Como prometido aqui vai, com algum atraso, um apontamento sobre o Benfica-Nuremberga.
Em primeiro lugar há que dizer que o resultado foi claramente melhor que a exibição. O Benfica repetiu problemas e insuficiências já vistas e revistas nesta época, e pode dar-se por muito feliz em partir para a Alemanha com uma vantagem que, sem ser robusta, nem mesmo confortável, é ainda assim interessante, sobretudo devido ao facto de não ter sofrido qualquer golo.
A primeira parte foi medíocre. O Nurembrega mostrou-se bem mais organizado do que seria de esperar numa equipa que ocupa os últimos lugares da tabela classificativa do seu país – ainda assim uma potência do futebol -, e talvez fruto da recente substituição de treinador, surgiu na Luz claramente empenhado em dar um safanão na crise e alegrar o espírito dos seus impressionantes adeptos que encheram o topo norte do estádio e não se calaram um minuto - devendo com isso causar alguma inveja aos envergonhados benfiquistas presentes e, sobretudo, aos ausentes.
O Benfica nunca se entendeu com as ferozes marcações dos germânicos, sendo uma vez mais obrigado a utilizar um jogo directo que está nos antípodas das características dos seus principais jogadores. O Nuremberga era então uma equipa coesa, com um bloco muito unido, enquanto o Benfica ficava partido entre os que defendiam – onde, diga-se, Luisão se destacou com uma bela exibição - e aqueles que lá na frente esperavam, sem sucesso, a bola para poderem atacar.
O golo caiu do céu, ou melhor, das mãos de um infeliz Blasek que deixou passar por baixo do seu corpo um remate fraco e defensável de Makukula.
Na segunda parte o jogo animou um pouco, pois o Nurembrega abriu ligeiramente as suas linhas, e permitiu ao Benfica, quase desde os pés de Rui Costa, alguns contra-ataques que todavia, por deficiência ou infelicidade no último passe, não se chegaram a traduzir em ocasiões de golo, as quais, diga-se, quase não existiram junto da baliza alemã.
O público assobiou a substituição de Cardozo por Di Maria, mas a verdade é que o Benfica melhorou com ela. O jovem argentino deu profundidade e imaginação ao jogo da equipa, permitindo uma maior ligação entre o meio-campo e o ataque. Foram todavia os forasteiros que terminaram o jogo a tentar mais persistentemente o golo, e então a sorte voltou a bafejar a equipa de Camacho.
O 1-0 é hoje em dia nas provas europeias, entre equipas equilibradas, um bom resultado. 2-0 seria melhor, como diria La Palisse, mas convenhamos que, para aquilo que o Benfica mostrou, esta vitória até soa a lisonjeira. Na Alemanha os encarnados terão uma noite de sofrimento, mas vamos acreditar que a equipa que lá veremos não será a da primeira parte deste jogo, e sim a de Guimarães, Donetsk ou Copenhaga, capaz de comer a relva, de deixar a pele em campo, e trazer, por entre suor e lágrimas, uma eliminatória que, pelo seu palmarés, pelo seu prestígio, e pela qualidade individual dos seus jogadores, tem obrigação de conquistar.
Em primeiro lugar há que dizer que o resultado foi claramente melhor que a exibição. O Benfica repetiu problemas e insuficiências já vistas e revistas nesta época, e pode dar-se por muito feliz em partir para a Alemanha com uma vantagem que, sem ser robusta, nem mesmo confortável, é ainda assim interessante, sobretudo devido ao facto de não ter sofrido qualquer golo.
A primeira parte foi medíocre. O Nurembrega mostrou-se bem mais organizado do que seria de esperar numa equipa que ocupa os últimos lugares da tabela classificativa do seu país – ainda assim uma potência do futebol -, e talvez fruto da recente substituição de treinador, surgiu na Luz claramente empenhado em dar um safanão na crise e alegrar o espírito dos seus impressionantes adeptos que encheram o topo norte do estádio e não se calaram um minuto - devendo com isso causar alguma inveja aos envergonhados benfiquistas presentes e, sobretudo, aos ausentes.
