A vitória e os três golos alcançados pelo Benfica nos Barreiros lavaram de algum modo a honra duma equipa fustigada pelo azar, pelas críticas e pelas suas próprios insuficiências, e serviram para acalmar os ânimos em vésperas do jogo que vai muito provavelmente decidir o objectivo residual dos encarnados para esta temporada: o derby da próxima semana, onde se joga o segundo lugar e o acesso directo à Champions League.
Era muito importante para o Benfica sobretudo não perder, o que poderia deixá-lo dependente de terceiros. Mas vencendo, a equipa não só ganhou em moral como também manteve acesa a ténue esperança que ainda tem de chegar ao título – no momento em que escrevo está a apenas dois pontos dos portistas.
O jogo não foi, como reconheceu o próprio Fernando Santos, muito diferente dos últimos disputados pelo Benfica. Durante a primeira parte os encarnados dispuseram de algumas ocasiões que desperdiçaram, denotaram as mesmas virtudes (capacidade de mandar no jogo) e defeitos (ineficácia e lentidão) que os têm caracterizado nas últimas semanas.
A diferença fundamental foi que, já no segundo período, conseguiram marcar e colocar-se em vantagem, situação que já não viviam há vários jogos, e com isso tranquilizar-se e obrigar o adversário a tomar a iniciativa. Veio então ao de cima a incapacidade do Marítimo para dar a volta aos acontecimentos.
O segundo golo praticamente acabou com o jogo.
O Benfica ultrapassou assim uma jornada importante – tratava-se à partida de uma das mais problemáticas deslocações de toda a segunda volta – e resistiu muito bem à ausência de Simão, que efectivamente não se fez sentir.
Em termos individuais o destaque vai naturalmente para Miccoli, que parece dar-se muito bem com os ares da Madeira (5 golos nos três jogos que lá disputou), bem como para Rui Costa, precioso ao longo de todo o jogo como principal municiador do ataque da equipa. Katsouranis apresentou-se uns furos acima daquilo que (não) tem feito nos últimos desafios, enquanto que o seu compatriota Karagounis manteve a bitola exibicional que tem feito dele uma unidade preponderante neste Benfica. No reverso da medalha, Nuno Gomes voltou a decepcionar, com falhanços inacreditáveis e impróprios para um ponta-de-lança com o seu prestígio.
O árbitro Paulo Baptista esteve mal ao assinalar a grande penalidade, pois Manu (que entrou uma vez mais bem no jogo) só foi tocado depois da bola. Nota negativa para o facto de Fernando Santos ter desaproveitado uma boa oportunidade para refrescar o estado anímico de Derlei, não lhe proporcionando a hipótese de marcar o penálti quando o jogo já estava mais do que decidido. O luso-brasileiro vive um estado de ansiedade tremendo pelo facto de os golos não aparecerem, e uma ocasião como estas será difícil de se repetir. Não entendi a opção do técnico, que por vezes parece ter um masoquista propósito de penalizar animicamente alguns dos seus jogadores. Todavia, ele é que vê os treinos, e saberá a razão das suas opções. Fica apenas o reparo.
Era muito importante para o Benfica sobretudo não perder, o que poderia deixá-lo dependente de terceiros. Mas vencendo, a equipa não só ganhou em moral como também manteve acesa a ténue esperança que ainda tem de chegar ao título – no momento em que escrevo está a apenas dois pontos dos portistas.
O jogo não foi, como reconheceu o próprio Fernando Santos, muito diferente dos últimos disputados pelo Benfica. Durante a primeira parte os encarnados dispuseram de algumas ocasiões que desperdiçaram, denotaram as mesmas virtudes (capacidade de mandar no jogo) e defeitos (ineficácia e lentidão) que os têm caracterizado nas últimas semanas.
A diferença fundamental foi que, já no segundo período, conseguiram marcar e colocar-se em vantagem, situação que já não viviam há vários jogos, e com isso tranquilizar-se e obrigar o adversário a tomar a iniciativa. Veio então ao de cima a incapacidade do Marítimo para dar a volta aos acontecimentos.
O segundo golo praticamente acabou com o jogo.
