assim o prova, aliás, o seu parco currículo, pontuado por vários despedimentos.
Muitos dos jogadores estão já saturados das suas redondas e longas palestras. Mas a eles, como a nós, não resta alternativa: temos de o suportar até ao Mundial.
Não confundo a selecção com o treinador que conjunturalmente a orienta, assim como nunca confundi o Benfica com Artur Jorge ou Jesualdo Ferreira. O meu apoio será sempre incondicional, sobretudo a partir do momento em que a competição for a doer.
Não deixo no entanto de manifestar a minha preocupação ante aquilo que vejo. E não apostaria um pau de fósforo queimado na possibilidade de, com este treinador, passarmos sequer da fase de grupos.
NOTA FINAL: A minha sorte é que Queiroz não me conhece. Caso contrário suponho que estaria sujeito a levar uns socos quando me cruzasse com ele no aeroporto.
ela tirada final!!! lololollolool
ResponderEliminarConcordo (uma das poucas vezes). Sem olhar ao discurso, não se entendem várias opções que toma (Hugo Almeida a extremo esquerdo é disso um exemplo), estamos a testar o quê? Alguma vez se pensa em por um ponta de lança, ainda por cima tão limitado como o Hugo Almeida, a extremo esquerdo numa competição a sério (salvo algum imperiosa necessidade de defender um resultado com menos de 11 jogadores e sem substituições).
ResponderEliminarApesar de não ser do meu clube, não percebo porque razão o Nuno Gomes não é convocado (tudo bem que pouco ou nada joga no benfica, mas na selecção faz sempre um trabalho razoável, e a anos-luz dos restantes pontas de lança, excluindo, eventualmente, o liedson). Aliás, a minha dupla era liedson nuno gomes.
Quanto aos assobios ainda percebo, os olés (ou festa quando os chineses trocavam a bola)é que me deixa completamente estupfacto. Acho inconcebível gozar com aqueles que dão o seu melhor para representar o nosso país.
Realmente concordo com tudo o que escreveu sobre Carlos Queiroz. Até com o PS, mas o que dói é saber que um cientista,um músico um cidadão educado tem de viajar para Australia em classe turistica, para representar Portugal e um mal educado que não controla as emoções e agride quem de si discorda vai daqui a Madrid ou ao Porto de avião em classe executiva.
ResponderEliminarIsto dói
Eu (infelizmente) estive no estadio e compreendo tanto os assobios como os "olés". Não assobiei nem nunca o farei á nossa seleccão mas aceito perfeitamente que outros o façam e até os compreendo porque também a mim me apeteceu faze-lo. Em 1º lugar porque apesar de ser a feijões, as 6 pessoas que foram comigo deixaram 120 euros nos cofres da federação, o que nos tempos que corre é bastante dinheiro e merecia outro esforço por parte dos jogadores. Em 2º porque infelizmente a equipa não é a de todos nós, é a de queiroz. Jogadores como Meireles, Rolando,P. Ferreira, Duda, Hugo Almeida, etc... não teriam lugar nem na seleccao Belga. Pior que tudo é que existem outras soluções de melhor qualidade mas, parece que o seleccionador deve algo a alguem que o "obriga" a "contratar" estes jogadores.
ResponderEliminarrealmente, não convocar todos os portugueses do nosso plantel e ter esquecido o vermelho dos equipamentos...só pode ser atrasado mental!
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