Uma super-Espanha deitou por terra aquela que já muitos consideravam a grande favorita ao título de campeã europeia (a Rússia de Hiddink), apurando-se com classe para a final, algo que há 24 anos que não conseguia.
Esperava-se um jogo vibrante, mas só a segunda parte da Espanha nos ofereceu verdadeira espectacularidade. Até lá, ainda que os comandados de Luís Aragonês dominassem quase sempre a bola e o jogo, imperou o calculismo e o pragmatismo, tendo escasseado as verdadeiras ocasiões de perigo.
A Rússia acabou por pagar caro o facto de não impor um ritmo mais alto à partida. Terá sido um erro estratégico? Terá sido incapacidade de o fazer ? Terá sido a Espanha a impedi-lo ? Esta é uma daquelas questões que um jogo de futebol sempre deixa em aberto, e sem as quais os analistas não teriam do que viver. Na minha perspectiva houve Espanha demais e não Rússia de menos – ainda que no plano individual fosse de esperar mais, por exemplo, de Arshavin. Foi a Espanha, a partir do seu fortíssimo meio-campo, que lançou os dados com que a partida se iria decidir. Foi a Espanha que empurrou a Rússia para terrenos e ritmos com os quais esta não se entendeu. Foi, em suma, a Espanha que ganhou – categoricamente - e não a Rússia que perdeu.
Desta partida fica a certeza de que a selecção comandada pelo experiente Luís Aragonês, com estrelas como Xavi, Iniesta, Torres, Senna, Villa, Ramos ou Silva, e um conjunto coeso e articulado, é uma das melhores Espanhas de que há memória. Curiosamente, os dois nomes que me faziam esperar muito desta equipa mesmo antes da competição se iniciar, são aqueles que por diferentes motivos menos se têm feito notar: Fabregas não tem sido titular (se bem que sempre que entra deixa marca), enquanto Fernando Torres, para mim o melhor ponta-de-lança da actualidade, tem passado discreto por entre a torrente de futebol, golos e vitórias que a selecção espanhola tem sido capaz de apresentar. Isto, entre outras coisas, leva-nos à conclusão de que as grandes vedetas da Premier League são provavelmente as que mais sofrem com o desgaste de toda uma época em que nem na semana do Natal se deixa de jogar futebol – os boxing-days e o futebol non-stop, são muito giros, rendem audiências, mas os resultados são o esgotamento dos jogadores, o que em anos de Europeu ou Mundial se torna evidente, e nalguns casos (Cristiano Ronaldo ?) fatal.
Este Europeu tem feito repetidamente cair, uma a uma, as equipas que mais perfume futebolístico lhe têm dado. Foi Portugal, foi a Croácia, foi a Holanda (três vencedores de grupo), e nas meias-finais acabam por cair as duas grandes revelações Rússia e Turquia – curiosamente os quatro semi-finalistas são justamente as selecções cujos jogadores actuam predominantemente nos campeonatos internos. É mau sinal para uma Espanha que dispõe agora da simpatia dos adeptos do bom futebol, e que enfrenta na final uma Alemanha com todas as características de uma verdadeira desmancha-prazeres.Esperava-se um jogo vibrante, mas só a segunda parte da Espanha nos ofereceu verdadeira espectacularidade. Até lá, ainda que os comandados de Luís Aragonês dominassem quase sempre a bola e o jogo, imperou o calculismo e o pragmatismo, tendo escasseado as verdadeiras ocasiões de perigo.
A Rússia acabou por pagar caro o facto de não impor um ritmo mais alto à partida. Terá sido um erro estratégico? Terá sido incapacidade de o fazer ? Terá sido a Espanha a impedi-lo ? Esta é uma daquelas questões que um jogo de futebol sempre deixa em aberto, e sem as quais os analistas não teriam do que viver. Na minha perspectiva houve Espanha demais e não Rússia de menos – ainda que no plano individual fosse de esperar mais, por exemplo, de Arshavin. Foi a Espanha, a partir do seu fortíssimo meio-campo, que lançou os dados com que a partida se iria decidir. Foi a Espanha que empurrou a Rússia para terrenos e ritmos com os quais esta não se entendeu. Foi, em suma, a Espanha que ganhou – categoricamente - e não a Rússia que perdeu.
Desta partida fica a certeza de que a selecção comandada pelo experiente Luís Aragonês, com estrelas como Xavi, Iniesta, Torres, Senna, Villa, Ramos ou Silva, e um conjunto coeso e articulado, é uma das melhores Espanhas de que há memória. Curiosamente, os dois nomes que me faziam esperar muito desta equipa mesmo antes da competição se iniciar, são aqueles que por diferentes motivos menos se têm feito notar: Fabregas não tem sido titular (se bem que sempre que entra deixa marca), enquanto Fernando Torres, para mim o melhor ponta-de-lança da actualidade, tem passado discreto por entre a torrente de futebol, golos e vitórias que a selecção espanhola tem sido capaz de apresentar. Isto, entre outras coisas, leva-nos à conclusão de que as grandes vedetas da Premier League são provavelmente as que mais sofrem com o desgaste de toda uma época em que nem na semana do Natal se deixa de jogar futebol – os boxing-days e o futebol non-stop, são muito giros, rendem audiências, mas os resultados são o esgotamento dos jogadores, o que em anos de Europeu ou Mundial se torna evidente, e nalguns casos (Cristiano Ronaldo ?) fatal.
Ao contrário do que sucedera há quatro anos, esta será uma final entre duas potências do futebol. Estaria a mentir se dissesse que seria de esperar um espectáculo aberto, recheado de golos e oportunidades, pois a Alemanha é o que é, e a Espanha já mostrou saber como lidar com essas mesmas armas. Será contudo um jogo intenso, e eventualmente emotivo. Talvez as decisões acabem, lá para o fim da noite, em Lehmann e Casillas.
A Espanha desde que me lembro até no tempo da União Soviética, costumava levar a melhor. Embora preferisse que ganhasse a Rússia, os espanhóis também praticam bom futebol, só espero agora que ganhem na final aos Alemães porque sinceramente para mim não jogam nada.
ResponderEliminarA queda do Sistema em marcha:
ResponderEliminarOliveira entalado e a SAD do FCP já tem rota aberta para a prisão
mais em: http://geracaobenfica.blogspot.com/
lá está tu - geraçãobenfica - outra vez a salivar; serás pavloviano?
ResponderEliminarraisparta o exemplar.
só um aparte: Porque é que considera o Fernando Torres melhor que Drogba??
ResponderEliminarVasco; saudações benfiquistas
Torres e Drogba são dois grandes jogadores.
ResponderEliminarJulgo contudo que o espanhol tem maior margem de progressão.
Na última temporada Torres esteve melhor.
Admito que seja difícil escolher entre eles.