O Benfica ultrapassou assim uma jornada importante – tratava-se à partida de uma das mais problemáticas deslocações de toda a segunda volta – e resistiu muito bem à ausência de Simão, que efectivamente não se fez sentir.
Em termos individuais o destaque vai naturalmente para Miccoli, que parece dar-se muito bem com os ares da Madeira (5 golos nos três jogos que lá disputou), bem como para Rui Costa, precioso ao longo de todo o jogo como principal municiador do ataque da equipa. Katsouranis apresentou-se uns furos acima daquilo que (não) tem feito nos últimos desafios, enquanto que o seu compatriota Karagounis manteve a bitola exibicional que tem feito dele uma unidade preponderante neste Benfica. No reverso da medalha, Nuno Gomes voltou a decepcionar, com falhanços inacreditáveis e impróprios para um ponta-de-lança com o seu prestígio.
O árbitro Paulo Baptista esteve mal ao assinalar a grande penalidade, pois Manu (que entrou uma vez mais bem no jogo) só foi tocado depois da bola. Nota negativa para o facto de Fernando Santos ter desaproveitado uma boa oportunidade para refrescar o estado anímico de Derlei, não lhe proporcionando a hipótese de marcar o penálti quando o jogo já estava mais do que decidido. O luso-brasileiro vive um estado de ansiedade tremendo pelo facto de os golos não aparecerem, e uma ocasião como estas será difícil de se repetir. Não entendi a opção do técnico, que por vezes parece ter um masoquista propósito de penalizar animicamente alguns dos seus jogadores. Todavia, ele é que vê os treinos, e saberá a razão das suas opções. Fica apenas o reparo.
Pontuações: Quim 3, Nelson 3, Anderson 3, David Luíz 3, Léo 3, Petit 4, Katsouranis 3, Karagounis 4, Rui Costa 4, Miccoli 4, Nuno Gomes 2, Manu 3 e Derlei 2.
Pelo que li, não foi só nesse lance que o sr. Paulo Baptista esteva mal. Não assinalou uma grande penalidade a favor do Marítimo com o resultado em0-0 e validou mal o 2º golo. Se assim foi, esteve realmente muito mal e influenciou de forma persistente e muito duvidosa o Benfica, mas como te digo não vi o jogo.
ResponderEliminarLF
ResponderEliminarVamos falar dos penaltys
Não há duvidas que o Petit fez penalty .
No caso do Penalty assinalado sobre o Manú, a situação é mais complicada, porque o caso de o jogador ter tocado primeiro a bola e depois no jogador, não é claro, que não seja falta
Em Portugal, os comentadores e os adeptos de futebol, têm a mania, que logo que o defesa toque na bola, já não é falta, erro, porque o defesa toca na bola, mas impede o adversário de a jogar, o que nas leis do jogo é considerado falta para livre directo, sendo dentro da area é penalty
Eu acho, que assim é que deve ser entendida esta situação, pois a bola pode ficar a meio metro ou mesmo 1 metro do jogador que cortou o lance e o jogador adversário não a pode jogar porque foi derrubado pelo defesa, só pode ser falta
Se a bola for lançada para fora do terreno de jogo, sem que o adversário tenha possibilidades de a jogar, ficaria ao critério do arbitro, marcar ou não falta
É para estas situações, que existe arbitro, para decidir se o jogador tinha hipoteses ou não, de jogar a bola, no caso do Manú, o jogador do Benfica poderia jogar a bola, caso não fosse deitado ao chão, é claro que o jogador do Maritimo toca nas pernas do Manú, portanto está muito bem marcado o penalty
Perdoem-me o facto de só agora ter tido disponibilidade de tempo para responder.
ResponderEliminarO penalti supostamente cometido por Petit, pelas imagens que vi (e devo confessar que não vi os primeiros minutos de jogo devido à final de hóquei em patins Porto-Benfica) sinceramente não me pareceu.
Não sei se houve alguma repetição que o demonstrasse.
Seja como for, o resultado foi 0-3.
O penalti sobre Manu, embora concorde com o Catn em teoria, de facto não me pareceu neste caso ser bem assinalado.