O Benfica nunca se entendeu com as ferozes marcações dos germânicos, sendo uma vez mais obrigado a utilizar um jogo directo que está nos antípodas das características dos seus principais jogadores. O Nuremberga era então uma equipa coesa, com um bloco muito unido, enquanto o Benfica ficava partido entre os que defendiam – onde, diga-se, Luisão se destacou com uma bela exibição - e aqueles que lá na frente esperavam, sem sucesso, a bola para poderem atacar.
O golo caiu do céu, ou melhor, das mãos de um infeliz Blasek que deixou passar por baixo do seu corpo um remate fraco e defensável de Makukula.
Na segunda parte o jogo animou um pouco, pois o Nurembrega abriu ligeiramente as suas linhas, e permitiu ao Benfica, quase desde os pés de Rui Costa, alguns contra-ataques que todavia, por deficiência ou infelicidade no último passe, não se chegaram a traduzir em ocasiões de golo, as quais, diga-se, quase não existiram junto da baliza alemã.
O público assobiou a substituição de Cardozo por Di Maria, mas a verdade é que o Benfica melhorou com ela. O jovem argentino deu profundidade e imaginação ao jogo da equipa, permitindo uma maior ligação entre o meio-campo e o ataque. Foram todavia os forasteiros que terminaram o jogo a tentar mais persistentemente o golo, e então a sorte voltou a bafejar a equipa de Camacho.
O 1-0 é hoje em dia nas provas europeias, entre equipas equilibradas, um bom resultado. 2-0 seria melhor, como diria La Palisse, mas convenhamos que, para aquilo que o Benfica mostrou, esta vitória até soa a lisonjeira. Na Alemanha os encarnados terão uma noite de sofrimento, mas vamos acreditar que a equipa que lá veremos não será a da primeira parte deste jogo, e sim a de Guimarães, Donetsk ou Copenhaga, capaz de comer a relva, de deixar a pele em campo, e trazer, por entre suor e lágrimas, uma eliminatória que, pelo seu palmarés, pelo seu prestígio, e pela qualidade individual dos seus jogadores, tem obrigação de conquistar.
PS: Ainda sobre a jornada europeia, do jogo do Sporting ficou-me a inesperada fragilidade da equipa suiça (afinal a liga suiça não é a liga alemã...) e a sublime exibição daquele que é já, em meu entender, a unidade tecnicamente mais valiosa de entre os leões: Simon Vukcevic.
Acerca do Braga é francamente difícil dizer alguma coisa. Uma equipa que falha dois penáltis num jogo europeu, não tem manifestamente estofo para estas andanças.
Ambos têm o destino mais que definido.
Leis do Jogo não se cumprem na Figueira da Foz
ResponderEliminarHoje na Figueira da Foz, as Leis de jogo foram claramente desrespeitadas, levando a que o resultado fosse viciado.
Lei 15: Lançamento Lateral
Execução
No momento do lançamento lateral, o executante deve:
- Fazer frente ao terreno;
- Ter, pelo menos parcialmente, os dois pés sobre a linha lateral ou sobre a faixa de terreno exterior a esta linha;
- Segurar a bola com as duas mãos;
- Lançar a bola por detrás da nuca e por cima da cabeça.
Lei 14: Pontapés de Grande Penalidade
Um pontapé de grande penalidade deve ser assinalado contra a equipa que cometa, dentro da sua própria área de grande penalidade e no momento em que a bola esteja em jogo, uma das 10 faltas punidas com pontapé livre directo:
- Dar ou tentar dar um pontapé num adversário;
- Passar ou tentar passar uma rasteira a um adversário;
- Saltar sobre um adversário;
- Carregar um adversário;
- Agredir ou tentar agredir um adversário;
- Empurrar um adversário;
- Entrar em tacle sobre um adversário para se apoderar da bola tocando nele antes de a jogar;
- Agarrar um adversário;
- Cuspir sobre um adversário
- Tocar deliberadamente a bola com as mãos (excepto o guarda-redes dentro da sua área de grande penalidade.
http://bola-na-trave.blogspot.com/
Falta falar do fora-de-jogo.
ResponderEliminarSó na segunda parte foram (mal)cortadas três jogadas de golo ao Benfica...